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Quando comparou o Concílio a uma explosão “Assim mudou o rosto da Igreja”. Entrevista com Joseph Ratzinger

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04 Janeiro 2023

"O rosto da Igreja certamente mudou [com o Vaticano II], basta pensar na amplitude da reforma litúrgica. Houve uma série de relevantes mudanças, semelhantes a uma cadeia de explosões. A grande controvérsia diz respeito justamente à questão de saber se essa transformação tenha afetado também a identidade. Ora, a identidade não é estática, cada geração deve reconquistá-la, e isso é especialmente verdadeiro em tempos de crise", disse Joseph Ratzinger na ocasião. 

Publicamos um amplo trecho da entrevista, inédita na Itália, que o então cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, concedeu em 1988 a Manfred Schell para o jornal alemão Die Welt. O texto completo será publicado no novo volume da Opera Omnia de Joseph Ratzinger, editado pela Editora Vaticana. 

A versão italiana da entrevista foi publicada por Avvenire, 03-01-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Senhor Cardeal, o que está acontecendo em torno do Arcebispo Lefebvre é uma questão significativa também para a área de língua alemã. Como julga a reivindicação formulada de querer salvaguardar o total e intacto depósito da fé?

Até hoje, cada Concílio suscitou reações adversas, porque cada Concílio coloca diferentes ênfases e os homens se sentem envolvidos, se opõem a elas. Nesse sentido, do ponto de vista histórico, o nascimento dessa oposição representa um processo absolutamente normal. Nesse sentido, deve-se considerar que o espectro da oposição formado a partir da tradição é bastante amplo e complexo. Vai desde grupos quase sectários a outros grupos fortemente fanáticos que contestam ao papa a sua legitimidade até crentes que vivem fielmente dentro da Igreja, mas sentindo um certo desconforto.

Qual é o peso de Lefebvre nesse quadro?

Sem dúvida, Lefebvre construiu a organização mais sólida do ponto de vista jurídico e teológico que sempre manteve sua sobriedade, ou seja, nada tem a ver com as aparições ou outras formas semelhantes de devoção particular. Ao contrário, sempre se ateve à teologia pré-conciliar, adquirindo assim uma consistência de grande peso jurídico e factual nos cinco continentes.

Lefebvre é o interlocutor mais sério. A pretensão de que só ali a fé seja preservada em sua totalidade corresponde ao que aquele grupo pensa de si mesmo. A Igreja com o seu magistério não pode aceitar uma exclusividade desse tipo. A Igreja no seu conjunto, com o Papa e os Bispos, deve ser sempre o lugar da vida dos crentes e no seu conjunto deve empenhar-se em guardar e manter viva e atual a fé tanto na sua originalidade como na sua plenitude. Acho que, acima de tudo, deve-se chegar a um entendimento de que só pode haver fé plena na unidade com a Igreja.

O senhor está confiante de que um acordo pode ser alcançado com Lefebvre?

Nunca se deve renunciar à esperança.

Com apenas 35 anos, o senhor foi, junto com Küng e o mais idoso Rahner, um perito conciliar de personalidades do calibre do cardeal Frings. Rahner já morreu. Küng é considerado o filho pródigo da Igreja. O senhor é o chefe da Congregação para a Doutrina da Fé. O Concílio Vaticano II e suas consequências ainda é o seu tema. O Concílio mudou o rosto da Igreja? Perdeu-se um pedaço da identidade católica?

O rosto da Igreja certamente mudou, basta pensar na amplitude da reforma litúrgica. Houve uma série de relevantes mudanças, semelhantes a uma cadeia de explosões. A grande controvérsia diz respeito justamente à questão de saber se essa transformação tenha afetado também a identidade. Ora, a identidade não é estática, cada geração deve reconquistá-la, e isso é especialmente verdadeiro em tempos de crise. Se pensarmos no Iluminismo europeu ou mesmo na Revolução Industrial do século XIX, veremos como também a Igreja sempre teve que buscar de novo a própria identidade através de profundos processos de renovação. Após a Segunda Guerra Mundial, experimentamos uma transformação do mundo que é mais radical do que as convulsões da época e que até assumiu a forma de uma revolução cultural. Com novos meios de comunicação de massa, novos meios de transporte e novas inovações tecnológicas, o substrato espiritual das sociedades se transformou significativamente. É bastante evidente que nesse processo de fermentação a própria Igreja teve que se manifestar e se afirmar de uma nova maneira.

É uma transformação que foi dificultada pelo fato de, por um lado, os antigos fatores identitário pareciam vacilar, mas, por outro, era perceptível um dinamismo de afirmação da própria identidade que brotava de dentro. Essa luta pela identidade não acabou, mas está em pleno andamento.

O senhor mesmo enfrentou muitas coisas com um olhar crítico. Certa vez, comparou o período pós-conciliar a um canteiro de obras. A Igreja talvez acabou perdendo o plano de construção?

Não, eu não diria. Trata-se simplesmente de usar mais comunhão e reduzir o individualismo e o egoísmo do grupo. Numa época em que a "capacidade de fazer" é parte integrante do modelo principal de comportamento, surge também a tentação de dizer: bem, vamos arregaçar as mangas e fazer a Igreja. No entanto, a Igreja não deve ser feita, mas vivida.

A crítica de que o Vaticano II ocorreu de forma muito unilateral é evidente. Mas a acusação de unilateralismo é interpretada de maneira diferente, dependendo se vem de teólogos conservadores ou progressistas e, finalmente, há o pedido comum de um novo concílio de que a Igreja precisaria. Precisa de um novo Concílio?

A questão de um novo concílio não é atual. E já apenas pelo fato de ainda termos que trabalhar no que o último concílio nos deu. Um concílio representa um grande desafio para a Igreja. Muito é colocado em movimento e colocado em crise. Às vezes, um organismo precisa de uma operação, mas depois precisa de tempo para se regenerar e dos cuidados normais. Igreja e concílio estão em uma relação semelhante.

Além disso, temos a forma do Sínodo dos Bispos que, de maneira menos exigente, ajuda a realizar uma forma de vida comunal na Igreja e uma compreensão compartilhada sobre o caminho sucessivo nela. Este é o caminho certo: integrar o legado do Vaticano II na história geral. Nem sempre precisamos de novos programas, mas principalmente de serenidade interior.

Na sua perspectiva, o que devemos conservar do Concílio, o que rever e o que enfatizar mais ainda?

Em primeiro lugar, muito simplesmente, tudo o que dizem os textos vinculantes do Concílio é válido e que, a longo prazo, ainda não foi totalmente valorizado. Se então, em termos concretos, se tivesse que destacar alguns aspectos concretos, sublinharia principalmente a nova importância dada à Bíblia e à herança comum dos Padres; depois a visão personalista do homem, e além disso as afirmações sobre a natureza da Igreja. Em seguida, destacaria a ênfase colocada no ecumenismo e, finalmente, na intuição fundamental da renovação litúrgica. No que diz respeito a este último ponto, porém, também deve ser dito: na prática, a reforma da liturgia nem sempre foi realizada de maneira a ser realmente útil para as pessoas. Chego assim à segunda parte da sua pergunta. Junto ao grande "sim" quanto ao que o próprio Concílio pretendia, será ainda necessário refletir com nova seriedade sobre os arbítrios realizados. Ao nosso "sim" ao mundo devemos acrescentar que o mundo precisa de autocrítica, de objeção crítica, de que a solidariedade tenha um fundamento crítico. O potencial crítico disponível para o cristão em relação aos processos deve operar plenamente.

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