05 Abril 2024
A Organização Internacional para Migrações frisa que esses números demonstram a necessidade urgente de reforçar a capacidade de busca e resgate, de facilitar as rotas de migração seguras, incluindo “a intensificação da cooperação internacional contra redes inescrupulosas de contrabando e tráfico humano”, escreve Edelberto Behs, jornalista, em texto enviado ao Instituto Humanitas Unisinos — IHU.
Mais de 5,4 mil mulheres e 3,5 mil crianças morreram em rotas de migração nos últimos dez anos, aponta estudo da Organização Internacional para Migrações (OIM), que desenvolve o Projeto Migrantes Desaparecidos, o único banco de dados global de acesso aberto sobre o tema. Nos últimos dez anos, morreram mais de 63 mil pessoas em rotas de fuga.
A OIM admite, contudo, que os dados são incompletos. Apenas um terço dos migrantes falecidos cujo país de origem pôde ser identificado eram oriundos de países em conflito ou com grande população de refugiados, informa a repórter Eva Sibanda para o portal da ONU News.
Dados sobre identidade dos migrantes desaparecidos são muito incompletas, além do alto número de mortos não identificados. Mais de dois terços dos migrantes que tiveram sua morte documentada permanecem sem identificação. Sobre mais de 37 mil mortes de migrantes não há informações disponíveis a respeito de sexo ou idade, o que indica que o número de mulheres e crianças é ainda maior do que apontado.
Dentro dos dez anos registrados, 2023, com mais de 8,5 mil casos, representou o maior número de migrantes mortos em rotas de fuga. O afogamento é a principal causa de morte. O Mediterrâneo, com 27 mil mortes no período, é um grande túmulo de migrantes.
A OIM frisa que esses números demonstram a necessidade urgente de reforçar a capacidade de busca e resgate, de facilitar as rotas de migração seguras, incluindo “a intensificação da cooperação internacional contra redes inescrupulosas de contrabando e tráfico” humano.
Dados do Projeto Migrantes Desaparecidos reforçam a meta de migração segura da Agenda 2030 da ONU.
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Projeto registra mortes e desaparecimento de migrantes. Artigo de Edelberto Behs - Instituto Humanitas Unisinos - IHU