20 Março 2020
"Essa epidemia vai passar, mas não vai ser a última. Muitos morrerão, não há dúvida. E os que ficarão bebem dessa oportunidade de refletir sobre a impermanência e a não substancialidade do ser humano. É uma pandemia que nos ajuda a entender a nossa limitação e a precariedade de qualquer posição que defenda arrogâncias, excepcionalismos e auto-suficiências. Ninguém é e nem poderá ser auto-suficiente", escreve Faustino Teixeira, teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora – MG.
"Eles passavam em multidões, olhando para o céu. Seus olhos eram como abismos jubilantes, e nesses olhos vi a síncopa do voo. Vinham com passo deslizante, cobertos de flores (...). Eu, um mendigo cego e trêmulo, parado à beira da estrada, e dentro da minha alma de mendigo a mesma ideia continuava repetindo: grite para eles, conte - oh , conte que na mais esplêndida das estrelas de Deus existe uma terra - que está morrendo em agonizante escuridão"[1].
Estamos vivendo hoje em ordem planetária um momento de crise muito forte. A presença irradiadora do Coronavírus desestruturou todos os mundos socialmente construídos. O Ser humano, como diz Peter Berger, precisa de um mundo socialmente ordenado. O que ocorre nos últimos meses em âmbito mundial é uma desestruturação de mundo. O universo simbólico vem balançado como um furacão, levando grupos inteiros à experiência da anomia. O medo volta a tomar conta da sociedade, desequilibrando todos os mecanismos de engenharia social voltados para manter o mundo significativamente em pé. As estruturas de plausibilidade se vêm abalados pelo “caos”.
Na visão de Berger, que compartilho, “a constante possibilidade do terror anômico torna-se atual sempre que as legitimações que obscurecem esta precariedade são ameaçadas ou entram em colapso”[2]. Em momentos de forte crise, como a que estamos vivendo, fica muito mais difícil o exercício de canais legitimadores do campo da plausibilidade do sentido, uma vez que ficam fragilizadas as práticas normais destinadas “a silenciar dúvidas e prevenir lapsos de convicção”[3]. Com a entrada irrompente e impetuosa do Coronavírus no cenário mundial, reaparece com energia inusitada o medo, que ronda os países, as cidades, as casas e as pessoas.
Essa não é a primeira nem será a última pandemia vivida em nosso tempo. Em 1918 tivemos a gripe espanhola, que contaminou 500 milhões de pessoas[4] e ceifou entre 17 e 50 milhões de vítimas. Em 1957, foi a vez da gripe asiática, com outros milhões de mortes. Em seguida outras tantas epidemias quebraram o ritmo cotidiano da vida das pessoas, como a gripe de Hong Kong (1968), a gripe suína (2009), a SARS (2003), o HIV-Aids (a partir de 1981), o Ebola (2013), e a Zika (2015)[5].
Em tempos mais remotos, como relata o historiador Jean Delumeau, outras epidemias que acometeram a humanidade geraram muito pânico, como a peste entre os séculos XIV e XVIII. Mas outros contágios estiveram presentes: o Tifo nos exércitos da Guerra dos Trinta Anos; também a Varíola, a Gripe Pulmonar e a Disenteria, todas ativas no século XVIII) Também o Cólera, que marcou presença no século XIX [6].
Outro historiador francês, Georges Duby, fala do medo das epidemias que marcou períodos importantes de nossa história, como no ano mil. Ele relata:
“É o fogo do mal dos ardentes que queima as populações do ano 1000. Uma doença desconhecida que provoca um terror imenso. Mas o pior está por vir: a peste negra devasta a Europa e ceifa um terço de sua população durante o verão de 1348. Como a Aids para alguns, essa epidemia é vivida como uma punição do pecado”[7].
E quando um terço da população vem dizimada por epidemias, como mostra Duby, as consequências sociais e psicológicas são imensas, com repercussões vivas no campo cultural. Foi, porém, a partir do século XIV que grandes catástrofes sanitárias começaram a ocorrer, como no caso da peste negra: “Ela era transmitida essencialmente pelos parasitas, principalmente as pulgas e os ratos. Era uma doença exótica, contra a qual os organismos dos europeus não tinham defesas”. Ela vinha da Ásia pela rota da seda e foi devastadora. Era um dos efeitos do progresso e do crescimento[8].
Hoje vamos nos dando conta com cada vez mais clareza sobre o traço da terra como Gaia, mas a Gaia intrusa que provoca mal-estar. Gaia como um “chamado a resistir ao Antropoceno”. Na verdade, “o inimigo somos nós”, os “humanos”[9]. Como dizem Danowski e Viveiros de Castro, “há sobretudo, gente de menos com mundo demais e gente demais com mundos de menos”[10]. Dizem ainda esses autores que já podemos ter saído da zona de segurança em pelo menos três processos – a taxa da perda da biodiversidade, a interferência humana no ciclo do nitrogênio e as mudanças climáticas, estando perto de outros limites relacionados ao uso da água doce, da mudança no uso da terra e a acidificação dos oceanos[11].
Como diz Daniel Teixeira, em texto publicado no IHU, nessa crise global que vivemos temos uma oportunidade única de “repensar radicalmente nossas práticas e modos de estar no mundo, quando mais do que nunca o indivíduo como categoria não dá conta dos seres sociais que somos”[12].
O colunista do jornal Folha de São Paulo, Antonio Prata, traduz em seu texto o dado que todos temiam: “A grande ficha cósmica finalmente caiu: habemus pandemia[13]”. Com o novo vírus o panorama se transforma. As universidades se fecham, os restaurantes se esvaziam, os grandes shoppings mudam drasticamente o seu ritmo, os controles sobre circulação de pessoas apertam, e ocorre o passo difícil do recolhimento dos indivíduos no “antiisséptico aconchego do lar”. Na nova conjuntura, as redes sociais ganham importância singular: são sete bilhões e setecentos milhões de pessoas se comunicando em rede, vinte e quatro horas por dia. Talvez o mais difícil será mesmo as primeiras semanas de confinamento, sobretudo para aqueles que não estão acostumados à experiência de retirada do mundo social. Em seguida, pode até ocorrer, positivamente, como alerta Prata, a emergência de habítos antigos e salutares do século passados, já esquecidos, como as conversas em família, a leitura de livros, a prática de jogos caseiros como o War. Uma ocasião propícia, igualmente, para o refazimento dos laços e contatos.
O que assistimos hoje em muitos países é o que o antropólogo Bruno Latour definiu como “o sentimento de perder o mundo”. Fazia menção ao sentimento que ganha terreno na população mundial em razão dos acontecimentos relacionados à mudança climática, mas pode muito bem ser aplicado à atual catrástrofe epidemiológica. Sublinha Latour:
“Antes, a angústia que a natureza nos causava vinha do fato de que éramos pequenos demais, e a natureza era imensa. Agora temos o mesmo tamanho, influímos em como a Terra se comporta. E é desorientador, por exemplo, para os jovens que se manifestam [contra a mudança climática]. Da extrema esquerda à extrema direita, todas as posições políticas estão marcadas pela angústia.[14]”
Assim como Bruno Latour fala em sentimento de “perda do mundo”, Luis Nacif fala em “tempo de incertezas” e Zizek em “estado de medo”. A médica e psicanalista italiana, Simona Argentieri, professora da Associação Italiana de Psicanálise, explica como todos fomos pegos de surpresa com essa crise no Covid 19, estando “despreparados para a emergência”[15]. Estudiosa do campo da família, a especialista italiana fala sobre as repercussões da quarentena forçada a que estão submetidas as pessoas:
“Imagino que vamos ver de tudo. Por um lado, há a esperança de que este seja um momento de redescoberta da intimidade, dos valores primários, do diálogo e da união; por outro lado, a família pode se tornar o local máximo da intolerância, o ambiente onde descarregar a raiva, lançar acusações mútuas. Para muitos de nós, o ´fora` era um meio importante de equilíbrio; de investimento intelectual e emocional, essencial para não colocar na linha de frente os déficits dos relacionamentos de casal ou as dificuldades entre pais e filhos. Faltará também aquela preciosa ´zona intermediária`, que são os relacionamentos com os amigos. Não vamos esconder que a situação é muito difícil.[16]”
O tema também foi objeto do recente livro da estudiosa italiana, Nicoletta Gosio, Nemici miei. La pervasiva rabbia quotidiana (Inimigos meus. A disseminada raiva cotidiana), publicado pela editora Einaldi (2020). Ela aborda ali o clima de intolerância que vem marcando as relações quotidianas, incluindo as relações familiares. Com a reclusão imposta pelo coronavírus, as relações familiares vão sofrer, certamente, impactos importantes, com a irrupção de desequilíbrios e tensões que vinham amortecidos com as “fugas” providenciais que acabavam por ajustar as tensões e o desequilíbrio no campo familiar.
Junto com a irradiação do coronavírus, o risco crescente da xenofobia. É o que mostra Donatella di Cesare no cotidiano comunista, Il Manifesto (01/03/2020)[17]. Trata-se do “medo do estrangeiro, da xenofobia, que impulsiona a erigir barreiras e muros, do medo de tudo que vem de fora, e que obriga as pessoas a fecharem-se em seus nichos, a imunizar-se e proteger-se”. É o que o psicanalista italiano, Massimo Recalcati, chama de “retirada fóbica do mundo”. Toda a crise instalada servirá, também, de pretexto para um novo tempo de demarcação de fronteiras e protecionismo, com consequências sociais nefastas.
O Covid-19 não encerra apenas temores, mas oferece igualmente possibilidades singulares para o nosso tempo. Como indicou o historiador Massimo Faggioli, trata-se também de um “momento extraordinário para o mundo”[18]:
“´Se você tem um diário, continue escrevendo. Se você não tem, comece um. Este é um momento extraordinário.` Foi o que eu disse aos meus alunos de graduação no início da nossa última aula presencial no dia 11 de março, pouco antes do intervalo de cinco semanas decidido pela Villanova University.[19]”
É um momento kairológico, extraordinário, que pode possibilitar um campo novo de reflexão para as religiões, igrejas e espiritualidades do mundo. É um tempo que provoca também humildade, como sinalizou o psicanalista e professor titular do Instituto de Psicologia da USP, Christian Dunker:
“Do ponto de vista de de nossa angústia, o coronavírus não poderia ter um nome melhor: ele nos tira do trono de nós mesmos e coloca a coroa de nossas vidas em sua justa dimensão. É a coroa de espinhos que convoca uma experiência escassa em nossa época: a humildade. Diante desta pequena e destrutiva força da natureza, nosso narcisismo se dobra como um vassalo encurralado. Apesar de dolorosa como um espinho na alma, esta pode ser uma experiência profundamente transformadora. Descobrir que podemos muito menos do que pensamos, aceitar o imponderável que nos governa e acolher com humildade o que ainda não dominamos pode ser muito benéfico. Pode ser uma verdadeira terapia para aqueles que precisam descansar a cabeça do peso de sua coroa de espinhos narcísicos.[20]”
É igualmente uma oportunidade de “novas sociabilidades”, como apontou Marco Lucchesi, presidente da Academia Brasileira de Letras, em entrevista ao jornal O Globo:
"A epidemia vai trazer novas sociabilidades. É o momento de reconfigurar novos fluxos, novas biopolíticas. Esta ´peste` metafórica, por assim dizer, nos ajudará bastante a reinventar o nosso lugar, a nossa janela, a nossa relação social e as nossas instituições culturais. Não vai faltar essa capacidade, seja com trabalhos online, seja diálogos compartilhados de forma mais ampla”[21].
Curiosamente, o terremoto do coronavírus acabou favorecendo a diminuição do aquecimento global, na medida em que a situação gerada pelo vírus diminuiu menos um milhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2) por dia. Pelo que se pode observar, “as emissões mundiais de CO2 podem reduzir-se este ano em cerca de 7%, um valor próximo do que o planeta deve atingir em 2020 com os esforços dos países para cumprir o Acordo de Paris sobre alterações climáticas”[22].
Vislumbra-se ainda uma possibilidade bonita, de emergência do sentido nobre da solidariedade. Como indicou o pensador italiano Massimo Recalcati, “a liberdade separada da solidariedade é puro arbítrio”. O que nos vem à mente de forma singela, é o exemplo do papa Francisco, abençoando todos numa Praça São Pedro vazia, e depois caminhando na Via del Corso, em Roma, em direção à Igreja de São Marcelo, onde está o crucifixo milagroso que em 1522 foi levado em procissão pelos bairros de Roma para abençoar a cidade tomada pela Grande Peste. O gesto de Francisco foi lembrado por muitos pensadores e articulistas, como Claudio Monge, Enzo Bianchi, Luiz Alberto Gómez de Souza e também o vaticanista Marco Politi. Este último, em artigo no jornal Il Fatto Quotidiano, de 17/03/2020, sublinhou que Francisco, como bispo de Roma, quis “romper o assédio do vírus”, e convocou a abertura de todas as igrejas romanas para o acolhimento do povo[23]. Queria indicar que a igreja “respeita todas as normas sanitárias, mas não fecha”, não pode fechar. É verdadeiramente uma “Igreja de saída”, aberta aos excluídos e que sofrem.
Ao final do Angelus de 15 de março de 2020, Francisco bradou: “Nessa situação de pandemia, em que estamos a viver mais ou menos isolados, somos convidados a redescobrir e aprofundar o valor da comunhão que une todos os membros da Igreja”[24].
Nas recentes celebrações de Francisco na capela de Santa Marta, Francisco tem fornecido um apoio essencial, convocando os fiéis a recuperarem a verdadeira solidariedade, afetividade e a criatividade em família; uma presença terna nesses momentos de isolamento e dor, de “globalização da indiferença”.
O Coronavírus tem obrigado as pessoas a ficarem reclusas e isoladas. Nem todos têm esse hábito de recolhimento e solidão. É uma realidade que pode, positivamente, suscitar uma “chispa” de vida espiritual, de entrada no mundo interior e retomada de um caminho distinto para a vida. Um tempo propício para começar a “desintoxicar o nosso modo de vida”, para além do fechamento egoísta e da fixação identitária, como mostrou Edgar Morin[25]. Temos assim a possibilidade única de buscar uma “vida de baixa definição”, para utilizar uma expressão de Thomas Merton; de romper o ritmo frenético de nossas atividades, dessa sede de produtividade e consumo para auscultar o mundo interior. A felicidade, diz Merton, “não é questão de intensidade, mas de equilíbrio, de ordem, de ritmo e de harmonia”[26].
Os tempos de crise são favoráveis à vida espiritual, pois convocam as pessoas ao ritmo de adentramento. Abre-se a rota do caminho interior, do “ponto virgem”, suscitando energias singulares para enfrentar o ritmo sombrio das dificuldades e recuperar o tecido da alegria. A espiritualidade, como diz Leonardo Boff, é inspiração para um “horizonte de esperança e de capacidade de auto-transcendência”. Ela é capaz de provocar em nós mudanças substantivas e apontar caminhos jamais traçados e que são essenciais para a nossa sanidade. A espiritualidade é o momento “necessário para o pleno desabrochar de nossa individuação” e o “espaço da paz no meio dos conflitos e desolações sociais e existenciais”[27].
A espiritualidade convoca-nos ainda para algo que é essencial e que estamos perdendo nos tempos atuais: a reverência para com a natureza e todas as criaturas. Ela nos ajuda a repensar nossa postura no mundo, a reconduzir o nosso olhar e suscitar uma nova atenção e sensibilidade. Como diz o grande Ailton Krenak,
"Há centenas de narrativas de povos que estão vivos, contam histórias, cantam, viajam, conversam e nos ensinam mais do que aprendemos nessa humanidade. Nós não somos as únicas pessoas interessantes no mundo, somos parte do todo. Isso talvez tire um pouco da vaidade dessa humanidade que nós pensamos ser, além de diminuir a falta de reverência que temos o tempo todo com as outras companhias que fazem essa viagem cósmica com a gente"[28].
