04 Agosto 2022
Menos da metade da população do Sudão do Sul tem acesso a serviços médicos adequados. A maioria dos serviços médicos no Sudão do Sul são prestados por ONGs, pois apenas 2,6% do orçamento do governo é para a saúde. O governo do Sudão do Sul declarou estado de emergência nacional devido às inundações. Entre violência, guerra e desastres naturais, milhões de sudaneses do sul estão deslocados, tanto em campos de refugiados internos quanto em estados vizinhos.
A reportagem é de Mario De Santis, publicada por La Repubblica, 29-07-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.
Pobres demais para pagar uma viagem à Europa, embora entre as vítimas e feridos da multidão em Mililla, no Marrocos, houvesse justamente dezenas de jovens do Sudão e do Sudão do Sul. Isso ocorre porque a crise alimentar na região subsaariana está piorando rapidamente, em meio a secas, fome e guerra na Ucrânia, país de onde vêm muitos cereais para a região.
Nesse contexto, o Sudão do Sul é o coração frágil da África Subsaariana, pois - embora os números da população estejam abaixo da média dos grandes estados do continente, a porcentagem que vive em extrema pobreza é muito alta e 70% da população não tem nada, tanto que depende única e exclusivamente da ajuda de ONGs e dos programas alimentares (além de tudo, cortados pela crise).
Entre as organizações, muito ativa e presente há mais de dez anos, está a Médicos Sem Fronteiras, que possui hospitais e centros de atendimento em 19 localidades do Sudão do Sul. Justamente em conexão do Sudão do Sul, Federica Franco, chefe da missão de MSF no Sudão do Sul, nos fala sobre a realidade desse país pouco conhecido com uma situação humanitária muito difícil.
In Sud Sudan la peggiore crisi alimentare degli ultimi 10 anni: il racconto di Msf https://t.co/YHMiaprUNu via @repubblica
— IHU (@_ihu) August 4, 2022
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No Sudão do Sul, a pior crise alimentar dos últimos 10 anos: o relato de MSF - Instituto Humanitas Unisinos - IHU