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A Amazônia e o regime de chuvas e clima no Sul do Brasil

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09 Setembro 2020

"Faz-se necessário derrotar os capatazes, mas também esse modelo capitalista agroexportador, que alimenta os países do capitalismo central, caso contrário as chamas continuarão cada vez mais freqüentes e intensas, assim como a falta de água e os períodos de estiagem no Sul do Brasil", escreve Eduardo Luís Ruppenthal, biólogo, professor da rede pública estadual, especialista em Meio Ambiente e Biodiversidade (Uergs), mestre em Desenvolvimento Rural (PGDR/Ufrgs) e militante do coletivo Alicerce e da Setorial Ecossocialista do PSOL/RS, em artigo publicado por Sul21, 06-09-2020.

Eis o artigo.

Para não ser mais uma data vaga que preenche o calendário de dias comemorativos, esse 5 de setembro não está sendo diferente dos anos anteriores: a Amazônia está em chamas[1]. O que mudou é a intensidade dessas chamas e a sua dimensão, impulsionadas pelo discurso, pelo apoio e política ecocida e genocida do governo Bolsonaro e de seu anti-ministro “incendiário” Ricardo Salles, capatazes do agronegócio.

As consequências dessa política anti-ambiental espalhou as chamas e o desmatamento para outros biomas brasileiros, como o Pantanal, em uma tragédia socioambiental sem precedentes, que coloca em risco toda a dinâmica pantaneira; o Cerrado, onde a expansão agrícola tem convertido áreas com enorme biodiversidade em extensas monoculturas para exportação, basicamente soja, e ameaça a “caixa d'água” do Brasil. Todos os demais biomas estão sob risco, já que a lógica degradadora é a mesma. Mata Atlântica, Caatinga e Pampa, as ameaças históricas são potencialiazadas pelos discursos, intenções e ações para “passar a boiada” de qualquer jeito, com ou sem pandemia, com ou sem os holofotes da mídia, a mesma que diz que o “agro é pop, é tech, é tudo”.

A intenção do texto não é aprofundar e enumerar a importância da Amazônia para o equilíbrio ambiental do Planeta, mas essencialmente à região Sul do Brasil. Nesta primeira parte, não se abordará as mudanças climáticas e demais consequências da devastação da Amazônia, mas da relação direta com a quantidade de chuvas que caem no Sul, provenientes de massas de ar de vapor de água e de nuvens formadas no Bioma Amazônico.

Isso se deve a um fenômeno chamado rios voadores, que são “cursos de água atmosféricos” que viajam centenas e milhares de quilômetros e que regam o Centro-Oeste, o Sudeste e o Sul do Brasil, além dos países vizinhos. A Amazônia funciona como uma bomba d'água. Toda a umidade evaporada do Oceano Atlântico segue floresta adentro pelos ventos alíseos, é descarregada em forma chuva, que cai na floresta, e é muita chuva, que coloca a região em uma das mais quentes e úmidas do planeta. Com esse calor tropical, acontece a evapotranspiração nas árvores, retornando toda essa água para a atmosfera em forma de vapor de água. Os ventos direcionam essas massas de ar carregadas de umidade para o oeste, mas no caminho encontram a Cordilheira dos Andes, com mais de 4.000 metros de altitude. Uma parcela das massas de umidade precipita nas encostas da Cordilheira, o que forma as nascentes dos rios amazônicos que abastecem vários países e se transformam na maior bacia hidrográfica do mundo, a do Rio Amazonas. Nos impressionamos com a imensidão, grandeza e vazão do Amazonas (200.000 m³/s). A evapotranspiração não fica para trás. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a quantidade de vapor de água evaporada pelas árvores da floresta pode ser a mesma ou até maior do que a vazão do Amazonas.

Outra parte dessas massas de ar carregadas de vapor de água são direcionadas para o Sul, os rios voadores percorrem centenas e milhares de quilômetros, levam umidade que se transforma em chuva para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, além dos países vizinhos. Vale lembrar que essas chuvas abastecem o próprio Pantanal que, além do desmatamento e dos incêndios, atravessa estiagem histórica. Assim, outras áreas abastecidas pelos rios voadores passam por estiagem em 2020: o Paraná, onde há neste momento racionamento de água em Curitiba e região metropolitana, e o Rio Grande do Sul, que passou por uma estiagem de mais de seis meses no início do ano, com consequências para centenas de municípios gaúchos.

O caminho dos rios voadores. (Fonte: Projeto rios voadores)

A Amazônia é essencial para o regime de chuvas e clima para a região Sul. E essa água que chega até aqui é devido às árvores e à floresta em pé. As consequências já sentidas, amplamente estudadas e descritas por vários cientistas e centros de pesquisa (CPTEC, Inpa, Inpe, LBA e Imazon)[2], e nos cenários colocados nos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), tendem a se intensificar e aprofundar com o modelo predatório do agronegócio brasileiro, encabeçado pelo projeto ecocida e genocida do Bolsonaro e Salles.

Faz-se necessário derrotar os capatazes, mas também esse modelo capitalista agroexportador, que alimenta os países do capitalismo central, caso contrário as chamas continuarão cada vez mais freqüentes e intensas, assim como a falta de água e os períodos de estiagem no Sul do Brasil. Essas chamas não queimam somente a floresta lá no Norte, mas a umidade, as chuvas e a água no Sul.

 

Notas:

[1] Filme “Amazônia em chamas” de 1994. Disponível aqui.

[2] Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) e Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

 

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