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Amazônia em Chamas: indígenas Huni Kuin perdem animais e árvores em incêndio, no Acre

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29 Agosto 2019

Há seis dias, um incêndio florestal consumiu por três horas 50% da área de dez hectares da comunidade indígena do povo Huni Kuin, denominada de Centro Huwã Karu Yuxibu (em português “o dom das medicinas”), que fica dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) do Igarapé São Francisco, na zona rural de Rio Branco, capital do Acre. Na quinta-feira (22), o fogo começou por um ramal da unidade de conservação e avançou sob a vegetação da comunidade, onde vivem 25 pessoas da família do cacique Mapu Huni Kuin, uma das lideranças mais importantes do estado.

A reportagem é de Freud Antunes e Elaíze Farias, publicada por Amazônia Real, 27-08-2019.

Os indígenas perderam os roçados, mudas de plantas medicinais, árvores de espécies nativas da Amazônia, madeira beneficiada para construções de moradias e 500 metros de mangueiras do sistema de abastecimento de água do poço artesiano. Animais como tatu, tamanduá, macaco, jabuti e paca morreram queimados. Não houve feridos entre os indígenas, mas muitos deles inalaram fumaça, inclusive os idosos e as crianças.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a área de floresta destruída da comunidade corresponde a cinco campos de futebol. O sargento André Silva disse que um grupo de indígenas, que forma uma brigada ambiental treinada, tentou apagar as chamas, mas depois buscou o apoio dos bombeiros, que agiram rápido e evitaram que o fogo chegasse às casas. Por isso os moradores da comunidade Huni Kuin não ficaram desabrigados. Os bombeiros suspeitam de crime ambiental para a ocorrência.

O indígena Isaká Huni Kuin, de 80 anos, contou à agência Amazônia Real que o incêndio na comunidade começou em uma área próxima do roçado. Ele disse que o fogo destruiu principalmente a madeira de lei, que seria usada para construir moradias, incluindo a dele e de sua mulher, Buni, 60 anos. O casal é pai do cacique Mapu.

“Eu estava sentado quando ouvi aquele ‘papoco’ [estouro]. Virei e vi fumaça subindo. Meus meninos saíram correndo. A gente achava que tinha chegado no roçado, mas vinha de um ramal. O que fez aumentar [o fogo] foi que deu ventania forte. A gente jogou água, vieram os vizinhos para ajudar, mas queimou o terreno”, relatou Isaká.

Na comunidade Huni Kuin, além de Isaká e Buni, moram os filhos do casal, entre eles, o cacique Mapu e a mulher Mirna Rosário, além dos netos.

Ao saber pelos familiares do incêndio florestal na comunidade, o cacique Mapu Huni Kuin, que está em viagem na Europa, divulgou um vídeo em seu perfil no Facebook denunciando que o incêndio na comunidade foi um crime ambiental. Ele suspeita também de ataque à comunidade.

“Colocaram fogo na nossa pequena terra onde fazemos de tudo para ver se a gente sobrevive. Estamos cuidando para que não peguemos fogo. Já tínhamos feito vários plantios de reflorestamento, de açaí, de buriti. Plantamos mais de 200 mudas”, disse o cacique, relando os danos causados pelo incêndio na comunidade. “Vamos acabar com esses ataques em cima de nós, não merecemos, não estamos em guerra”, afirmou.

Mirna Rosário disse à reportagem que um Boletim de Ocorrência, pedindo a investigação do incêndio e a realização de perícia, foi registrado na Delegacia da Polícia Civil de Rio Branco nesta segunda-feira (26).

Ela se diz surpresa com o fato de somente a área indígena ter sido afetada com o incêndio florestal. “A gente perdeu o nosso roçado, que tinha banana, mamão, açaí, mundubi, que são coisas que fazem parte da alimentação dos indígenas”, contou.

Queimadas na Amazônia

Queimada em Marechal Thaumaturgo, no Acre. (Foto: Arison Jardim - 25/08/2019)

Conforme publicou a agência Amazônia Real na primeira reportagem da série Amazônia em Chamas, o desmatamento na região amazônica aumentou 278% no mês de julho deste ano, em relação ao mesmo período em 2018, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), alertando para o tempo sombrio.

Depois dos desmatamentos, madeireiros, fazendeiros, pecuaristas, produtores rurais, entre outros, limpam o terreno com fogo, as chamadas queimadas. Os grandes incêndios provocam perda da fauna e flora. As consequências imediatas são uma densa e permanente névoa de fumaça.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) desqualificou os dados do instituto, usando um discurso de negação das consequências da degradação ambiental da floresta no país e no planeta. Ele ainda demitiu Ricardo Galvão, diretor do Inpe.

Mas os desmatamentos e os incêndios florestais na Amazônia ganharam repercussão internacional, após uma “mega nuvem” de fumaça de queimadas nos estados como Mato Grosso e Rondônia, além da Bolívia, tomar conta do céu de São Paulo, na tarde do dia 19 de agosto.

O Acre é um dos estados da região amazônica que enfrenta o aumento dos incêndios florestais deste o mês de julho, segundo o Programa Queimadas – Monitoramento do Inpe. De 1º. de janeiro a 26 de agosto foram registrados 2.918 focos de incêndios em áreas desmatadas, roçados, pastagens e florestas nativas – um aumento de 134% em relação ao igual período de 2018, quando o instituto registrou 1.246 focos.

