15 Março 2022
Material preparatório ao I Fórum Internacional de Revisão de Migração, que terá lugar na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, de 17 a 20 de maio, informa que nos últimos oito anos mais de 47 mil pessoas morreram ao longo de rotas globais de migrantes.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
Esse número pode ser ainda maior. A Rede de Migração das Nações Unidas agrega dados de dezenas de agências que atuam na área. Elas admitem que milhares de pessoas ainda podem se somar ao dado macabro, pois perderem contato com suas famílias e seu paradeiro é desconhecido.
A Rede sinaliza que familiares de pessoas desaparecidas nessas rotas enfrentam, muitas vezes, consequências socioeconômicas, psicológicas, administrativas e legais, gerando angústia, e pode afetar o acesso à propriedade, a heranças e aos direitos parentais ou sociais.
Enfrentar essa dinâmica é responsabilidade de todos os países, incluindo os pontos de origem, trânsito e destino, destaca a Rede. Ela defende que os países devem prever “mecanismos de desembarque claros e previsíveis, que assegurem que os sobreviventes sejam entregues num local seguro, e que todas as crianças recebam cuidados e acolhimento adequados, não carcerários”.
O apelo aos Estados é que respeitem o direito humanitário, “defendendo o direito à vida, à saúde para todos os indivíduos, independente de nacionalidade, origem étnica ou social, gênero, situação de migração”, e a “proibição absoluta de desaparecimento forçado ou detenção arbitrária”.
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Rota de migrantes pode ser uma via para a morte - Instituto Humanitas Unisinos - IHU