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Hong Kong escreve o manual dos protestos no século XXI

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04 Novembro 2019

“A principal característica do movimento pró-democracia de Hong Kong é que não tem líderes, é horizontal. Ao contrário do que aconteceu em 2014 com o Movimento dos Guarda-chuvas, que terminou com vários de seus líderes na prisão, isso impede que nos descabecem”, explica Woody Tam, uma estudante de 24 anos, que há quatro meses enfrenta a polícia no campo de batalha da ex-colônia britânica, abalada desde 9 de junho por protestos que nasceram contra a proposta de lei de extradição - retirada formalmente no último dia 23 - e que provocaram a exigência de eleições com sufrágio universal.

A reportagem é de Zigor Aldama, publicada por El Diario, 03-11-2019. A tradução é do Cepat.

O envolvimento de pessoas de todas as esferas da sociedade, que oferecem seu talento de graça, e o uso de novas tecnologias é o que nos permite ter muito êxito e manter a luta por tanto tempo - Woody Tam

“O envolvimento de pessoas de todas as esferas da sociedade, que oferecem seu talento de graça, e o uso de novas tecnologias é o que nos permite ter muito êxito e manter a luta por tanto tempo”, diz Tam.

“Todas as ações surgem de forma orgânica. As pessoas fazem propostas no fórum LIHKG - que alguns parlamentares pró-chineses querem bloquear - e depois as pessoas se organizam em grupos no Telegram - utilizado por seu forte sistema de criptografia. Cada um contribui com o que pode”, acrescenta Kenny Tai, outro manifestante de 25 anos.

“Estudantes jornalistas” e meios de comunicação digitais transmitem os protestos com smartphones para registrar qualquer caso de brutalidade policial e coletar os nomes dos detidos, que costumam gritar para que seu caso possa ser seguido e assim evitar seu desaparecimento, e grupos de advogados lhes oferecem serviços jurídicos gratuitos através de aplicativos de bate-papo.

A página web HKMap.live, cujo aplicativo foi vetado pela Apple, indica os locais onde a Polícia está e aqueles onde ocorrem distúrbios. É uma ferramenta desenvolvida por um cientista da computação anônimo para facilitar que a população evite zonas de conflito, mas o governo a considera uma ameaça, porque também oferece aos manifestantes violentos informações sobre os movimentos da polícia antidistúrbio.

Essa sofisticação e o alarde dos meios utilizados pelos mais radicais, equipados com capacetes, máscaras antigás, poderosos ponteiros a laser usados para cegar a polícia antidistúrbio, escudos caseiros feitos com sinais de trânsito e malas divididas ao meio e até serras circulares para acessar estabelecimentos que se relacionam com o governo chinês, levou muitos a enxergarem uma mão obscura das potências estrangeiras, que são acusadas de querer desestabilizar a China. Porém, “a realidade é muito mais simples: os honcongueses estão doando dinheiro através de campanhas de crowdfunding”, destaca Jessica Chen, membro do Conselho Estudantil da Universidade Batista de Hong Kong.

A maioria dos cidadãos de Hong Kong se voltou para o movimento, porque sabem que, se fracassar, as liberdades que gozamos hoje podem desaparecer quando a China controlar por completo a cidade, em 2047 - Jessica Chen

Este jornalista pôde comprovar que a maioria dessas campanhas de financiamento coletivo superam amplamente os objetivos que se propõe e que se complementam com a coleta de dinheiro em espécie durante as marchas pacíficas. “Muitos dos que não enfrentam a polícia também doam capacetes e máscaras antigás. A maioria dos cidadãos de Hong Kong se voltou para o movimento, porque sabem que, se fracassar, as liberdades que gozamos hoje podem desaparecer quando a China controlar por completo a cidade, em 2047”, analisa Chen.

Ela mesma é um bom exemplo disso. “Participei das manifestações quando eram pacíficas. Mas, depois, meus pais começaram a se preocupar com a minha segurança e, após várias desavenças, me trancaram em casa para que eu não pudesse sair. Tive que escolher entre o relacionamento com minha família e minhas convicções políticas e decidi procurar uma maneira de não renunciar a nenhuma: não vou aos protestos, mas ajudo na retaguarda”, relata.

Entre suas tarefas, há outra muito vanguardista: apagar o conteúdo crítico que os estudantes detidos tenham publicado nas redes sociais. “Como a polícia olha suas contas, assim que sabemos que estão presos, contatamos familiares e amigos para que intervenham em suas redes e evitem, assim, que deem solidez às responsabilidades. Alguns, inclusive, nos deixam suas contrassenhas para facilitar o trabalho”, explica.

E não são apenas os honcongueses que estão envolvidos. Ativistas chineses de todo contribuem com seu grãozinho de areia para o terreno criativo, um dos mais ativos dos protestos. Badiucao, por exemplo, é um dos artistas dissidentes mais proeminentes e não hesita em colocar seu talento como cartunista de ácidas vinhetas políticas a serviço das cinco exigências dos manifestantes. Ele já criou várias imagens icônicas que muitas vezes podem ser vistas presas nos reivindicativos “muros de Lennon” de Hong Kong, paredes e passagens cheias de pichações e pôsteres que recordam os principais momentos do movimento.