Bombeiros combate queimadas em Rio Branco, no Acre. (Foto: Freud Antunes/Amazônia Real)

O governo do Acre decretou situação de emergência na noite de quinta-feira (22). Queimadas produzidas por fazendeiros e madeireiros estão acontecendo tanto na zona rural de Rio Branco como nas cidades do interior. Uma nuvem de fumaça encobre vários municípios do estado, prejudicando a qualidade do ar da população.

Neste período, esta parte da Amazônia enfrenta a estação seca, quando o regime de chuvas é menor (estiagem) e os rios descem (vazante). Galhos e folhas secos são materiais de fácil combustão para uma simples ponta de cigarro. É por isso que as queimadas são proibidas. Por causa dos incêndios, o Acre também está, desde o dia 16 de agosto, sob alerta ambiental por causa da baixa umidade relativa do ar. O governo solicitou o apoio das Forças Armadas nas ações de combate às queimadas no estado.

Os Huni Kuin

Povos Huni Kuin (Foto: Odair Leal/Amazônia Real)

Segundo estudo do Instituto Socioambiental (ISA), os índios Huni Kuin (em português significa “homem verdadeiro”), também conhecidos como Kaxinawá, habitam a fronteira brasileira-peruana na Amazônia Ocidental. No Brasil, eles somam mais de 7 mil pessoas e vivem no Acre e sul do Amazonas, tendo as aldeias nas regiões do Alto Juruá e Purus e no Vale do Javari.

Os Huni Kuin pertencem à família linguística Pano. “Os grupos Pano designados como nawa formam um subgrupo desta família por terem línguas e culturas muito próximas e por terem sido vizinhos durante um longo tempo. Cada um deles se autodenomina huni kuin, homens verdadeiros”, diz a pesquisa.

No Acre, a Terra Indígena (TI) Kaxinawá Ashaninka do Rio Breu, com 31.277 hectares, está localizada entre os municípios de Marechal Thaumaturgo e Jordão, na fronteira com o Peru.

Educação e conflito

Cacique Mapu caminha por trilha dentro do Parque Ambiental, em 2016. (Foto: Odair Leal/Amazônia Real)

A família Huni Kuin atingida pelo incêndio é originária da TI Kaxinawa Ashaninka do Rio Breu. O grupo deixou o território tradicional por causa da falta de acesso à educação dos filhos.

Na cidade, o grupo morou no Parque Ambiental Municipal, que fica na zona rural da cidade de Plácido de Castro, interior do Acre, de 2012 a 2016.

“O Mapu [o cacique] que queria estudar para entender o nosso direito. Primeiro, moramos no parque, depois viemos para o Centro Cultural, onde fazemos medicina e trabalhamos com rapé e ayahuasca”, disse Isaká.

Mirna Rosário conta que os Huni Kuin sofreram perseguição em Plácido de Castro. “Houve um conflito e as famílias decidiram que era melhor sair de lá. Alguns retornaram para suas aldeias de origem, mas muitos foram morar em Rio Branco”, disse. Em 2016, a Amazônia Real publicou reportagem sobre o conflito em Plácido de Castro.

Em 2018, na Área de Proteção Ambiental (APA) São Francisco, tem 30 hectares, o grupo de indígenas Huni Kuin, atingido pelo incêndio florestal, comprou dez hectares e instalaram na área o Centro Huwã Karu Yuxibu (em português “o dom das medicinas”) e suas moradias. O acesso é pela Estrada Transacreana (AC-90).

“Desta vez é uma área comprada por nós”, disse Mirna, que não revelou o valor da propriedade rural.

A área florestal da comunidade antes do incêndio. (Foto: Centro Huwã Karu Yuxibu)

No Centro Huwã Karu Yuxibu, os indígenas praticam trocas de saberes, pesquisam a medicina tradicional do povo Huni Kuin e recebem visitantes nas atividades culturais. O acesso à comunidade é pelo KM 36 da estrada, entrando pelo Ramal da Goiabeira, a 38 quilômetros de Rio Branco.

Segundo Mirna Rosário, o terreno da comunidade na APA foi comprado parcelado. Ela explicou que para pagar o imóvel, o cacique Mapu faz atividades como vivências espirituais indígenas junto a apoiadores em outros países.

“Ele consegue ajuda financeiramente para pagar o parcelamento do terreno da comunidade, comprado na APA”, contou ela, dizendo que o cacique volta da Europa no mês de setembro.

No sábado, os Huni Kuin iniciaram uma campanha de doações através do site vakinha.com. Mirna estima que serão necessários um valor de R$ 25 mil para construir o poço artesiano e fazer a irrigação do solo, além de reiniciar o reflorestamento das árvores e plantas medicinais perdidas no incêndio. “Estamos contando com a solidariedade dos amigos”, disse ela.

O casal Buni, 60 anos, e Isaká Huni Kuin, 80 anos (Foto Ramon Aquim)

Cimi quer punição

Incêndio destruiu bosque com árvores nativas da Amazônia. (Foto: Ramon Aquim)

Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) Regional Amazônia Ocidental, com sede em Rio Branco, classificou de “incêndio criminoso” a destruição de parte da comunidade dos indígenas Huni Kuin.

“Exigimos que governos e autoridades tomem medidas urgentes para punir estes criminosos e evitar que novos crimes sejam cometidos em nome de um suposto desenvolvimento. Exigimos especialmente que seja apurado o incêndio criminoso contra o povo Huni Kuin e os culpados sejam exemplarmente punidos”, disse o CIMI.

O governo do Acre não se manifestou em relação ao incêndio na comunidade Huni Kuin.

Comunidade Huni Kuin atingida por incêndio, em Rio Branco. (Foto: Ramon Aquim)

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