Reunião especial para a Amazônia, propõe o Secretário Geral da ONU

Foto: Rodrigo Baleia / Greenpeace

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02 Setembro 2019

O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, anunciou que entrou em contato com os países envolvidos para avaliar a possibilidade de uma reunião a ser realizada durante a próxima Assembleia Geral da ONU, dedicada à Amazônia, onde "a situação - observou ele - é muito séria". Em declarações concedidas à margem de uma conferência da ONU em Yokohama, repercutidas pela imprensa brasileira, Guterres pediu “urgentemente” que "os recursos necessários sejam alocados" para combater os incêndios. "Acredito que a comunidade internacional deve se mobilizar de modo firme para apoiar os países da Amazônia, com o objetivo de apagar os incêndios o mais rápido possível e, em seguida, lançar uma política completa de reflorestamento", explicou o secretário geral da ONU.

A reportagem é publicada por L'Osservatore Romano, 30 e 31-08-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Para combater o número recorde de incêndios na floresta amazônica, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro decidiu proibir o uso de fogo para queimar os campos em todo o país, por dois meses, durante a estação de seca. Em um decreto publicado na quinta-feira no Diário Oficial, o governo estabeleceu que, por um período de 60 dias, os responsáveis pela proteção florestal poderão autorizar as queimadas de campos apenas em três casos: controle fitossanitário para proteger a vida vegetal, prevenção e luta contra os próprios incêndios e culturas de subsistência nas comunidades indígenas. O governo brasileiro especificou que essa é uma medida "excepcional e temporária" e tem como objetivo a proteção do meio ambiente.

Anteriormente, Bolsonaro havia lembrado que usar queimadas controladas é uma "tradição" em algumas comunidades. "São eles mesmos que realizam as queimadas, é quase uma tradição. Não se trata apenas de educar, não é fácil", explicou. A nova medida de proteção ambiental ocorre após intensa pressão de líderes e organizações internacionais devido aos incêndios e às políticas para a Amazônia. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil (INPE), de janeiro a 28 de agosto houve 84.957 incêndios, que mostram um aumento de 75% nas queimadas em relação ao mesmo período do ano passado. Trata-se do maior número de incêndios registrados, de acordo com a instituição, desde o início da coleta de dados em 2013. O Inpe também destaca que durante este mês foram registrados 6.145 incêndios florestais no estado do Amazonas, onde a maioria do território é constituído por florestas tropicais. O dado representa um novo recorde histórico, que excede o registrado em agosto de 2005 de 5.981 incêndios. Enquanto isso, torna-se mais efetiva a luta das autoridades contra os incendiários. A polícia brasileira realizou ontem mandatos de busca e apreensão contra três pessoas suspeitas de terem dado início a queimadas no sudeste do estado do Pará. Segundo as investigações, eles seriam responsáveis pela queima de uma área de mais de 5.000 hectares de floresta dentro de uma reserva ambiental.

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