09 Março 2023
A informação é publicada por Religión Digital, 07-03-2023.
A Caritas da Nicarágua denunciou o bloqueio alfandegário que o governo Ortega impôs à pastoral desde 2019, impedindo o recebimento de doações do exterior
As relações entre os sandinistas e a Igreja Católica na Nicarágua foram marcadas por atritos e desconfianças nos últimos 44 anos.
A Caritas de Nicarágua, que se apresenta em seu site como o braço social da Conferência Episcopal da Nicarágua, denunciou o bloqueio alfandegário que o governo Ortega impôs à pastoral desde 2019, impedindo o recebimento de doações do exterior.
Em 2015, a Caritas da Nicarágua ganhou o Prêmio Internacional de Mulheres Cultivadoras do Desenvolvimento, por sua ação social beneficente e promoção do desenvolvimento, prêmio dotado de 10 milhões de euros (10,6 milhões de dólares).
Em 21 de fevereiro, o presidente Ortega descreveu a Igreja Católica como uma "máfia" e a acusou de ser antidemocrática por não permitir que os católicos elegessem o Papa, cardeais, bispos e padres por voto direto.
Ortega chamou de "terroristas" os bispos nicaraguenses que atuaram como mediadores de um diálogo nacional com o qual se buscou uma solução pacífica para a crise que o país vive desde 2018.
O líder sandinista também os descreveu como "golpistas" e os acusou de serem cúmplices de forças internas e grupos internacionais que, em sua opinião, atuam na Nicarágua para derrubá-lo.
A Polícia Nacional, cujo chefe supremo é Ortega, proibiu a Igreja Católica nicaraguense de realizar procissões via crusis durante a Quaresma e a Semana Santa deste ano.
As relações entre os sandinistas e a Igreja Católica na Nicarágua foram marcadas por atritos e desconfianças nos últimos 44 anos.
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Nicarágua. Caritas, braço social da Conferência Episcopal, é fechada - Instituto Humanitas Unisinos - IHU