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Uma página trágica na história do Canadá

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14 Julho 2021

 

"A imprensa sensacionalista apresentou esta trágica história como 'genocídio', ou seja, destruição deliberada e violenta de uma raça, até comparando-a com o Holocausto. Em vez disso, foi uma forma de 'genocídio cultural' ou, mais precisamente, um programa de engenharia social para a assimilação cultural dos povos indígenas, que também visava privá-los dos direitos ancestrais sobre suas terras", escreve Massimo Rubboli, ex-professor de História da América do Norte - Universidade de Gênova, em artigo publicado por Reforma, semanal das igrejas Evangélicas Batistas Metodistas e Valdenses, 13-07-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

No final de setembro de 1989, assisti no Vancouver International Film Festival um belo filme, dirigido por Bruce Pittman e intitulado Where the Spirit Lives, que conta a história de uma garota nativa que, no final dos anos 1930, é sequestrada junto com outras pessoas de uma aldeia da tribo Kainai no sul de Alberta para ser educada em uma 'escola residencial' anglicana para crianças indígenas[1]. Essa escola fazia parte de uma rede de centros de reeducação criados pelo Ministério Federal dos Assuntos Indígenas com o objetivo de integrar as comunidades indígenas à sociedade anglo-saxônica branca.

A gestão dos centros era confiada às principais igrejas canadenses: a Igreja Católica, a Igreja Anglicana, bem como aos Metodistas e Presbiterianos que, em 1925, formaram com outros a Igreja Unida do Canadá. Um ano antes do filme de Pittman, dois textos sobre o assunto haviam sido publicados: Indian School Days de Basil Johnton, que era a autobiografia de um ex-aluno, e Resistance and Renewal: Surviving the Indian Residential School, de Celia Haig-Brown, a primeira tentativa de reconhecimento histórico. Desde então, a experiência das escolas residenciais para os indígenas tem atraído cada vez mais a atenção de pesquisadores, políticos e instituições religiosas e políticas, e se tornou cada vez mais uma página escura na história do Canadá, que também chegou nas últimas semanas aos nossos meios de comunicação, após a descoberta de centenas de cadáveres em sepulturas anônimas em locais de escolas residenciais católicas no oeste canadense e os incêndios criminosos de algumas igrejas católicas.

A imprensa sensacionalista apresentou esta trágica história como "genocídio", ou seja, destruição deliberada e violenta de uma raça, até comparando-a com o Holocausto[2]. Em vez disso, foi uma forma de "genocídio cultural" ou, mais precisamente, um programa de engenharia social para a assimilação cultural dos povos indígenas, que também visava privá-los dos direitos ancestrais sobre suas terras. Na realidade, o sistema das escolas residenciais já havia sido acusado há muito tempo atrás. O Dr. Peter Bryce, que em 1904 havia sido nomeado "inspetor médico" nos Departamentos do Interior e Assuntos Indígenas, visitou 35 dessas escolas em 1907 e denunciou as péssimas condições sanitárias e o alto índice de mortalidade, devido à tuberculose. Em 1922, Bryce publicou Um Crime Nacional (he Story of a National Crime: Being an Appeal for Justice to the Indians of Canada, the Wards of the Nation, Our Allies in the Revolutionary War, Our Brothers-in-Arms in the Great War), mas sua denúncia não mudou a situação.

A estrutura começou a ser desmantelada apenas nas últimas décadas do século passado e, em 1996, uma Royal Comission [o equivalente à nossa comissão parlamentar] sobre os povos aborígines foi nomeada com a tarefa de investigar a violência e os abusos nas escolas residenciais. O governo federal, com base no relatório da comissão, além de pedir desculpas aos que sofreram violência física ou psicológica em escolas residenciais, instituiu uma Aboriginal Care Foundation com uma dotação de 350 milhões de dólares. Finalmente, em 2008, o primeiro-ministro canadense Stephen Harper fez um pedido formal de desculpas pelas escolas residenciais e a Comissão de Verdade e Reconciliação das Escolas Residenciais indianas foi instituída.

 

A posição das igrejas

 

Também as igrejas que administraram esse programa federal tomaram posição, embora com grave atraso, com declarações sobre a tentativa de impor valores culturais europeus aos povos aborígenes. Somente em 1986, o pastor Robert Smith, moderador da Igreja unida – apresentou um pedido de desculpas em nome de sua igreja com estas palavras: “Muito antes de meu povo chegasse nestas terras, o vosso povo estava aqui [...]. Em nosso zelo para anunciar-vos as boas novas de Jesus Cristo, fomos insensíveis ao valor de vossa espiritualidade. Confundimos a cultura ocidental com a profundidade e a amplitude do evangelho de Cristo. Impusemos a nossa civilização como condição para a aceitação do evangelho [...]. Pedimos que nos perdoem”. Dez anos depois, a Igreja unida renovou seu pedido de desculpas “pela dor e sofrimento causados pelo envolvimento da nossa igreja no sistema de escolas residenciais indígenas. Estamos cientes de parte do dano que esse sistema de assimilação cruel e mal concebido causou às Primeiras Nações do Canadá".

Para a Igreja Católica, que não estava envolvida como tal, mas por meio de algumas de suas ordens regulares, em 1991 o representante das Oblatas de Maria Imaculada pediu perdão "por ter se envolvido no imperialismo cultural, étnico, linguístico e religioso que fazia parte da mentalidade com que os povos europeus enfrentaram os povos aborígenes" (mas o Papa Bento XVI, durante a audiência privada com a delegação da Assembly of First Nations do Canadá, realizada no Vaticano em abril de 2009, expressou apenas "pesar" pelo tratamento de menores indígenas nas escolas católicas).

Em 1993, a Igreja Anglicana pediu desculpas aos nativos por tentarem "moldá-los à nossa imagem, privando-os de sua linguagem e dos sinais de sua identidade". Um ano depois, a Igreja Presbiteriana também reconheceu que "as raízes do mal que cometemos residem nas posições e valores do colonialismo europeu ocidental e no pressuposto de que o que não era feito à nossa imagem devia ter sido descoberto e explorado".

 

Notas:

[1]. Depois, houve outros filmes ou documentários, como We Were the Children de 2012.

[2]. Ver os artigos de Luca Codignola, "I bambini indiani morti in Canada per un tentativo di assimilazione fallito", Panorama.it (6 de julho de 2021), disponível aqui, e Jacques Rouillard, “Le ‘génocide’ des Autochtones”, Le Devoir (6 de julho de 2021), disponível aqui.

 

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