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Lercaro: assim a Cúria depurou o cardeal pacifista. Artigo de Alberto Melloni

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19 Dezembro 2017

A remoção do arcebispo de Bolonha, Giacomo Lercaro, foi “um ato sem precedentes e sem motivações. Um gesto que poderia até parecer menor hoje: mas que marcou o pós-Concílio em escala universal”.

A opinião é do historiador italiano Alberto Melloni, professor da Universidade de Modena-Reggio Emilia e diretor da Fundação de Ciências Religiosas João XXIII, de Bolonha.

O artigo foi publicado no jornal La Repubblica, 18-12-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

No início de 1968, a violência que flagelava o mundo entrou de repente, gélida e cortante, na carne da Igreja Católica. Naquele ano – que viu o assassinato de Martin Luther King e de Bob Kennedy, a escalada no Vietnã e a primavera de Praga – o arcebispo de Bolonha, Giacomo Lercaro, foi removido da sua sede, com um ato sem precedentes e sem motivações. Um gesto que poderia até parecer menor hoje: mas que marcou o pós-Concílio em escala universal.

“De repente, no dia 27 de janeiro passado (é Lercaro que escreve ao cardeal Frings, em fevereiro de 1968), veio até mim o secretário da Congregação pro Episcopis e, em nome do papa, me comunicou que tinha chegado o momento de me retirar; e me deu a entender que isso devia ser feito rapidamente. Não me deu nenhum motivo, e eu, ainda agora, não sei por que razão – sendo o único, entre tantos bispos idosos como eu e mais do que eu, saudável e em plena atividade – sou removido da minha sede e deixado sem nenhum ofício ou tarefa na Igreja.”

Lercaro era o homem que, em 1963, permitira a eleição de Paulo VI, recusando-se a ser candidato da Cúria reacionária da época; ele era o moderador conciliar que pusera os problemas da pobreza e da paz de modo novo; o bispo que, fortalecido pelo seu anticomunismo, abrira um diálogo com o Partido Comunista Italiano; e era o defensor da recepção do Concílio nas Igrejas locais. E, agora, como escreve, encontra-se “demolido” por um “gravíssimo procedimento”. De causas tão inconfessáveis a ponto de levar as vozes públicas da Igreja a mentirem.

“Vossa Eminência (novamente Lercaro a Frings) certamente compreendeu que eu fui removido do governo da diocese.” O motivo da remoção, “alegado no comunicado do L’Osservatore Romano e na carta do cardeal Cicognani, ou seja, as minhas ‘más condições de saúde’, é falso, como todos podem constatar.” Quanto à idade (77 anos), “em 1966, o papa, ao rejeitar a minha renúncia, me dissera que a renúncia se torna efetiva aos 80 anos”.

Lercaro se submete a tudo isso em silêncio ou, melhor, com “excessiva condescendência”, lhe dirá Paulo VI. Mas sem deixar de pedir explicações sobre quem e por que preparou uma trama sobre a qual, em público, ele observa um silêncio sepulcral: descobrimos isso apenas hoje, graças às suas cartas que, depois de terem permanecido seladas por meio século, vêm à tona. Missivas sobre aquilo que ele define como “o crime da minha destituição arbitrária”.

Durante semanas, Lercaro pede os motivos. Nada. Até mesmo Paulo VI, que o chama em audiência, lhe preanuncia que dará apenas as “explicações a nós permitidas”, como se houvesse algo a mais. Mas, no quebra-cabeças das calúnias, Lercaro intui algo por conta própria.

Quando o jornal Il Borghese – os “vatileaks” são sempre tramados à direita – revela uma investigação secreta realizada no ano anterior em Bolonha e nunca desmentida de modo límpido pela Cúria romana, Lercaro especula que, contra ele, moveu-se o Santo Ofício, exteriormente reformado, mas ainda adepto a métodos de inquisição.

O que se queria atingir? Eram realmente as pequenas consequências sobre a Democracia Cristã e o Partido Comunista Italiano da convicção lercariana de que as Igrejas locais deviam ter uma fisionomia e que a de Bolonha era a paz? Era plausível que a remoção do purpurado fosse a reação de um papa iludido de que o primeiro Dia Mundial da Paz do Ano Novo de 1968 o coroava como negociador sobre o Vietnã, a poucos dias da ofensiva do Têt? A cátedra de Bolonha havia sido removida do cardeal por ele ter pedido a suspensão dos bombardeios estadunidenses sobre o país asiático sem balanceamentos e equilibrismos? Ou haviam sido outras calúnias que irromperam?

“Permaneci nessa incerteza que se tornava, dia após dia, mais dilacerante, porque tocava as fibras mais íntimas de um coração que, por pelo menos 60 anos, mesmo nos momentos mais difíceis, não soubera bater senão em uma sintonia plena com a do bispo de Roma. O esclarecimento e a certeza só vieram na última conversa de 21 de março: só então entendi de modo seguro e definitivo que nenhuma das razões apresentadas era proporcional, e que a única verdadeiramente decisiva era aquela não dita”: isto é, a teologia da paz, a paz como ato teológico.

Não simplesmente as consequências de um compromisso pela paz (a condenação dos bombardeios), ou os seus corolários (não ter medo de um paralelismo político com o Partido Comunista Italiano, malvisto pela Democracia Cristã): mas sim o fato de ter entendido, olhando e amando a própria Igreja como uma esposa, que o caminho da Igreja “não é a neutralidade, mas sim a profecia”, como Francisco repetiu recentemente.

Não a Igreja como pedestal do bispo ou banqueta do papa, ou parceira de negócios políticos: mas sim a comunidade da fé concreta como ato de renúncia ao poder, incluindo o poder de mediar.

Isso catalisava uma soma de atritos que tornaram Lercaro, no Concílio e depois do Concílio, impopular em diversos ambientes e levava a um ato de violência institucional que tinha culpados demais para que fosse permitido explicá-lo. Até mesmo ao papa.

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