Meloni em Trípoli, a Sea-Watch a ataca

Giorgia Meloni (Foto: Wikimedia Commons)

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19 Julho 2024

"Somos todos um pouco migrantes", comentou o Presidente da República Sergio Mattarella ao visitar o museu da imigração em São Paulo, o local onde os italianos que chegavam ao Brasil eram distribuídos. Nas mesmas horas, do outro lado do mundo e em tons muito diferentes, Giorgia Meloni, convidada pelo ministro do Interior, Matteo Piantedosi, para o Fórum das Migrações Trans-Mediterrâneas, em Tripoli, também falou de migrantes e provocou uma dura polêmica com a ONG Sea-Watch, que a atacou pela visita à Líbia. “Os migrantes ilegais são inimigos dos legais", afirma a primeira-ministra.

A reportagem é de Grazia Longo, publicada por La Stampa, 18-07-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

O imperativo é regular os fluxos: "Nos últimos anos, na Itália não conseguimos deixar entrar muitos migrantes legais porque tínhamos demasiados irregulares. As organizações criminosas querem decidir quem tem o direito de entrar no nosso país. O meu governo aprovou decretos de fluxo durante três anos, ampliando as cotas, especialmente para as nações que nos ajudam a combater os traficantes". Os líbios acenam com a cabeça.

No entanto, o papel das associações criminosas também é descrito pelos relatos de migrantes resgatados pelas ONGs e a Mediterranea Saving Humans apresentou uma queixa ao Ministério Público de Roma contra "a chamada Guarda Costeira Líbia" que abriu fogo contra náufragos e socorristas. Enquanto outra ONG, a Sea-Watch International, ataca Meloni e Piantedosi nas redes sociais por terem aceitado o convite para ir à Líbia: "Seja o que for que eles falem, provavelmente tem como objetivo aumentar o número de mortes no Mediterrâneo. Desejamos-lhes o pior". Tons "vergonhosos" e "incitamento ao ódio", denuncia Tommaso Foti (FdI).

A própria Meloni responde nas redes sociais: "A Sea-Watch, que não tem nada a dizer sobre os contrabandistas que enriqueceram matando milhares de pessoas, deseja-nos ‘todo o mal possível do fundo do coração’ porque vamos à Líbia discutir como acabar com a imigração ilegal criando desenvolvimento. Um coração bizarro. Continuaremos a trabalhar para acabar com o tráfico de pessoas, a imigração ilegal e as mortes no mar. Quer eles gostem ou não".

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