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“Será como um novo pós-guerra.” Entrevista com o Papa Francisco

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22 Março 2020

“Aqui se chora e se sofre. Todos. Só podemos sair dessa situação juntos, como humanidade inteira.” Por isso, é preciso “olhar para o outro com espírito de solidariedade” e comportar-se consequentemente. O Papa Francisco acompanha com apreensão a evolução da emergência do coronavírus. Mas, ao telefone, na segunda-feira, 16 de março, também quis infundir esperança na “luz” que chegará e iluminará a escuridão “que entrou em todas as casas”, sob a forma de dor e preocupação.

A reportagem é de Domenico Agasso Jr., publicada em La Stampa, 20-03-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Depois deste tempo suspenso, será “um pouco como um pós-guerra”, adverte o pontífice. Será preciso reconstruir. Sobre quatro pilares principais: “As raízes”, representadas acima de tudo pelos avôs e avós, pelos idosos; “a memória” destes dias tão surreais; “a fraternidade” entre os seres humanos; “a esperança, que nunca decepciona”.

Eis a entrevista.

Santidade, aproxima-se uma Páscoa “a portas fechadas”, com celebrações apenas via web, TV e rádio: para muitos fiéis, será um sofrimento no sofrimento. Como deve ser vivida esta Páscoa em meio à pandemia?

Com penitência, compaixão e esperança. E humildade, porque muitas vezes nos esquecemos de que, na vida, há “zonas escuras”, momentos sombrios. Achamos que isso só pode acontecer com algum outro. Em vez disso, este tempo é obscuro para todos, sem excluir ninguém. É marcado pela dor e pelas sombras, que entraram em casa. É uma situação diferente das que vivemos. Até porque ninguém pode se dar ao luxo de ficar tranquilo. Cada um compartilha estes dias difíceis.

No Ângelus, o senhor disse que a Quaresma pode ajudar a encontrar um sentido para tudo o que está acontecendo: como?

O tempo de preparação para a Páscoa, com a oração e o jejum, nos treina para olhar com solidariedade para os outros, especialmente aqueles que sofrem. À espera do esplendor daquela luz que iluminará de novo tudo e todos.

É particularmente importante rezar neste período?

Vêm à minha mente os Apóstolos na tempestade em que invocam Jesus: “Mestre, estamos nos afogando”. A oração nos faz entender a nossa vulnerabilidade. É o grito dos pobres, daqueles que estão afundando, que se sentem em perigo, sozinhos. E, em uma situação difícil, desesperada, é importante saber que o Senhor está aí, em quem podemos nos agarrar.

Como Deus pode nos ajudar?

Ele nos sustenta de muitos modos. Ele nos transmite fortaleza e proximidade, assim como fez com os discípulos que, na tempestade, pediam ajuda. Ou quando deu a sua mão a Pedro que estava se afogando.

Onde os não crentes podem encontrar conforto e encorajamento?

Não gosto de distinguir entre crentes e não crentes. Somos todos humanos e, como seres humanos, estamos todos no mesmo barco. E nenhuma coisa humana deve ser alheia a um cristão. Aqui se chora porque se sofre. Todos. A humanidade e o sofrimento são comuns. Ajudam-nos a sinergia, a colaboração recíproca, o senso de responsabilidade e o espírito de sacrifício que é gerado em muitos lugares. Não devemos fazer distinção entre crentes e não crentes. Vamos à raiz: a humanidade. Diante de Deus, todos somos filhos.

Entre os dramas da Covid-19, estão os casos de quem morre em isolamento, sem o afeto dos parentes que não podem se aproximar para não se contagiarem. São cenas dilacerantes que estão ocorrendo cotidianamente nos hospitais, em Bérgamo, na Bréscia, em Cremona. Alguns, poucos antes de morrer, mandam o seu adeus à esposa, ao marido, aos filhos, por meio dos enfermeiros. Que pensamentos lhe vêm à mente e ao coração?

Nestes dias, contaram-me uma história que me tocou e entristeceu, até porque representa o que está ocorrendo nos hospitais. Uma idosa entendeu que estava morrendo e queria se despedir dos seus entes queridos: a enfermeira pegou o celular e fez uma videochamada para a neta, assim a idosa viu o rosto da neta e pôde ir embora com essa consolação. É a necessidade última de ter uma mão que pegue na sua mão. De um gesto de companhia final. E muitas enfermeiras e enfermeiros acompanham esse desejo extremo com o ouvido, escutando a dor da solidão, pegando-a nas mãos. A dor de quem foi embora sem despedida se torna ferida no coração de quem fica. Agradeço a todos esses enfermeiros e enfermeiras, médicos e voluntários, que, apesar do cansaço extraordinário, inclinam-se com paciência e bondade de coração para suprir a ausência forçada dos familiares.

O “seu” Piemonte é uma das regiões mais flageladas pelo vírus. Recentemente, por causa do resfriado, o senhor não pôde voltar para lá: o que gostaria de dizer aos piemonteses?

“La Consolà” (aqui o papa fala em piemontês). “O’ Protetris dla nòstra antica rassa, cudissne Ti, fin che la mòrt an pija: come l’aqua d’un fium la vita a passa, ma ti, Madòna, it reste” (“Ó Protetora da nossa antiga raça, protege-me, Tu, até que a morte me tome: como a água de um rio, a vida passa, mas Tu, Senhora, tu permaneces”). Aos piemonteses, eu digo que rezem a “Consolata”, com fé e esperança.

Esta emergência planetária se caracteriza também por uma rede de solidariedade, composta por milhares de pessoas que estão fazendo sacrifícios pelo bem dos outros. Quando tudo acabar, ela poderá ter servido para alguma coisa para o futuro?

Para recordar aos homens e mulheres, de uma vez por todas, que a humanidade é uma única comunidade. E como é importante, decisiva a fraternidade universal. Devemos pensar que será um pouco um pós-guerra. Não haverá mais “o outro”, mas seremos “nós”. Porque só poderemos sair desta situação todos juntos.

A partir de onde será preciso recomeçar como seres humanos?

Deveremos olhar ainda mais para as raízes: o avôs, as avós, os idosos. Construir uma verdadeira fraternidade entre nós. Fazer memória desta difícil experiência vivida todos juntos. E seguir em frente com esperança, que nunca decepciona. Essas serão as palavras-chave para recomeçar: raízes, memória, fraternidade e esperança.

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