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Peregrinos nas páginas do Alcorão. Artigo de Gianfranco Ravasi

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11 Mai 2024

"De fato, podemos ser imediatamente conquistados pela figura de Maomé, o Profeta, de quem são identificadas e descritas as múltiplas e diferentes biografias que produzem um retrato muitas vezes móvel. Ou se pode recorrer ao corpus do Alcorão propriamente dito, começando pela galáxia de manuscritos que transmitiram, com um verdadeiro exercício de leitura paleográfico-filológica, apontando, em seguida, para o próprio coração do Livro Sagrado, 'um texto desarticulado, desordenado, desorientador e obscuro'", escreve o cardeal italiano Gianfranco Ravasi, ex-prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, publicado por Il Sole 24 Ore, 21-04-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Islamismo. A Mimesis propõe um estudo que envolveu a elite do islamismo europeu e das disciplinas afins: é o primeiro volume de uma grande tetralogia

Eram 1.610 volumes manuscritos misturados em árabe iemenita que continham aproximadamente 5.600 obras diferentes e chegaram à Biblioteca Ambrosiana de Milão em 1909, quando era dirigida por Mons. Achille Ratti, o futuro Pio XI. Com uma extraordinária operação promocional, que envolveu várias instituições milanesas, conseguiu comprar por 30 mil liras do comerciante Giuseppe Caprotti – que passou a maior parte da sua vida ativa nos países árabes – um fundo codicológico único, a ser anexado àquele, de extraordinária qualidade coletado pelo fundador da Biblioteca, do cardeal Federico Borromeo.

Esse verdadeiro tesouro árabe me fez companhia – com o famoso Codex Atlanticus de Leonardo e muitos outros documentos preciosos - nos anos que passei como Prefeito naquela Biblioteca, à sombra do meu ilustre antecessor e de uma legião de estudiosos que ao longo dos séculos se dedicaram à pesquisa científica naquela espécie de hortus deliciarum literário, histórico e artístico.

Justamente por isso, na parede lateral da entrada da Sala de Leitura da Biblioteca havia sido gravado em árabe um hadith (um ditado extracorânico) transmitido por Sufyan Ibn 'Unyayna (725-811): “Se você entrar numa Sala do tesouro, não saia até entender o seu conteúdo".

Os mesmos sentimentos poderiam ser compartilhados por aqueles que agora desejam se embrenhar num volume que envolveu a elite do islamismo europeu e das disciplinas afins, com curadoria na edição italiana de Silvano Facioni. O coração da obra é o livro sagrado por excelência, o Alcorão, e é significativo observar que as mil ou mais páginas que o compõem são apenas o primeiro e fundamental volume de uma tetralogia mais ampla que apareceu em 2019 na França e estava destinada a um inesperado sucesso editorial, apesar de sua imponência. É evidente o quanto seja difícil, senão impossível, delinear a trama, baseada numa enorme quantidade de dados oferecidos por grandes especialistas no assunto. No entanto, a leitura dessas páginas é realmente como uma peregrinação dentro de um mundo de maravilhas, que servem sobretudo para desmentir tantos estereótipos sobre o Islã, infelizmente favorecidos por fundamentalistas muçulmanos e por alguns supostos cristãos igualmente exclusivistas. O encanto do percurso, guiado pelo mapa introdutório dos dois curadores – Mohammad Ali Amir-Moezzi, professor em Paris e Londres e grande especialista em Xiismo, bem como da história da redação (Redaktionsgeschichte) do Alcorão e Guillaume Dye da Universidade de Bruxelas – permite acompanhar a leitura também de acordo com uma abordagem enciclopédica.

De fato, podemos ser imediatamente conquistados pela figura de Maomé, o Profeta, de quem são identificadas e descritas as múltiplas e diferentes biografias que produzem um retrato muitas vezes móvel. Ou se pode recorrer ao corpus do Alcorão propriamente dito, começando pela galáxia de manuscritos que transmitiram, com um verdadeiro exercício de leitura paleográfico-filológica, apontando, em seguida, para o próprio coração do Livro Sagrado, “um texto desarticulado, desordenado, desorientador e obscuro". Por isso é decisivo seguir a tradição derivante e a relativa canonização, com várias reviravoltas, com a deriva do xiismo e com a necessária (mas muitas vezes rejeitada) hermenêutica que desarruma a práxis literalista habitual do Islã.

É fascinante o capítulo escrito por um dos maiores especialistas no assunto, Pierre Larcher, sobre a linguagem do Alcorão que é, obviamente, o árabe, mas qual tipologia? Quem tiver a paciência de um discípulo poderá empenhar-se em uma série de exercícios linguísticos capazes de provocar vertigens, enquanto os estudiosos poderão encontrar uma paisagem policromada para explorar. Claro, o profano ao percorrer esse elevado caminho poderá ficar exausto, mas compreenderá o quão complexo é ler um escrito na sua matriz originária.

Outros leitores serão atraídos, porém, por um fenômeno que nos nossos dias é desviado para horizontes obscuro de dialética, não apenas verbal, mas até criminal. Estamos nos referindo às encruzilhadas histórico-culturais e religiosas nas quais as três religiões monoteístas se encontraram e se chocaram.

Por um lado, o judaísmo que para o Alcorão, por exemplo, oferece múltiplas narrativas e uma multidão de personagens, de Adão a Moisés, de Noé a Abraão e Ismael, até Satanás (Shaytan), mas também preceitos jurídicos e conexões com textos judaicos apócrifos, naturalmente o todo submetido a reelaborações. Por outro lado, os cristãos também se apresentam naquela encruzilhada e não só com a figura de Jesus e Maria, sua mãe, a quem é dedicada toda uma sura, a XIX, mas também com uma série de contatos com o variegado mundo cristão.

É assim que se recompõe um vasto afresco - contextual à gênese do Islã – das comunidades religiosas cristãs, desde aquelas postas sob a égide bizantina até às Igrejas operantes no Irã sassânida ou localizadas na Etiópia. Fortemente incisivo, também nesse caso, é o patrimônio dos escritos apócrifos cristãos, especialmente apocalípticos, que exerceram uma forte atração no Islã primitivo, sem falar nas degenerações "heréticas" como o maniqueísmo. Uma osmose muito ramificada que nos séculos seguintes terá resultados históricos conflitantes e resultados socioculturais positivos notórios. Não se deve esquecer, por exemplo, que a primeira incursão muçulmana na Sicília ocorreu em 704 (Maomé morreu em 632) e aquela na Espanha começou em 711. Mas essa é outra história.

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