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15 Agosto 2022

 

"Palavras que podem ser dirigidas aos nossos parlamentares! Aos juízes que julgam com parcialidade! São palavras que pastores do rebanho do cercadinho fazem questão de jogar para debaixo do tapete. Ficam de boca fechada, não porque têm juízo, mas porque têm lado. Leiam e interpretem os textos de profetas, de Provérbios, dos Salmos, e tragam-os para a realidade brasileira. A violência econômica, jurídica, social, física, são causas do empobrecimento de grandes camadas da população, a quem vocês pregam", escreve Edelberto Behs, jornalista.

 

Eis o artigo.

 

Pastores pentecostais, neopentecostais, de igrejas fundamentalistas têm recorrido a textos bíblicos para justificarem a observância de pautas comportamentais, como a defesa do casamento entre homem e mulher, a família tradicional, o combate às políticas de gênero...

 

Recorrem a textos escolhidos a dedo e afirmam “é a palavra de Deus que exige”. Mas esquecem, deliberadamente, de mencionar ou trabalhar outras passagens da Bíblia, que exigiriam um pouco mais de “ginástica” intelectual para mover o seu moinho de pautas voltadas às “pessoas de bem”.

 

Uma história que fica esquecida dessa grei, por exemplo, é a da vinha de Nabote, como descrita no livro de I Reis 21. Nabote tinha uma plantação de uvas em terreno próximo ao palácio do rei Acabe, de Samaria, em Jezreel. Acabe queria comprar a vinha, mas Nabote, justificando que se tratava de herança de antepassados, rejeitou qualquer proposta.

 

Jezabel, a mulher de Acabe, encontrou a solução: comprou o testemunho de “dois homens de mau caráter”, que acusaram Nabote de ter amaldiçoado a Deus e ao rei. Ele foi condenado e morto a pedradas. Assim, Acabe acabou se apossando da vinha de Nabote.

 

Mas a prepotência real não ficou barata. Elias acusou a injustiça praticada pelo rei e previu o fim da família de Acabe. “E quanto a Jezabel, o Senhor Deus diz que os cachorros comerão o seu corpo na cidade de Jezreel”, os parentes dela que morrerem no campo “serão comidos pelos urubus”.

 

Transfiram a ganância de Acabe para a situação de hoje, quando comunidades indígenas são expulsas de terras ancestrais, às vezes enfrentando inclusive forças policiais, autoridades, para a posse de fazendeiros, madeireiras... Os picaretas das palavras escolhidas calam-se diante desses descalabros. Silêncio total dos pastores do cercadinho a respeito dos 239 mil hectares de fazendas que o governo Bolsonaro certificou dentro de áreas indígenas!

 

Ou leiam a passagem do livro de Jó, capítulo 24. “Há homens que mudam os marcos de divisa para aumentar as suas terras... Eles não respeitam os direitos dos pobres e forçam os necessitados a correr e se esconder... Como se fossem jumentos selvagens, os pobres andam pelo deserto procurando alimento para os filhos”.

 

Uma palavra que caberia ao presidente da República! Quando candidato, ele anunciou que não demarcaria um centímetro de terras indígenas. Segundo a Agência Pública, donos de terras já cadastraram mais de 2 mil propriedades privadas em áreas indígenas na Amazônia; 87% dos territórios indígenas não homologas na região são alvo de terras privadas.

 

Nenhuma admoestação dos picaretas da fé quando, já buscando a candidatura à presidência, o camaleão católico que adula evangélicos declarou, em 2016: “Essa política unilateral de demarcar a terra indígena por parte do Executivo vai deixar de existir, a reserva que eu puder diminuir o tamanho dela eu farei isso”. E, no mesmo ano, em 21 de janeiro: “Em 2019, vamos desmarcar [a reserva indígena] Raposa Serra do Sol. Vamos dar um fuzil e armas a todos os fazendeiros”.

 

Qual a diferença entre o não reconhecimento de áreas ancestrais de comunidades indígenas para a situação do tempo de Jó, quando ele denuncia “há homens que mudam os marcos de divisa?” Invasões são motivadas pelo governo federal, uma vez que “fecha os olhos” ao que se passa no Brasil que deveria ser de indígenas!

 

Fundamentalistas também poderiam recorrer ao texto de Miquéias, capítulo 2: “Ai daqueles que antes de se levantarem de manhã já fazem planos para explorar e maltratar os outros! E logo que se levantam fazem o que querem, pois são poderosos! Quando querem terrenos ou casas, eles os tomam. Maltratam os outros e não respeitam a família nem a propriedade de ninguém”.

 

Não serve essa passagem? Acessem o profeta Amós, capítulo 5: “Vocês têm ódio daqueles que defendem a justiça e detestam as testemunhas que falam a verdade; vocês exploram os pobres e cobram impostos injustos das suas colheitas... Eu sei de muitas maldades e dos graves erros que vocês cometem. Vocês maltratam as pessoas honestas, aceitam dinheiro para torcer a justiça e não respeitam o direito dos pobres. Não admira que num tempo mau como este as pessoas que têm juízo fiquem de boca fechada!”

 

Palavras que podem ser dirigidas aos nossos parlamentares! Aos juízes que julgam com parcialidade! São palavras que pastores do rebanho do cercadinho fazem questão de jogar para debaixo do tapete. Ficam de boca fechada, não porque têm juízo, mas porque têm lado. Leiam e interpretem os textos de profetas, de Provérbios, dos Salmos, e tragam-os para a realidade brasileira. A violência econômica, jurídica, social, física, são causas do empobrecimento de grandes camadas da população, a quem vocês pregam!

 

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