18 Fevereiro 2019
A Conferência Episcopal deixou claro que é preciso outro governo. “O Papa conhece muito bem a situação", explica Arturo Sosa. A reportagem foi publicada em Periodista Digital, 16-02-19. A tradução é de Graziela Wolfart.
A Conferência Episcopal venezuelana, que está em sintonia com o Santo Padre, afirma repetidamente que está do lado do povo, que não toma posição entre um lado político e outro e que não quer a polarização política.
A situação na Venezuela "é muito crítica e a tensão é muito grande", declarou hoje o Superior Geral da Companhia de Jesus, o padre venezuelano Arturo Sosa, que acrescentou que "as pessoas passam por um sofrimento enorme porque a pobreza cresceu muito".
"A falta dos itens mais essenciais provocou uma grande quantidade de migrações", disse o Padre Sosa, que também destacou que "a crise política não envolve somente a sociedade venezuelana, mas também a comunidade internacional, dividida sobre qual caminho a seguir para chegar à solução".
"A esperança - disse o Superior Geral dos Jesuítas - é que a sociedade venezuelana possa encontrar uma solução pacífica que conduza a eleições parlamentares". A Igreja venezuelana, acrescentou, "tem estado muito próxima do sofrimento do povo não só nos últimos meses".
"Há alguns anos - recordou o Pe. Sosa - escolas, paróquias, centros sociais não só informaram sobre o que está ocorrendo no país, mas também trataram de fazer alguma coisa".
"A Conferência Episcopal venezuelana, que está em sintonia com o Santo Padre, disse repetidamente que está do lado do povo, que não toma posição entre um lado político e outro e que não quer a polarização política". "Quer fazer ouvir a voz das pessoas, a voz do sofrimento humano", disse o jesuíta.
A Conferência Episcopal, assinalou o Pe. Sosa, "deixou claro que é preciso outro governo e que também são necessárias eleições". O Papa Francisco, explicou finalmente o Prepósito Geral da Companhia de Jesus, "conhece muito bem a situação na Venezuela": a voz dos Bispos - concluiu - é sua voz.
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Venezuela. Superior Geral dos jesuítas pede eleições e uma solução "pacífica" - Instituto Humanitas Unisinos - IHU