“A arte está desempenhando um papel essencial para manter vivos os protestos”, disse Badiucao ao jornal El Diario. “Ela faz isso em três frentes: mantém as pessoas juntas, renova as demandas, dando-lhes outros sentidos e uma dimensão diferente, e ajuda a capturar as pessoas que se sentem identificadas. Minha arte usa a linguagem visual para empoderar o povo, registrar os momentos mais icônicos do movimento e ajudar a mensagem a se espalhar por todo o mundo. As notícias são consumidas a toda velocidade, mas a arte perdura. E se uma das minhas vinhetas se torna viral, o mundo presta atenção e se identifica com a causa. Vê-las pregadas nos Muros de Lennon é um orgulho para mim”.

Os desenhos virais foram feitos a partir de uma suástica criada com as estrelas amarelas sobre o fundo vermelho da bandeira da China, e o mesmo aconteceu com o termo cunhado para acompanhá-los, na forma de hashtag: #Chinazi. Diferentes momentos importantes das manifestações, como o espancamento de Yuen Long, os manifestantes que perderam um olho devido aos tiros de balas de borracha e a responsabilidade da polícia antidistúrbio na estação Prince Edward, também foram refletidos nos desenhos que giraram o mundo e que os manifestantes brandem diante das forças de segurança. Badiucao acrescenta o exemplo da composição de um hino, Gloria a Hong Kong, que teve fez tanto sucesso que não faltam aqueles que propõem adotá-lo em substituição ao oficial. Há alguns dias, também foi desenvolvido um videogame para “libertar Hong Kong”.

Para muitos, este é o novo manual de protesto da sociedade civil no século XXI. “Os honcongueses estão lutando contra a maior e mais poderosa ditadura do mundo. Seu exemplo inspira muitos outros movimentos ao redor do mundo – Badiucao

Para muitos, este é o novo manual de protesto da sociedade civil no século XXI. “Os honcongueses estão lutando contra a maior e mais poderosa ditadura do mundo. Seu exemplo inspira muitos outros movimentos ao redor do mundo”, afirma Badiucao. Até a imprensa oficial chinesa, a mais crítica do movimento de Hong Kong, o vê dessa maneira. Jornais como o ultranacionalista Global Times traçaram inúmeras semelhanças entre os protestos do principal centro financeiro da Ásia e os protagonizados por chilenos e pelos independentistas da Catalunha.

Especialmente os últimos, porque Pequim está interessada em incidir que o movimento de Hong Kong não busca a democracia, mas, ao contrário, a secessão. E que não é pacífico, mas violento. Sem dúvida, o fato dos honcongueses terem convocado uma marcha cheia de estrelas azuis (bandeiras oficiais do movimento Independentista Catalão) em favor da Catalunha facilitou as coisas. Stand with Catalonia é um grito de guerra que se juntou também a outros lemas cantados e pintados pela cidade.

O editor-chefe do jornal, Hu Xijin, viu os primeiros paralelos na tentativa de fechar o aeroporto de El Prat, algo que em Hong Kong os manifestantes conseguiram por dois dias consecutivos e, logo depois, seu jornal se concentrou em destacar a contenção da polícia de Hong Kong comparada com as atuações de corpos na Catalunha e no Chile.

“Entre nossas demandas, no momento, não está a independência. Embora muitos de nós a tenhamos como objetivo final. Contudo, nós nos solidarizamos com a Catalunha pela opressão do Estado, a brutalidade policial e as liberdades fundamentais. E contra a existência de presos políticos”, defende Lucía Tse, uma das jovens que na semana passada se manifestou com uma estrela azul (bandeira oficial do movimento Independentista Catalão).

“Na Espanha, alguns dizem que falamos sem saber, mas temos nos informado”, diz. “Eles prenderam um grupo de pessoas por propor um referendo de autodeterminação que apoiamos”, acrescenta essa jovem engenheira que utiliza outro lema: “Pode aprisionar todos nós, mas não nossas ideias”.

Jason Leung é funcionário do escritório que administra as próximas eleições locais, em 24 de novembro, e prevê um colapso dos partidos pró-chineses e um aumento dos pró-democracia – Zigor Aldama

Jason Leung também acredita que a independência de Hong Kong é a única saída para esta Região Autônoma Especial da China. Seu testemunho é chamativo porque esse jovem trabalha para o Governo. “No começo, ia na frente, mas agora não faço isso por medo de ser reconhecido e que isso afete minha carreira profissional. No entanto, acredito que a independência deve ser o último passo que ainda não podemos propor. Agora, devemos concentrar nossos esforços em alcançar o sufrágio universal e uma maioria pró-democracia no Parlamento regional”, afirma.

Leung é funcionário do escritório que administra as próximas eleições locais, em 24 de novembro, e prevê um colapso dos partidos pró-chineses e um aumento dos pró-democracia. “Isso aumentará a pressão sobre o Governo, que acredito estar disposto a fazer uma nova concessão e aceitar que seja realizada uma investigação independente sobre as ações da Polícia. Se isso acontecer, após ter sido retirada a proposta de lei que começou tudo, se demonstrará que, como aconteceu no Chile, a mobilização serve para alguma coisa”.

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