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15 Novembro 2019

"A morte pode ser um dom que garante à vida o seu direito de morrer onde a terapia teve que reconhecer seu próprio fracasso". 

O comentário é de Massimo Recalcati, psicanalista italiano e professor das universidades de Pavia e de Verona, em artigo publicado por La Repubblica, 02-11-2019. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Eis o artigo. 

Em nosso tempo, o carisma ético do pai cedeu lugar à apologia científica do número. Também a prática dos cuidados ressente-se por essa mudança de paradigma. Diagramas, constantes biológicas, protocolos, porcentuais, comparações quantitativas - necessárias para qualquer pesquisa científica - correm o risco de alimentar um fetichismo dos números que acaba nos fazendo esquecer que, por trás de um número, sempre existe um corpo, um rosto, um nome próprio, uma vida que sofre. O mesmo critério de saúde tende hoje a se transfigurar em um imperativo normativo, se não em um verdadeiro comando higienista.

Na realidade, o culto ao bem-estar a que hoje ninguém deveria escapar exige uma versão unívoca e apenas numerológica da felicidade que corresponde a um tipo antropológico abstrato. Essa ambição exala um cheiro de viés fatalmente fascista: através da imposição de um ideal universal de saúde e de bem-estar, o higienismo hipermoderno gostaria de apagar o caráter desarmônico, torto e sempre irregular da vida humana. Doença e morte - como o estrangeiro, o migrante, a pobreza, a loucura - encarnam uma diferença escabrosa que deve ser aplainada. No ideal positivo e universal da saúde, há sempre o risco de uma uniformidade de vida, de sua medicalização sanitária. De fato, não existe um critério universal nem da saúde e nem, muito menos, da felicidade. Essa é uma definição precisa e inquietante que Lacan dava do totalitarismo: fazer da felicidade uma medida universal. Com o acréscimo essencial de que sempre que o outro se esforça para fazer o nosso bem, há sempre à espreita o risco de perder a nossa liberdade. Nesse contexto, o tema da chamada humanização dos cuidados está se tornando cada vez mais importante.

Não se trata de renunciar à pesquisa científica ou aos instrumentos especializados de investigação diagnóstica e de intervenção terapêutica em nome de um humanismo abstrato, mas, ao contrário, de reafirmar, justamente no tempo do domínio incontestado da ciência e da técnica, a centralidade da dimensão do cuidado como atenção à singularidade irredutível do paciente.

Mais precisamente, trata-se de calibrar a cada vez que o código paterno próprio do plano normativo dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos - que, como tal, sempre exige nos pacientes uma cota de objetificação - com o princípio materno próprio da necessária particularização dos cuidados. Esse princípio consiste em contrastar a natureza anônima, padrão e impessoal das práticas de cuidado. O nosso tempo oscila entre a negligência absoluta (basta pensar na exploração ilimitada dos recursos do planeta ou no mito individualista do sucesso à custa de uma concepção solidária da vida) e a redução dos cuidados a procedimentos despersonalizados.

De forma diferente, o princípio materno humaniza os cuidados no sentido de preservar o sentido mais profundo do cuidado como uma dedicação para o particular. Impede a redução do rosto ao número e afirma o princípio ético de que o cuidado, toda prática de cuidado, é sempre cuidado do "um por um". É aqui que redescobrimos o essencial da doação materna: tornar cada filho único, não de acordo com o número, mas de acordo com a ética da insubstituibilidade. O princípio materno também nos lembra que em toda prática de cuidado a responsabilidade coincide com a capacidade de responder à grito daquele que sofre, daquele que se encontra em uma condição de descuido e abandono, seja um paciente, um bairro, uma instituição ou, como as novas gerações sinalizaram fortemente recentemente, o nosso próprio planeta. Onde quer que haja responsabilidade como resposta ao grito de quem sofre, está em ato uma experiência de humanização do cuidado. Responder ao grito é saber estar perto de quem está ferido e vulnerável, de quem está largado no desconforto. Um cuidado que sabe ser humano é um cuidado que não deixa sozinho aquele que sofre sem nutri-lo com a onipotência ilusória de uma terapia sem limites que o desenvolvimento prodigioso da tecnologia corre o risco de alimentar.

Não é por acaso que a dimensão humanamente mais profunda do cuidado se revela precisamente onde os limites da terapia são considerados insuperáveis. Nesses casos, trata-se de assumir o cuidado da incapacidade de quem sofre sem prometer resultados impossíveis e sem obstinação para evitar a morte a todo custo. A humanização do cuidado define acima de tudo a salvaguarda da dignidade do paciente. Nesse sentido, a proteção do fim da vida pode ser um ato de profundo cuidado, justamente quando contradiz a obstinação da vontade terapêutica. Então a morte pode ser um dom que garante à vida o seu direito de morrer onde a terapia teve que reconhecer seu próprio fracasso. Nesses casos extremos, a humanização dos cuidados significa não sustentar a vida como princípio abstrato e impessoal, mas lembrar que toda vida é uma, única e insubstituível; que toda vida tem o direito de viver e morrer à sua maneira. 

Leia mais

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