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01 Abril 2020

"Mas o ponto de partida das pesquisas sobre riscos existenciais é o abismo entre o poder que acumulamos de transformar o mundo em nossa volta e a precariedade da sabedoria, da prudência e dos instrumentos políticos para lidar com este poder. O espetacular aumento de nossa mobilidade e a densidade das aglomerações em que vivemos ampliam, como ficou claro com a Covid-19 estes riscos. E apesar de vivermos mais e melhor do que nunca, nossos riscos existenciais estão aumentando", escreve Ricardo Abramovay, professor Sênior do Instituto de Energia e Ambiente da USP, autor de "Muito Além da Economia Verde" (Planeta Sustentável), em artigo publicado por OutrasPalavras, 30-03-2020.

Eis o artigo.

Por maiores que sejam os sofrimentos provocados pelo novo coronavírus, tudo indica que ele não representa risco existencial para a espécie humana. Mas a pandemia imprimiu impressionante atualidade aos trabalhos acadêmicos, vindos de alguns dos mais prestigiosos centros de pesquisa do mundo e cujas perguntas centrais são: por quanto tempo a humanidade vai sobreviver? Quais os riscos existenciais que temos pela frente e que podem interromper uma história de 200 mil anos, que, para nós, parece um tempo gigantesco, mas que corresponde à infância de nossa espécie? 

Uma pandemia global, a maior dos últimos cem anos, inspira o temor individual e a solidariedade coletiva com os que nos são próximos. Mas é fundamental que ela estimule também a reflexão sobre o futuro da própria espécie humana, a solidariedade entre as gerações. A única maneira de pagarmos a dívida com o que nos foi legado pelos que nos precederam é cuidando para que as gerações futuras possam florescer e desfrutar de uma vida que vale a pena ser vivida. 

Este é o fundamento ético das pesquisas levadas adiante pelo Center for the Study of Existential Risk da Universidade de Cambridge e pelo Future of Humanity Institute, da Universidade de Oxford. É o tema do fascinante livro que acaba de ser lançado por Toby Ord, pesquisador de Oxford: O precipício: Risco Existencial e o Futuro da Humanidade. 

O que está em jogo nas pesquisas sobre risco existencial não é qualquer tipo de exercício macabro sobre o fim da espécie humana. A pesquisa sobre riscos existenciais valoriza, antes de tudo, nossa capacidade de fazer com que a criatividade e a inteligência humanas permitam realizações futuras com as quais não podemos sequer sonhar e que, evidentemente, só existirão se houver humanidade para levá-las adiante. 

E é justamente em torno de nossa inteligência e de nossa criatividade que se situa o paradoxo básico que define os riscos existenciais, ou seja, aqueles que ameaçam o conjunto da espécie humana. Apesar da ameaça representada pelas catástrofes naturais (que o digam os dinossauros…) os principais riscos presentes resultam do próprio avanço da ciência e da tecnologia contemporâneas. Embora haja perigo em vulcões e terremotos, o que mais nos ameaça é o que criamos e que resulta de nosso engenho e de nosso talento. 

Esta constatação não conduz absolutamente a rejeitar as conquistas que permitiram o aumento da longevidade, a melhoria da saúde pública, o aumento global do nível da educação, a redução da pobreza e o conforto material de que desfruta (apesar das impressionantes desigualdades) parte muito importante e crescente da espécie humana. 

Mas o ponto de partida das pesquisas sobre riscos existenciais é o abismo entre o poder que acumulamos de transformar o mundo em nossa volta e a precariedade da sabedoria, da prudência e dos instrumentos políticos para lidar com este poder. O espetacular aumento de nossa mobilidade e a densidade das aglomerações em que vivemos ampliam, como ficou claro com a Covid-19 estes riscos. E apesar de vivermos mais e melhor do que nunca, nossos riscos existenciais estão aumentando. 

São quatro os mais importantes riscos existenciais estudados pelos especialistas: guerra nuclear, crise climática, avanço da inteligência artificial e ameaças biológicas. E é claro que, nos dias atuais, o que desperta maior preocupação são os “Riscos Biológicos Catastróficos Globais”. O livro de Toby Ord mostra um panorama que não poderia ser mais contraditório com relação a esses riscos. Por um lado, compreendemos as doenças que nos atingem, o que não ocorria duzentos anos atrás. Temos antibióticos, vacinas, somos capazes de organizar quarentenas, e os sistemas de saúde, apesar de todas as suas deficiências, nunca foram tão amplos e eficazes. 

É claro que isso não nos livra de riscos biológicos como o que estamos vivendo agora. Mas o que mais preocupa os estudiosos do tema é a possibilidade cada vez maior de que pandemias resultem da própria pesquisa, seja por acidentes e vazamentos, seja de forma intencional: 45 litros de um reservatório onde uma grande farmacêutica armazenava o vírus da pólio caíram acidentalmente num rio belga, em 2014. Em 2005, na Faculdade de Medicina e Odontologia de New Jersey, foram perdidos e nunca achados três ratos infectados pela peste bubônica. 

Ao mesmo tempo, a democratização da biotecnologia e o barateamento das técnicas que permitem a manipulação do DNA são avanços científicos notáveis, mas abrem perigos inéditos, entre os quais destacam-se os de uma guerra biológica e a possibilidade de contaminação massiva e intencional por patógenos criados em laboratório. 

O problema, diz Toby Ord, não está no excesso de tecnologia, e sim na carência de sabedoria. Na prática a base dessa sabedoria repousa sobre um elemento decisivo colocado por Yuval Noah Harari num artigo recente do Financial Times: é fundamental fortalecer o multilateralismo democrático, a cooperação internacional para que seja formulado um plano global voltado a lidar com os quatro riscos existenciais que ameaçam a espécie humana. A retórica nacionalista que marca os governos de extrema-direita do mundo atual abre caminho para que em cada uma das ameaças existenciais atuais as soluções sejam ineficientes e destrutivas. 

Não há como responder nacionalmente a ameaças que, como o novo coronavírus, são globais. Mas o multilateralismo democrático supõe dirigentes políticos e uma elite econômica que respeitem a atividade científica, cultivem o diálogo sério e sejam capazes de despertar esperança na possibilidade de que o bom senso, o equilíbrio e a solidariedade orientem o poder cada vez maior da inteligência humana.

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