20 Março 2023
Espiritualidade é o atributo mais decisivo para a sensação entre paulistas, e as mulheres se tornaram mais felizes do que homens.
Dinheiro e juventude não trazem felicidade. E não se trata de nenhum ditado ou pensamento filosófico, mas do Mapa da Felicidade do Estado de São Paulo, maior pesquisa sobre o tema no País, realizada pela primeira vez em 2004 e reeditada agora, em celebração ao Dia Internacional da Felicidade nesta segunda, 20. Outros resultados interessantes, divulgados a seguir com exclusividade pelo Estadão, indicam que a espiritualidade é o atributo mais decisivo para a sensação de felicidade dos paulistas e as mulheres se tornaram mais felizes do que os homens.
A reportagem é de Maurício Oliveira, publicada por O Estado de S. Paulo, 19-03-2023.
“Como a percepção de felicidade é subjetiva, a melhor forma de avaliação é propor que os entrevistados definam o nível de felicidade que estão sentindo e os atributos que mais interferem nessa sensação”, explica o estatístico e cientista da felicidade Jorge Oishi, coordenador da pesquisa, realizada pelo Instituto Cidades.
E quais seriam os principais ingredientes da sensação dos paulistas? Entre 11 pilares avaliados, “Espiritualidade” obteve o maior impacto, com índice 7,3, enquanto “Governo” ficou no lado oposto, com 5,1. As regiões que mais valorizam a espiritualidade são Guarulhos e São Paulo, enquanto as regiões mais críticas à contribuição do governo para a sensação de felicidade são Campinas e o ABCD.
Dos entrevistados em 2023, 72% se disseram “felizes” ou “muito felizes”, ante 84% há duas décadas. Houve, no entanto, diferença significativa a favor de 2023: 39% dos entrevistados se definiram como “muito felizes”, ante 25% em 2004.
Na situação oposta, 13% dos entrevistados se disseram “infelizes” ou “muito infelizes” em 2023, ante 4% em 2004. São indícios de que parece estar havendo radicalização dos sentimentos: mais pessoas se sentindo muito felizes e mais pessoas se sentindo muito infelizes. Entre os resultados surpreendentes da pesquisa está a constatação de que não há relação direta entre renda e sensação de felicidade.
Chama a atenção também o fato de que as mulheres passaram a se sentir mais felizes do que os homens. O índice dos homens foi reduzido, no período, de 6,84 para 6,37, enquanto o das mulheres caiu bem menos, de 6,53 para 6,44.
A íntegra da reportagem pode ser lida aqui.
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Mapa da Felicidade. Espiritualidade é o atributo mais decisivo, segundo pesquisa - Instituto Humanitas Unisinos - IHU