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Eleições na Venezuela: como Maduro venceu em meio a um clima de tensão

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29 Julho 2024

Com 51,20% dos votos, Nicolás Maduro, representante do Grande Polo Patriótico (GPP), conseguiu a reeleição contra Edmundo González Urrutia, que obteve 44%. O candidato de direita antecipou sua vitória.

A reportagem é de Aien Nesci, publicada por Página12, 29,07,2024.

Um dos acontecimentos políticos mais importantes do ano, em um país que há muito tempo tem todos os olhos do mundo voltados para si, terminou com uma vitória muito celebrada pelo partido no poder. Com 51,20% dos votos, Nicolás Maduro, representante do Grande Polo Patriótico (GPP), venceu as eleições presidenciais na Venezuela e continuará a governar até 2031.

“Nunca o conseguirão com a dignidade do povo da Venezuela. O fascismo na Venezuela, terra de Bolívar e Chávez, não passará hoje, nem nunca”, comemorou Nicolás Maduro, enquanto os manifestantes gritavam “Eles não voltarão.” Ele também denunciou um “hack massivo de computadores” que fez com que os resultados oficiais fossem adiados, “pelo qual já foi cantado, o grito de fraude”. “Já vi este filme várias vezes, é o filme da extrema direita”, disse.

Às 24h10 (hora local), Elvis Amoroso, presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), desceu as escadas do edifício onde está instalada a organização e sentou-se diante das câmaras. Naquele momento, o país parou. Em seguida, o responsável anunciou os resultados: 5.150.092 votos para Nicolás Maduro e 4.445.978 (44,2%) para seu principal adversário, o diplomata Edmundo González Urrutia, da Plataforma Democrática Unitária (PUD). Após o anúncio, começaram as buzinas e as comemorações começaram em vários pontos do país.

Embora o chavismo parecesse muito confiante durante toda a campanha, vários pesquisadores previam uma grande vitória para a oposição de direita. Na verdade, continuaram a fazê-lo neste domingo, durante toda a tarde. É por isso que a vitória de Maduro pegou muitos de seus adversários de surpresa. No momento em que este artigo foi escrito, nem González Urrutia nem sua mentora, a ex-deputada María Corina Machado, haviam falado ainda.

Antes, em meio a versões cruzadas e comemorações antecipadas, dirigentes do chavismo como Diosdado Cabello alimentavam as comemorações dos apoiadores do governo. Ao mesmo tempo, a oposição também conquistou a vitória. O próprio González Urrutia tuitou: “Os resultados são inegáveis. O país escolheu uma mudança pela paz”.

O presidente Javier Milei aumentou a tensão com o governo Maduro. Sem dados oficiais, anunciou em um post “uma vitória esmagadora da oposição”. E acrescentou: “A Argentina não vai reconhecer mais uma fraude e espera que desta vez as Forças Armadas defendam a democracia e a vontade popular”.

Os próximos dias serão sem dúvida muito agitados. A oposição manteve durante todo o processo que uma potencial vitória de Maduro só poderia ser obtida através de fraude. Em um país que viveu momentos de grande violência nos últimos tempos, muitos analistas temem que a tensão face a um fracasso inesperado aumente e leve novamente ao caos. Ontem, por volta das 17 horas, em alguns bairros identificados com a classe alta de Caracas, começaram a ouvir-se batidas de panelas e frigideiras, talvez como um reflexo do que viria depois.

Uma escolha tranquila

Anteriormente, o dia das eleições decorreu com total tranquilidade. Como é habitual em cada eleição, às 6 da manhã o Exército tocou seus trombones: a alvorada foi o sinal de que já era possível ir aos centros de votação. Com as primeiras luzes da manhã, milhares de eleitores saíram às ruas. Nas escolas que a Página/12 visitou, em diferentes bairros da capital, o clima nas filas era sempre alegre e descontraído.

Às sete da manhã, a primeira parada deste passeio eleitoral por Caracas foi o bairro Los Chaguaramos, onde dezenas de pessoas já esperavam para “exercer seu direito”, como disseram alegremente. Homens e mulheres partilhavam arepas e café quente; Mesmo alguns que já tinham votado ficaram depois para partilhar o dia com vizinhos e familiares. “Os venezuelanos são assim”, disse um vendedor de doces; A verdade é que adoramos votar.”

Às oito e meia era hora de visitar El Valle, onde a fila para votar se estendia por todo o quarteirão e as pessoas esperavam calmamente. Naquela altura, parecia que a participação, em um país onde o voto não é obrigatório, seria esmagadora. Depois, em Petare, o bom humor também reinou nas escolas, com a diferença de que neste bairro popular a música saía pelas janelas das casas. Enquanto os adultos entravam nas escolas, os meninos e meninas da praça brincavam de carrossel e escorregador. Apenas duas horas antes do fechamento das urnas, no bairro El Paraíso o número de pessoas já era bem menor; Na verdade, a diminuição do comparecimento ao longo do dia foi evidente e perceptível.

