11 Julho 2023
O cardeal Mario Grech ao apresentar os participantes da XVI Assembleia Geral que se realizará no próximo outono, no Vaticano, usou uma linguagem futebolística. Entre os oito convidados especiais, sem direito a voto também Luca Casarini.
A reportagem é de Gianni Cardinale, publicada por Avvenire, 08-07-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.
O "time" que entrará em campo no Sínodo de outubro. O cardeal Mario Grech, secretário geral do órgão sinodal, usou a linguagem futebolística para apresentar na Sala de Imprensa do Santa Sé a lista dos participantes da próxima Assembleia Geral que se reunirá no Vaticano a partir de 4 de outubro sobre o tema "Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão". Trata-se de uma assembleia, a décima sexta geral ordinária, onde "os bispos eleitos são a maioria" e na qual por indicação das Conferências Episcopais continentais “tentamos incluir representantes do povo de Deus”, explicou o cardeal.
Com ele estavam presentes os dois subsecretários, dom Luis Marín, de San Martín, e a irmã Nathalie Becquart, e o reitor do Almo Collegio Capranica e presidente da Associação Teológica Italiana Riccardo Battocchio, que será um dos dois padres nomeados para o próximo encontro para o cargo de secretário especial (o outro é o jesuíta Jaime Costa).
Presidido pelo Papa, o Sínodo terá como relator geral o cardeal Jean-Claude Hollerich e nove presidentes delegados, entre os quais duas mulheres. De acordo com a lista fornecida, os membros com direito a voto (contando também o cardeal Grech) são 360, dos quais 264 são cardeais e bispos (pouco mais de 73%).
Além deles haverá 27 sacerdotes e religiosos, 25 consagradas, 15 leigos e 29 leigas. As mulheres então serão ao todo 54 (15%).
No Sínodo em outubro estarão presentes 20 bispos das Igrejas Orientais Católicas. Os delegados eleitos pelas conferências episcopais e aprovados pelo Papa serão 168: 43 da África, 47 da América (dos quais nove dos EUA e Canadá, o restante da América Latina), 25 da Ásia (entre os quais os cardeais italianos Giorgio Marengo, prefeito apostólico na Mongólia, e Paolo Martinelli, vigário apostólico da Arábia do Sul), 48 da Europa (a CEI elegeu os arcebispos Roberto Repole de Turim, Bruno Forte de Chieti-Vasto, Domenico Battaglia de Nápoles, Mario Delpini de Milão e o bispo de Novara Franco Giulio Brambilla), 5 da Oceania. Haverá também um prelado (de Chipre) em representação de bispos sem Conferência Episcopal e 5 presidentes das reuniões internacionais dos episcopados.
Também serão membros do Sínodo os representantes da União dos Superiores gerais e da União Internacional das Superioras Gerais (cinco consagradas, entre as quais a Irmã Nadia Coppa, presidente da Uisg, e cinco religiosos, entre os quais o abade cisterciense Dom Mauro-Giuseppe Lepori). A Cúria Romana estará presente com 19 eclesiásticos e 1 leigo (Paolo Ruffini, prefeito, há pouco confirmado no cargo, do Dicastério para a Comunicação). Na prática, estarão presentes os chefes da Secretaria de Estado (cardeal Pietro Parolin com os arcebispos Edgar Pena Parra e Paul Richard Gallagher) e dos Dicastérios propriamente ditos, mas não os superiores dos Tribunais Apostólicos e dos órgãos econômicos do Vaticano. Os italianos, além de Parolin, serão, portanto, o cardeal Marcello Semeraro e os arcebispos Rino Fisichella, Claudio Gugerotti e Filippo Iannone.
Os participantes no Sínodo nomeados pelo Papa Francisco serão 50 (cerca de 14% do total), dos quais 36 entre bispos e cardeais, 7 sacerdotes, 5 freiras, 1 leigo e 1 leiga. Da Itália, além de Battocchio e Costa, estarão presentes: dom Giuseppe Bonfrate (que também foi nomeado presidente delegado), o arcebispo de Modena-Nonantola e bispo de Carpi Erio Castellucci, bispo secretário do C9 Marco Mellino, o bispo de Nuoro e Lanusei Antonello Mura, a irmã Simona Brambilla (superiora geral das missionárias da Consolata), a Irmã Samuela Maria Rigon (superior geral das Irmãs de N. Sra das Dores), e Pe. Antonio Spadaro, diretor de La Civiltà Cattolica.
Finalmente, 70 testemunhas do processo sinodal farão parte do Sínodo. Eles foram escolhidos pelo Papa de uma lista de 140 compilada pelas Assembleias Continentais (África, América do Norte, América Latina, Ásia, Igrejas Orientais e Oriente Médio, Europa e Oceania). Ao todo serão 15 sacerdotes e religiosos, 14 consagradas, 28 leigas e 13 leigos. Entre eles estará a professora Giuseppina De Simone. O cardeal presidente da CEI Matteo Zuppi participará como membro do Conselho ordinário sinodal. Entre os membros de nomeação pontifícia, deve-se assinalar a presença de alguns cardeais eméritos como Luis Ladaria, Gerhard Ludwig Muller, Marc Ouellet e Oscar Andres Rodríguez Maradiaga. Assim como as de um núncio (o maltês Joseph Spiteri) e do jesuíta estadunidense James Martin, particularmente engajado no cuidado pastoral das pessoas LGBT. Oito convidados especiais também participarão do Sínodo sem direito a voto. Entre eles Luca Casarini da ONG Mediterrânea Saving Humans, o teólogo Severino Dianich e dom Armando Matteo, secretário da seção doutrinal do Dicastério para a doutrina da fé. Com eles estarão o prior da Comunidade de Taizé, frei Alois, Margaret Karram dos Focolares e Eva Fernandez Mateo da Ação Católica.
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No “time” do Sínodo de outubro, também há 54 mulheres, das quais 29 são leigas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU