Trump, sobre a Argentina de seu aliado Milei: “Eles estão morrendo, não têm nada, estão lutando por suas vidas”

Javier Milei (Foto: Flickr CC)

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20 Outubro 2025

O presidente americano, que está resgatando a Argentina com 40 bilhões de dólares a poucos dias das eleições legislativas, anuncia que começará a importar carne do país sul-americano: “Assim baixaremos os preços da carne e ajudaremos a Argentina, que consideramos um ótimo aliado”.

A informação Andrés Gil, publicada por El Salto, 20-10-2025.

Faz apenas alguns dias que Javier Milei esteve em Washington DC, de onde saiu com um pacote de resgate de 40 bilhões de dólares a duas semanas das eleições legislativas — 20 bilhões para reforçar o peso e outros 20 bilhões em futuros investimentos —, um resgate condicionado à permanência do governo nas mãos do presidente ultradireitista argentino.

E neste domingo, no avião presidencial que o levava de volta a Washington DC depois de jogar golfe na Flórida, Trump anunciou que está pensando em abrir as fronteiras à carne argentina para reduzir os preços da carne para os consumidores norte-americanos. A declaração equivale a um reconhecimento de que o fechamento de fronteiras e as tarifas prejudicam diretamente o bolso dos cidadãos dos EUA.

“Argentina está lutando por sua vida”, disse ele à jornalista que perguntou sobre as repercussões de sua decisão para os pecuaristas norte-americanos. “Você não sabe nada sobre isso, eles estão lutando por sua vida, não é que isso beneficie a Argentina, é que estão lutando por sua vida. Você entende o que isso significa? Eles não têm dinheiro. Eles não têm nada. Estão lutando com todas as forças para sobreviver. Se eu puder, vou ajudá-los a sobreviver em um mundo livre. Eu gosto do presidente da Argentina, acho que ele está tentando fazer o melhor que pode. Mas não dê a impressão de que eles estão indo bem. Eles estão morrendo. Entendeu? Estão morrendo”.

E Trump acrescentou: “Compraremos carne da Argentina. Se fizermos isso, os preços da carne cairão”. Segundo ele, “os preços dos alimentos caíram, os preços da energia caíram, em breve teremos gasolina a 2 dólares. Tudo caiu, e a única coisa que continua alta é a carne. E se agora comprarmos um pouco de carne — não estou falando de muito — da Argentina, isso ajudaria a Argentina, que consideramos um ótimo país, um ótimo aliado”.

“Se vocês derem uma olhada”, disse Trump, em um claro sinal das intenções políticas por trás de suas decisões comerciais, “a América do Sul está mudando de direção, está começando a se aproximar muito de nós, se afastando do socialismo. Isso é bastante impressionante”.

Embora seja verdade que países como a Bolívia — que realizou eleições neste domingo — tenham se deslocado para a direita, Trump também transmite o temor de que o povo argentino retire de Milei a estreita maioria legislativa que ele possui — após a derrota sofrida na província de Buenos Aires —, o que poderia ser um passo prévio para uma guinada à esquerda na presidência argentina.

Milei, junto com Netanyahu, são os dois trumpistas incondicionais no cenário internacional.

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