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Desafios e perspectivas do governo Lula. Artigo de Robson Sávio Reis Souza

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03 Janeiro 2023

"O fato de o governo Lula ter iniciado antes da posse (pelo vácuo de poder deixado entre o segundo turno das eleições e a fuga de Bolsonaro para os Estados Unidos), sendo bem-sucedido nas articulações pela aprovação da PEC da Transição e na engenharia da composição ministerial, ampliando seu leque de apoios no Parlamento, sinalizam que o Brasil tem um camisa 10 (aqui minha homenagem ao rei Pelé) no campo do jogo político, institucional e democrático", escreve Robson Sávio Reis Souza, pós-doutor em Direitos Humanos, doutor em Ciências Sociais, coordenador do Núcleo de Estudos Sociopolíticos da PUC Minas, onde também é professor do Departamento de Ciências da Religião, membro da Sociedade Teologia e Ciências da Religião (Soter). 

Eis o artigo.

A Nação brasileira, sob a liderança de Lula, inicia seu maior desafio depois do processo de redemocratização iniciado na segunda metade da década de 1980: a reconstrução do tecido social esgarçado nos últimos anos pelo governo da divisão nacional, encabeçado por Jair Bolsonaro.

Trata-se do enfrentamento de uma extrema-direita radicalizada. São grupos (sociais, políticos, culturais) que se articulam com setores do militarismo, parte significativa do poder econômico, parcelas ultraconservadores nas corporações profissionais e na classe média e, finalmente, é preciso lembrar das conexões claras da extrema-direita brasileira com a extrema-direita global que, por sua vez, usa de setores radicais do ultraliberalismo (no campo econômico e político) e do fundamentalismo religioso cristão (no campo da cultura e das disputas simbólicas) na produção de uma realidade paralela capaz de fanatizar milhões de pessoas, utilizando como principal ferramenta os recursos ilimitados das redes sociais.

Apesar do Brasil já ter vivenciado experiências de grupos organizados da extrema-direita, como o integralismo, é a primeira vez que se observa a adesão de outros setores sociais de forma tão clara ao projeto extremista. Desde empresários que financiam sem pudores esses segmentos radicais, passando por corporações profissionais e extratos de funcionários públicos dentro do Estado (inclusive no poder judiciário e ministério público), a extrema-direita também mostra musculatura no conjunto de parlamentares eleitos, não somente ao Congresso Nacional, mas também para assembleias estaduais e chefes do executivo. Com base social relativamente ampla em segmentos da classe média ultraliberal e no fundamentalismo religioso, trata-se de uma “bomba-relógio” que precisa ser isolada e desarmada.

Pesquisas recentes mostram o lastro social desses dos grupos radicalizados. O instituto Datafolha acaba de mostrar, por exemplo, que 39% dos brasileiros avaliam como ótimo ou bom o governo Bolsonaro, mesmo depois das tentativas claras de destruição do Estado democrático e da Constituição de 1988; da péssima gestão da pandemia; de um processo eleitoral marcado pela utilização violenta da máquina pública e na radicalização da disputa, via uso massivo de fake news e afronta às instituições democráticas, principalmente a Justiça Eleitoral e o STF. Portanto, além dos 20% de radicais, chamados de “bolsonaristas-raiz”, já apontados em outras pesquisas, fica claro que outros 20% dos brasileiros aderem, facilmente, a esses setores ultraconservadores e antidemocráticos.

Aqui, vale uma observação: diferentemente do pragmatismo da direita que não se constrange em aliar com a extrema-direita nas disputas de poder, os setores democráticos, mais à esquerda, muitas vezes têm grande dificuldade de se manterem unidos nas adversidades.

Lula sabe que enfrentará questões delicadas: situação econômica em frangalhos e frágil apoio do chamado “mercado” (e seus prepostos na mídia corporativa); políticas públicas destruídas; setores radicalizados nas Forças Armadas e noutras corporações dentro do Estado; imensa expectativa internacional, principalmente em temas como a questão climática e ambiental.

Com sua imensa habilidade como articulador político e experiência como presidente, Lula tem demonstrado que percebe a situação complexa e desafiadora, diferentemente dos seus dois mandatos anteriores. Sinaliza a amplos setores democráticos a necessidade de se concretizar um governo de frente ampla, de fato, o que significa, abrir espaço a campos políticos à direita democrática. Sabe que enfrentará situações adversas cotidianamente, inclusive num campo que joga com desenvoltura, que é o campo político. Por isso, a estratégia mais inteligente é tentar isolar a extrema-direita e abrir canais de diálogo à direita para garantir a chamada “governabilidade”, sem grandes sobressaltos. Isso significa contrariar, mesmo que parcialmente, interesses de segmentos mais à esquerda da sociedade.

Por incrível que pareça, o maior desafio de Lula é aliar uma expectativa de futuro sem tirar o olho do retrovisor. Não por acaso, o primeiro desafio que se propôs é o mesmo feito em 2002: tirar o Brasil do mapa da pobreza. Isso porque se trata de reinserir o Brasil no século XXI, não somente no concerto da Nações, mas concretizando os ideais de um estado socialdemocrata pujante, ao mesmo tempo que deve recompor e reconfigurar o pacto sociopolítico feito na Constituição de 1988, que foi totalmente violentado pelo governo de extrema-direita que terminou.

O fato de o governo Lula ter iniciado antes da posse (pelo vácuo de poder deixado entre o segundo turno das eleições e a fuga de Bolsonaro para os Estados Unidos), sendo bem-sucedido nas articulações pela aprovação da PEC da Transição e na engenharia da composição ministerial, ampliando seu leque de apoios no Parlamento, sinalizam que o Brasil tem um camisa 10 (aqui minha homenagem ao rei Pelé) no campo do jogo político, institucional e democrático. Portanto, para além dos enormes imensos, não é menor a nossa esperança.

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