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Por falta de peixes e de apoio do governo, ribeirinhos da Amazônia estão passando fome

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06 Agosto 2020

Apesar de viverem em uma das regiões de maior riqueza biológica do planeta, centenas de famílias ribeirinhas da Amazônia estão passando fome. É o que um estudo produzido em conjunto por duas universidades brasileiras e uma inglesa detectou após visitar 556 lares ao longo de 1.267 quilômetros de rio nos estados do Pará e Amazonas.

A reportagem é de Shanna Hanbury, publicada por Mongabay, 04-08-2020.

Peixes são, tradicionalmente, a principal fonte de nutrientes de comunidades amazônicas na época das cheias, entre abril e julho, quando as chuvas quase não deixam terras descobertas para a criação de animais domésticos e o plantio de mandioca, milho e hortaliças. Não que seja fácil, porém, pescar nesse período: com grande parte da floresta submersa por grandes extensões de água, os peixes ficam mais dispersos e os ribeirinhos gastam até três vezes mais tempo tentando capturá-los.

Segundo o estudo, a taxa de captura de peixes é 73% menor quando comparado à época de seca, o que obriga muitas famílias a caçar animais silvestres na mata ou a depender de benefícios sociais para a compra de alimentos. O problema é que, com as mudanças climáticas, as cheias na Amazônia têm sido mais longas e mais intensas, enquanto o desmatamento tem reduzido a população de animais. Para piorar, os incentivos que antes garantiam a segurança alimentar dos ribeirinhos vêm sofrendo cortes sistemáticos desde a posse de Jair Bolsonaro.

“Com um terço dos lares saltando refeições, e um sexto sem comer nada por um dia inteiro durante a estação [das cheias], a situação da segurança alimentar pode ser classificada como grave”, afirmam os autores do estudo.

Mais cheias, menos peixes

“O nível da água está mudando: os rios estão mais cheios por mais tempo, com níveis mais altos de enchentes e períodos de alagamento mais imprevisíveis”, diz o biólogo Daniel Tregidgo, autor principal do estudo e pesquisador do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. “Isso significa menos peixe por mais tempo.”

De fato, inundações extremas na Amazônia têm sido cada vez mais frequentes e severas na última década. Se no século passado uma enchente dessas ocorria a cada 20 anos, hoje elas se repetem uma vez a cada quatro anos.

“Em eventos extremos, você acaba desistindo dos alimentos preferenciais e passa a consumir alternativas pobres em energia. Por exemplo, substituindo feijão e peixe por farinha e salsichas processadas”, diz o ecólogo político Luke Parry, um dos autores do estudo. Em alguns casos, as enchentes invadem as casas e desabrigam comunidades inteiras, desestabilizando ainda mais a segurança alimentar.

Os impactos sobre a saúde infantil também podem ser grandes e duradouros. “Se uma mulher grávida passa por um evento de chuvas extremas, há um aumento de quatro vezes no número de bebês que nascem pesando menos de 2,5 quilos, com implicações vitalícias para a saúde e o desenvolvimento da criança”, diz Parry.

Falta de apoio do governo

Para enfrentar esses períodos de escassez, muitas famílias contavam com o apoio do governo federal, por meio de programas sociais de transferência de renda e de manutenção da segurança alimentar. Essas políticas de auxílio, porém, têm sofrido grandes cortes desde o governo de Michel Temer – e ainda maiores no de Jair Bolsonaro. “Todos os programas que contribuíram para que o Brasil saísse do Mapa da Fome [da ONU] em 2014 foram destruídos”, diz Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento e Combate à Fome durante a presidência de Dilma Rousseff.

No primeiro dia de seu governo, em 1º de janeiro de 2019, Bolsonaro aboliu o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), considerado “uma alavanca fundamental” para a dramática redução da fome no Brasil de acordo com um relatório de 2019 da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). “A extinção do Consea significa que não somos capazes de monitorar a situação. Há menos infraestrutura e menos informação”, explica Flávia Mori Sarti, nutricionista e economista da Universidade de São Paulo especializada em segurança alimentar.

O Bolsa Verde, um programa inovador de incentivo ao extrativismo sustentável, já havia sido cortado em 2018 pelas políticas de austeridade do governo Michel Temer. Agora, com Jair Bolsonaro, são as aposentadorias rurais que se viram afetadas: conforme relatou a Repórter Brasil, o número de pedidos de aposentadoria negados pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) subiu 31% em 2019 em relação a 2018. E o Bolsa Família chegou a 1 milhão de pessoas na fila de espera este ano, em decorrência dos cortes no benefício estipulados por Bolsonaro.

“Pessoas que antes faziam parte de um ciclo virtuoso com o meio ambiente, fortalecendo questões sociais e vice-versa, estão agora num ciclo de destruição, com consequências dramáticas para o bioma, para seus habitantes e a segurança alimentar”, diz Campello.

Por e-mail, o Ministério da Cidadania, responsável pelos programas de bem-estar social do Brasil, disse à Mongabay que, embora o Consea tenha sido extinto, seu papel foi distribuído entre outros departamentos do governo. “Com essa forma de organização administrativa, a ação do governo se tornou mais ágil e eficiente”, escreveu o Ministério. “Durante o governo de Jair Bolsonaro, o Bolsa Família atingiu um recorde no número de famílias que atende, chegando a 14,27 milhões de famílias em abril de 2020, durante este período de combate à covid-19.”

Em relação à pandemia provocada pelo novo coronavírus, Daniel Tregidgo afirma que ela acrescentou ainda mais um fator de risco à segurança das comunidades ribeirinhas. Sem peixes, e sem o apoio do governo, o que resta a muitas famílias é viajar de barco às cidades mais próximas para comprar comida, correndo o risco de contrair a covid-19 – doença que, até o fim de julho, já tinha matado mais de 16 mil pessoas nos estados da Amazônia Legal.

 

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