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Quando acabar a pandemia, não voltemos a restaurar a Igreja sacramentalista do passado. Artigo de Victor Codina

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11 Mai 2020

"Talvez muitos creiam que esse fechamento das Igrejas foi somente um parêntese pastoral e que pronto se voltará à situação de antes. Outros, como o sociólogo e teólogo Tomáš Halík, de Praga, afirmam claramente que este é um tempo favorável e de graça, um kairós, um sinal dos tempos. Deus nos quer revelar algo.

O que Deus quer nos dizer? Cada um pode dar uma resposta pessoal, porém a nível eclesial talvez possamos pensar que o Espírito nos convida a passar de uma Igreja sacramentalista e clerical a uma Igreja evangelizadora", escreve Víctor Codina, jesuíta boliviano, em artigo publicado por Religión Digital, 07-05-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Eis o artigo.

 

Uma das consequências da pandemia foi o fechamento de todos os lugares de culto, de todas as igrejas e templos. Também as bênçãos Urbi et Orbi de Francisco foram em uma Praça e uma Basílica de São Pedro vazias. Muitos anunciavam uma quaresma e Semana Santa muito pobre, sem celebrações litúrgicas, sem a Via-Sacra, nem procissões.

E, no entanto, foi uma Semana Santa extremamente profunda e rica, não somente por participar midiaticamente das cerimônias, mas sim por algo mais profundo: viver de perto a paixão do Senhor na paixão e sofrimento dos doentes, leitura do evangelho e oração em família, experimentar a ajuda aos idosos solitários e a colaboração de vizinhos, aplausos a médicos, sanitaristas, motoristas, trabalhadores de farmácias e supermercados, voluntários que partilhavam refeições, etc.

Os protagonistas desta Semana Santa não foram os padres, nem mesmo suas transmissões midiáticas, mas sim as famílias, leigos e leigas, jovens... Promoveu-se uma Igreja doméstica, na qual os leigos são protagonistas, onde foram sempre os pais, e não os párocos, que ensinavam os filhos a rezar antes de dormir. Onde há dois ou três reunidos em nome do Senhor, Ele está no meio deles.

Talvez muitos creiam que esse fechamento das Igrejas foi somente um parêntese pastoral e que pronto se voltará à situação de antes. Outros, como o sociólogo e teólogo Tomáš Halík, de Praga, afirmam claramente que este é um tempo favorável e de graça, um kairós, um sinal dos tempos. Deus nos quer revelar algo.

O que Deus quer nos dizer? Cada um pode dar uma resposta pessoal, porém a nível eclesial talvez possamos pensar que o Espírito nos convida a passar de uma Igreja sacramentalista e clerical a uma Igreja evangelizadora.

Igreja sacramentalista seria a que se identifica tanto com os sete sacramentos que tem o risco de considerar o clero como o protagonista da Igreja o templo como seu centro autorreferencial ou próprio, enquanto marginaliza os leigos, descuida da evangelização, o anúncio da Palavra, a iniciação à fé, a oração, a formação cristã, sem formar uma comunidade cristã, nem um laicato de cidadãos responsáveis e solidários com os pobres e marginalizados. Muitos párocos se angustiam ao ver que os sacramentos rapidamente diminuem e seus fiéis envelhecem.

Igreja evangelizadora é a que fez Jesus: anunciar a boa-nova do Reino de Deus, pregar, curar os doentes, comer com pecadores, dar de comer aos famintos, libertar de toda opressão e escravidão. Este era o programa de Jesus na sinagoga de Nazaré: dar visão aos cegos, libertar os cativos, evangelizar os pobres, anunciar a graça e a misericórdia de Deus. Na última ceia, Jesus instituiu a eucaristia, porém o Evangelho de João situou na última ceia o lava-pés e o mandamento novo do amor fraterno, completando a dimensão litúrgica com a mais existencial e evitar assim que a eucaristia se convertesse em um mero rito vazio.

Não se trata de esquecer os sacramentos, mas sim de valorizá-los como “sinais sensíveis e eficazes da graça”, porém sempre à luz da fé da Palavra, para que não se convertam em magia e passividade. Por isso, toda celebração sacramental vem precedida pela celebração da Palavra; o Concílio Vaticano II afirma que a primeira missão dos bispos e presbíteros consiste em anunciar a Palavra de Deus.

Certamente “a eucaristia faz a Igreja”, sem eucaristia não haveria Igreja plenamente constituída, porém essa frase deve ser completada com sua contraparte: “A Igreja faz a eucaristia”, é toda a comunidade, presidida por seus pastores, que celebra a Eucaristia. Sem o tecido de uma comunidade eclesial não haveria eucaristia.

O cardeal Jorge Bergoglio, no conclave de sua eleição como bispo de Roma, ofereceu uma interpretação original do texto de Apocalipse 3, 20, no qual o Senhor bate à porta para que a abramos. Ordinariamente entende-se que o Senhor que abramos a porta para entrar em nossa casa, mas Bergoglio disse que o Senhor nos pede para que abramos a porta e o deixemos sair às ruas.

Por isso Francisco fala de uma “Igreja em saída”, para as fronteiras, hospital de campanha, que cheira à ovelha, que encontra Cristo nas feridas do povo e da Igreja, cuida da nossa Casa Comum, leve a fé às ruas, como Maria que foi com pressa visitar sua prima Isabel. Não se trata de converter a Igreja em uma ONG, pois a eucaristia, memorial da morte e ressurreição de Jesus, é o cume da vida cristã, porém somente se chega a esse cume pelo caminho de fé e do seguimento a Jesus.

As vezes os poetas são aqueles que entendem melhor os mistérios da fé. As reflexões do poeta catalão Joan Maragall diante a uma Igreja queimada durante a Semana Trágica de Barcelona, em 1909, podem ser atuais. Quando Maragall foi ao domingo em uma igreja que havia sido incendiada na semana anterior, escreveu:

“Eu nunca escutei uma missa como aquela. A abóbada destruída, as paredes enfumaçadas e lascadas, os altares destruídos, ausentes, sobretudo aquele grande vazio negro estava o altar, o chão invisível sob o pó dos escombros, nenhum banco para se sentar, e todo mundo em pé ou ajoelhado em frente a uma mesa de madeira com um crucifixo em cima, e um raio de sol entrando pelo buraco da abóboda, com uma multidão de moscas bailando à luz crua que iluminava toda a igreja e fazia parecer que escutávamos a missa no meio da rua...”.

Para Maragall, aquela missa, depois da violência anticlerical da Semana Trágica parecia nova, um pedaço das catacumbas dos primeiros cristãos. Pensava que a missa deveria ser assim: uma porta aberta aos pobres, aos oprimidos, aos desesperados, para esses que a Igreja foi fundada, e não fechada, nem enriquecida “amparada pelos ricos e poderosos que vem adormecer seu coração na paz da escuridão”. Não é preciso reedificar a Igreja queimada, nem colocar portas.

Não se pode estabelecer um paralelo fácil entre a Semana Trágica e a atual pandemia, porém é válida a intuição do poeta: não voltemos a edificar a igreja de antes. Quando acabar a pandemia, não voltemos a restaurar a Igreja sacramentalista do passado, saíamos à rua para evangelizar, sem proselitismos, para anunciar com alegria a boa-nova de Jesus aos que não entram no templo. Assim, terá sentido pleno celebrar na comunidade cristã, a partilha do pão e os demais sacramentos.

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