Em cada parada, este repórter conversou com dezenas de eleitores, e em cada uma dessas conversas prevaleceu uma resposta, além da ideologia: “o povo celebra a democracia e, graças a Deus, as eleições estão sendo realizadas em paz”. Maduro falou na mesma linha depois de votar no início da manhã: “Eu disse que ia chegar em paz e (a eleição) chegou em paz”. Se há algo a preservar e defender é a paz, a harmonia e a coexistência dos venezuelanos”. Essa ideia de que o candidato do chavismo era o único que poderia preservar a estabilidade social foi amplamente utilizada durante toda a campanha. Na verdade, a referência ao possível “banho de sangue”, que incomodou o Presidente brasileiro Lula da Silva, referia-se ao que aconteceria, para ele, se a oposição vencesse.

Os sentimentos suscitados por alguns setores políticos e midiáticos (locais e internacionais) sobre possíveis fraudes estavam muito distantes e o fato é que, para além da boa predisposição que era evidente entre o povo, o sistema eleitoral venezuelano é eletrônico e expedito. O eleitor entra no que se chama “a ferradura” e, uma vez lá, toca em uma tela onde aparecem os rostos e nomes dos candidatos. Em seguida, recebem um recibo que lhes garante que o escolhido foi o que foi emitido e o colocam em uma urna, da qual cerca de 90% (ou 100% se necessário) é auditada para corroborar a paridade com a contagem informatizada.

Os locais onde estas máquinas são instaladas são normalmente escolas e outras instituições que funcionam como centros eleitorais. Todos eram guardados durante o dia por membros do Exército Bolivariano, algo comum em cada eleição. Muitos ativistas de diferentes partidos também foram vistos supervisionando e ajudando os idosos. Houve alguns incidentes em algumas regiões do país, mas no geral a votação decorreu sem grandes problemas.

A campanha de Maduro que o levou à vitória caracterizou-se por evocar permanentemente o legado de Hugo Chávez, o líder histórico da Revolução Bolivariana, e combinar pregação política, dança e música quase em partes iguais. Como se estivesse imerso em um frenesi, realizou até quatro eventos em um dia, em diferentes cidades, e diante de todas as multidões que o aplaudiam, repetiu sua grande promessa de campanha: um plano de sete transformações focado especialmente na economia.

O primeiro item destas sete reformas propõe uma “nova etapa econômica”, baseada em um “programa de estabilização, recuperação e crescimento sustentado” que inclui o fim do ciclo hiperinflacionário, um sistema de trocas multimonetárias, soberania alimentar total e industrialização para além do óleo. Em termos geopolíticos, a busca visa a adesão aos BRICS. Também foram desenvolvidas iniciativas a serem tomadas em ciência e tecnologia, ecologia, cultura, poder popular e direitos humanos.

Contudo, seu triunfo não se baseou apenas em propostas. Houve também ataques diretos aos seus rivais: segundo ele, “a extrema direita fascista radical”. Ele descreveu González Urrutia como “uma marionete e uma marionete dos gringos”. E ainda mirou no presidente argentino Javier Milei, dobrando a aposta em mais de uma ocasião: “Eu falei isso esses dias e ele ficou bravo, mas é a verdade, que Milei é um nazista e fascista durão, ele está tendo um tempos difíceis. A verdade é a verdade". “É hora de o povo da Venezuela ter a oportunidade de um futuro melhor: Apoie María Corina!”, tuitou Elon Musk às 16h25, citando uma mensagem em que Machado agradecia ao presidente argentino pelo apoio.

O que espera Maduro, uma vez terminadas as comemorações pela sua vitória, é, em qualquer caso, um cenário bastante complexo. Segundo a Agência da ONU para os Refugiados, mais de 7 milhões de venezuelanos estão no exílio, a maior parte devido à crise humanitária que devastou o país nos últimos tempos. No entanto, existem vários sinais positivos. Este triunfo ocorre no quadro de uma recuperação gradual mas palpável. Para este ano, de fato, a Venezuela tornou-se o país com maior previsão de crescimento na região, segundo organismos internacionais como o FMI (4,5%) e a CEPAL (4%). Segundo dados do governo, o país também passou de importar 60% dos alimentos que consumia para produzir 95% em seu próprio território.

“Eles não puderam nos derrotar e nunca o farão”, repetia incansavelmente o presidente, como um mantra, ao final de cada uma de suas ações. Ontem, pelo menos até às próximas eleições, as sondagens deram-lhe razão. Longe das previsões de extinção que a direita do continente previa, o chavismo recebeu um grande fôlego de vida e ganhou impulso para os tempos difíceis que se avizinham.

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