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As bases neolíticas, coloniais e industriais das grandes epidemias

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15 Abril 2020

“O surgimento desta Covid-19 se sustenta historicamente tanto pela Revolução Neolítica, a Conquista de Abya Yala, como pela Revolução Industrial, pois todas compartilham um crescente desapego à Natureza, o que gerou, entre outras coisas, a liberação de novos patógenos e a perda de vidas de humanos e não-humanos. É por isso que essa nova emergência sociossanitária (civilizatória) nos abre a possibilidade de assentar as bases para uma nova transição socioecológica, que seja uma alternativa frente ao surgimento de um novo Estado Sanitário, focado em uma delirante guerra antropocêntrica contra esses novos vírus”, escreve Andrés Kogan Valderrama, sociólogo, em artigo publicado por OPLAS, 14-04-2020. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

A história das grandes epidemias causadas por vírus, nos últimos 10.000 anos, está estreitamente relacionada com os três processos políticos mais importantes que ocorreram nos últimos séculos na vida do Homo Sapiens, como a Revolução Neolítica, a Conquista de Abya Yala e a Revolução Industrial, que foram sustentadas a partir do Estado por grandes sistemas de opressão, como são o antropocentrismo, o androcentrismo, o racismo e o classismo.

É assim que o surgimento da agricultura e a pecuária, com as primeiras grandes civilizações antigas (Mesopotâmia, Egito, China, Grécia, Roma), marcará uma ruptura profunda em como os seres humanos se vincularão à Terra no futuro, em nível global, ao passar de sistemas de vida nômade para os sedentários, quando ocorrerão os primeiros aumentos demográficos, que gerarão as condições ideais para o surgimento de novas epidemias.

Embora durante o período paleolítico anterior, marcado por sistemas de vida de subsistência (caçadores-coletores), existissem doenças infecciosas também, o surgimento de grandes cidades e a densidade populacional geraram aglomeração de pessoas, propiciando o contágio. Diferentemente do período paleolítico anterior, quando entre os seres humanos, formados por pequenos grupos e em constante movimento, as infecções não se propagavam.

Não é por acaso, portanto, que as novas epidemias de massa coincidiram com o surgimento de uma nova forma de ser e de viver dos seres humanos nessas grandes civilizações, de corte antropocêntrico e patriarcal, o que significará uma separação cada vez maior com o resto dos seres vivos, mas também entre homens e mulheres, deixando a Natureza como algo externo a uma cultura masculinizada. Um especismo androcêntrico que assentará as bases do que hoje conhecemos como antropoceno e que nos coloca em meio a uma emergência sociossanitária.

É assim que a chamada domesticação de outros animais e outros grupos naturalizados, como as mulheres, por exemplo, não foi outra coisa que tentar controlar os ciclos da Natureza, o que trouxe consigo uma exploração acumulativa desta, levando a novas fontes de infecção e liberação de patógenos. Daí que a chamada zoonose foi o resultado de uma convivência hierárquica entre os seres humanos e o resto dos animais, cada vez mais desconectada dos territórios.

É por isso que o surgimento das primeiras grandes epidemias (peste de Atenas, peste de Agrigento, peste de Siracusa, peste de Egina) tem relação com um processo de desapego das novas cidades aos ciclos da vida, por meio da construção de grandes Estados que, pela apropriação de grandes extensões de território, aprofundaram a aglomeração e a desigualdade entre as pessoas, sendo a peste negra (1347-1351) um momento crítico para a sobrevivência do que hoje conhecemos como Europa.

Da mesma forma, o surgimento das grandes pandemias modernas foi resultado da formação de um novo sistema mundo moderno-capitalista e da predominância de uma civilização particular (ocidental), que só pôde estabelecer sua hegemonia a nível mundial após a Conquista de Abya Yala e a imposição de um sistema de vida em que o centro da vida esteve colocado na exploração e acumulação de mercadorias, com base no uso extrativista da terra e do resto dos animais.

Um processo de colonização na região, que foi marcado não apenas pelo assassinato de pessoas através da escravidão e das guerras, mas por levar patógenos e doenças para os diferentes povos, alterando assim seus equilíbrios ecossistêmicos e de saúde. Assim, desde a chegada de Cristóvão Colombo, que, juntamente com o restante de sua tripulação caíram doentes de gripe, se iniciará um processo das denominadas Antilhas (1492-1518), que deixará vivos 15.600 pessoas de 3.770.000.

Daí em diante, essas guerras, juntamente com o aparecimento de vírus como varíola, sarampo e outros, matarão 55 milhões de pessoas em toda Abya Yala, deixando apenas 6 milhões de sobreviventes, o que pode ser visto como uma verdadeira conquista militar e viral por parte das diferentes monarquias e impérios do ocidente, que se beneficiaram enormemente desse etnocídio produzido para a extração de minerais, fortalecendo assim suas economias de acumulação mercantil.

No entanto, será com a chamada Revolução Industrial, a partir do século XVIII, herdeira da Revolução Neolítica e da Conquista de Abya Yala, que a liberação de patógenos e a crise da saúde alcançarão seu ponto mais alto, como consequência de uma transformação econômica, científica e tecnológica, sustentada filosoficamente pelo racionalismo e mecanismo. Esta levará ao extremo a separação entre cultura e natureza, quando o ocidente (norte da Europa e Estados Unidos) deixará para trás uma economia rural, dando lugar a um modo de produção e sistema de vida urbana, gerando uma verdadeira explosão demográfica sem precedentes.

Um processo que será acompanhado pela crescente superexploração dos bens comuns dos países e regiões mais pobres e não industrializados, como a África e a América Latina, onde o desmatamento, a monocultura e a expansão da fronteira agrícola para a produção de carne serão a forma de sustentar, em termos alimentícios, as economias centrais, descuidando completamente das consequências socioambientais, em que a liberação de novos patógenos será uma delas.

Consequências socioambientais que trouxeram grandes pandemias modernas, como a primeira entre 1816-1826 na Índia, na China e no Mar Cáspio, que marcará um padrão para as seguintes, como foram, entre muitas outras, a chamada gripe espanhola (1918-1919), a gripe asiática (1957), a gripe de Hong Kong (1968), a gripe russa (1977), a gripe aviária (2003), a gripe suína (2009-2010) e esta nova Covid-19, que deixa os governantes e as elites do mundo sem saber muito bem o que fazer diante de sua enorme capacidade de contágio.

Em definitivo, o surgimento desta Covid-19 se sustenta historicamente tanto pela Revolução Neolítica, a Conquista de Abya Yala, como pela Revolução Industrial, pois todas compartilham um crescente desapego à Natureza, o que gerou, entre outras coisas, a liberação de novos patógenos e a perda de vidas de humanos e não-humanos. É por isso que essa nova emergência sociossanitária (civilizatória) nos abre a possibilidade de assentar as bases para uma nova transição socioecológica, que seja uma alternativa frente ao surgimento de um novo Estado Sanitário, focado em uma delirante guerra antropocêntrica contra esses novos vírus.

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