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“Bento XVI estava convencido de que a fé cristã era o fundamento da civilização”. Entrevista com Daniele Menozzi

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04 Janeiro 2023

Daniele Menozzi, professor emérito de história contemporânea na Normale de Pisa, comenta a teologia de Joseph Ratzinger: “Ele percebeu que hoje uma Igreja que intervém na sociedade para fixar as normas de convivência civil só acaba por afastar ainda mais os homens do catolicismo. Ao contrário de Francisco, a sua cultura teológica havia amadurecido antes do Concílio Vaticano II”.

A entrevista é de Luca Kocci, publicada por il manifesto, 03-01-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Nas análises dos últimos dias, parecem ter sido removidos muitos aspectos problemáticos do pontificado de Bento XVI e dos 25 anos que o cardeal Ratzinger passou à frente do antigo Santo Ofício para dar lugar a uma leitura exclusivamente comemorativa. Conversamos sobre isso com Daniele Menozzi, professor emérito de história contemporânea na Normale de Pisa e estudioso do papado na era moderna e contemporânea.

Eis a entrevista. 

Professor Menozzi, qual foi o aspecto central do pontificado de Bento XVI, a "estrela polar" que sempre o guiou?

Com base nas suas intervenções públicas diria a convicção, herdada da cultura intransigente oitocentista, de que a fé cristã, assim como foi estruturada a partir do encontro com a cultura greco-romana, produziu a civilização e constitui o seu fundamento insubstituível. Daí a linha de todo o pontificado: a tese de que o mundo moderno, se quiser manter os valores civis que o constituem, só pode recorrer ao apoio da Igreja, única autêntica depositária e intérprete da lei natural, válida para todos, sempre e em todo lugar.

Dez anos depois, que sentido podemos atribuir à escolha da renúncia?

Um ato de grande lucidez e responsabilidade. O papa percebeu que sua linha de governo não resistiu à prova efetiva. Na época da pós-modernidade, a reproposição do projeto de uma Igreja que intervém na sociedade para fixar as normas, universalmente válidas, de convivência civil acabava unicamente por afastar ainda mais os homens do catolicismo. Bento XVI entendeu que era necessária uma mudança radical para garantir o futuro da Igreja no mundo moderno. O trauma de sua renúncia tornou isso possível.

Continuará sendo um ato extraordinário ou poderá se tornar uma escolha recorrente?

Se vistas no curto prazo, as renúncias estão ligadas ao caráter extraordinário da crise do catolicismo, mas têm um valor de longo prazo. Após os esforços de sacralização do papado que perpassam a era moderna e contemporânea, a renúncia de Bento XVI interrompe esse processo e inicia um percurso de dessacralização do ministério pontifício. Vários atos de Francisco o desenvolveram ainda mais. Portanto, é razoável supor que a renúncia ao ministério exercido se tornará uma prática habitual: vale para todos os bispos em comunhão com o bispo de Roma, por que não deveria valer também para o bispo de Roma?

Nos 25 anos em que Ratzinger liderou a CDF, a livre pesquisa científica, especialmente a pesquisa teológica, foi refreada e amordaçada com uma série de severas medidas disciplinares. Por quê?

A resposta é complexa. Há um aspecto imediato: João Paulo II e Bento XVI consideravam que a presença de uma linha alternativa à que haviam escolhido minava a unidade da Igreja e debilitava seu papel. Portanto, a condenação foi a forma julgada necessária para garantir a eficácia à sua ação de governo. Mas há também um fato cultural mais profundo. O amadurecimento teológico de Ratzinger aconteceu na década de 1950, quando a Igreja era considerada concebível apenas como um monólito do qual a autoridade do papa é o fiador. Por mais profunda e refinada que fosse essa teologia, ela só poderia considerar uma ameaça inaceitável à própria verdade da fé, aquela liberdade e aquele pluralismo surgidos depois do Concílio Vaticano II como componente incontornável da busca de uma verdade que tem nas Escrituras e não na monolítica autoridade eclesiástica seu ponto central de referência. Se Francisco insiste na figura da Igreja como poliedro é porque sua cultura teológica amadureceu depois do Concílio.

Será que em breve veremos a canonização de Bento XVI como foi para quase todos os papas do século XX?

Parece que nas últimas décadas o papado decidiu se autocelebrar levando para os altares a maioria dos papas do século XX. Na base dessa orientação está uma ambiguidade que remonta à canonização de Pio X por Pio XII: são santificadas as virtudes do simples crente, mas com o inevitável subentendido de que o reconhecimento canônico recai também sobre o exercício da função papal do novo santo. Por exemplo, celebrar São Pio X significa também exaltar as modalidades de uma repressão antimodernista que não é propriamente um exemplo de virtudes cristãs, das quais aquele pontífice, no plano pessoal, deu efetivamente provas. Pode-se, portanto, esperar que a controversa gestão do ministério petrino por Bento XVI ajude a desfazer a ambiguidade desse nó herdado de um pesado passado.

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