Como dissemos anteriormente, essa epidemia vai passar, mas não vai ser a última. Muitos morrerão, não há dúvida. E os que ficarão bebem dessa oportunidade de refletir sobre a impermanência e a não substancialidade do ser humano. É uma pandemia que nos ajuda a entender a nossa limitação e a precariedade de qualquer posição que defenda arrogâncias, excepcionalismos e auto-suficiências. Ninguém é e nem poderá ser auto-suficiente. Precisamos medularmente dos outros. Como diz Rilke na segunda elegia de Duíno:
“E aqueles que são belos, oh, quem os deteria? A aparência transita sem descanso em seu rosto e se dissipa. Tal o orvalho da manhã e o calor do alimento, o que é nosso flutua e desaparece”[29].
[1] Vladimir Nabokov. Contos reunidos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013, p. 786.
[2] Peter L. Berger. A construção social da realidade. Petrópolis: Vozes, 1973, p. 141.
[3] Peter L. Berger. Rumor de anjos. A sociedade moderna e a redescoberta do sobrenatural. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 1997, p. 66.
[4] 27% da população mundial na época.
[5] Glauce Cavalcante. O Globo – 27/03/2020 - Economia, p. 23.
[6] Jean Delumeau. História do medo no Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 107.
[7] Georges Duby. Ano 1000 ano 2000 na pista de nossos medos. São Paulo: Editora Unesp, 1998, p. 78.
[8] Ibidem, p. 81.
[9] D.Danowski e E. Viveiros de Castro. Há mundo por vir ? Ensaio sobre os meios e os fins. Cultura e Barbárie, 2014, p. 145.
[10] Ibidem, p. 129
[11] Ibidem, p. 20-21.
[12] Daniel Bustamante Teixeira. O novo coronavírus e as ecologias da plantation. IHU-Notícias, 18/03/2020 (acesso em 18/03/2020).
[13] Antonio Prata. Quarentena on-line apocalíptica. Folha de São Paulo, 15/03/2020 (acesso em 18/03/2020).
[14] Bruno Latour: “O sentimento de perder o mundo, agora, é coletivo” (acesso em 18/03/2020).
[15] “O egoísmo, o vírus social que alimenta a epidemia” (acesso em 18/03/2020).
[16] Ibidem
[17] Anche per lo stato d’eccezione la paura è un boomerang (acesso em 18/03/2020).
[18] Coronavírus, distanciamento social e a companhia da fé. Artigo de Massimo Faggioli (acesso em 18/03/2020)
[19] Ibidem.
[20] Christian Dunker. O tolo, o confuso, o desesperado e a coroa de espinhos. O Globo, 17/03/2020 – Segundo Caderno, p. 2.
[21] Marco Lucchesi. “A epidemia nos ajudará a reinventar o nosso lugar”. O Globo, 15/03/2020 – Segundo Caderno, p. 6.
[22]https://www.dn.pt/vida-e-futuro/covid-19-mundo-emite-menos-um-milhao-de-toneladas-de-co2-por-dia-11939706.html (acesso em 18/03/2020).
[23] Marco Politi. Coronavirus, il gesto de Francesco segna una distanza siderale dall irresponsabile Trump. Il Fatto Quotidiano, 16/03/2020 (acesso em 18/03/2020).
[24] Papa Francisco. Angelus (acesso em 18/03/2020).
[25] Edgar Morin: "Le confinement peut nous aider à commencer une détoxification de notre mode de vie" (acesso em 18/03/2020).
[26] Thomas Merton. Homem algum é uma ilha. Rio de Janeiro: Verus, 2003, p. 117. Ver também a reflexão feita por Zizek a respeito (acesso em 18/03/2020).
[27] Leonardo Boff. Reflexões de um velho teólogo e pensador. Petrópolis: Vozes, 2018, p. 166.
[28] Ailton Krenak. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 30-31.
[29] Rainer Maria Rilke. Elegias de Duíno. 6 ed. São Paulo: Biblioteca Azul, 2013, p. 21.
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A dimensão espiritual da crise do coronavírus - Instituto Humanitas Unisinos - IHU