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"As tragédias começam quando o objetivo não é mais o homem, mas a produtividade, e o homem se torna uma máquina de produção". Papa Francisco e a segurança no local de trabalho

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12 Setembro 2023

Na manhã desta segunda (11), no Palácio Apostólico Vaticano, o Santo Padre Francisco recebeu em audiência os membros da Associação Nacional dos Trabalhadores Mutilados e Inválidos (ANMIL) por ocasião do 80º aniversário da fundação.

Publicamos abaixo o discurso que o Papa dirigiu aos presentes no encontro.

A transcrição foi publicada por Santa Sé, 11-09-2023.

Eis o discurso

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Dou-vos as boas-vindas por ocasião do octogésimo aniversário da vossa associação. Era 1943, um ano decisivo para a Itália na Segunda Guerra Mundial. Vocês deram os primeiros passos nesse contexto, o que nos lembra que todo conflito armado traz consigo hordas de pessoas com deficiência, ainda hoje; e que a população civil sofre as consequências dramáticas da loucura que é a guerra. Terminado o conflito, os escombros permanecem, até nos corpos e nos corações, e a paz deve ser reconstruída dia após dia, ano após ano, através da proteção e promoção da vida e da sua dignidade, começando pelos mais fracos e, começando pelos mais desfavorecidos.

Hoje, então, gostaria de expressar um sincero agradecimento a todos vocês. Obrigado, em primeiro lugar, pelo que continuais a fazer pela proteção e representação das vítimas de acidentes de trabalho, das viúvas e dos órfãos dos tombados. Ainda me lembro dos cinco irmãos mortos por um trem enquanto trabalhavam.

Obrigado por manter um alto nível de atenção à questão da segurança no local de trabalho, onde ainda ocorrem muitas mortes e infortúnios.

Obrigado pelas iniciativas que promove para melhorar a legislação civil relativa aos acidentes de trabalho e à reintegração profissional das pessoas que se encontram com deficiência.

Com efeito, trata-se não só de garantir os devidos cuidados de bem-estar e de segurança social para aqueles que sofrem de formas de deficiência, mas também de dar novas oportunidades às pessoas que podem ser reintegradas e cuja dignidade exige ser plenamente reconhecida.

Por último, obrigado pelo seu trabalho de sensibilização do público para a prevenção de acidentes e políticas de segurança, em particular a favor das mulheres e dos jovens. Infelizmente, as tragédias e os dramas no local de trabalho não cessam, apesar da tecnologia que temos à nossa disposição para promover locais e tempos seguros. Às vezes é como ouvir um boletim de guerra. Isto acontece quando o trabalho se desumaniza e, em vez de ser o instrumento com o qual o ser humano se realiza, colocando-se à disposição da comunidade, torna-se uma corrida exasperada pelo lucro. E isso é ruim.

As tragédias começam quando o objetivo não é mais o homem, mas a produtividade, e o homem se torna uma máquina de produção. Amigos, as tarefas educativas e formativas que vos esperam continuam a ser fundamentais, tanto no que diz respeito aos trabalhadores, como aos empregadores e no seio da sociedade. A segurança no trabalho é como o ar que respiramos: só percebemos a sua importância quando tragicamente falta e é sempre tarde demais!

A parábola do Bom Samaritano (cf. Lc 10,30-37) repete-se: diante dos feridos que correm o risco de serem abandonados à beira do caminho da vida, podemos fazer como aqueles dois personagens religiosos, o sacerdote e o levita que, para não se contaminarem, não param e seguem em frente, na indiferença. E no mundo do trabalho às vezes acontece exatamente assim: continuamos, como se nada tivesse acontecido, entregues à idolatria do mercado. Mas não podemos habituar-nos aos acidentes de trabalho, nem resignar-nos à indiferença perante os acidentes. Não podemos aceitar o desperdício de vidas humanas. As mortes e os feridos constituem um trágico empobrecimento social que afeta todos, não apenas as empresas ou famílias envolvidas. Não devemos cansar-nos de aprender e reaprender a arte de cuidar, em nome da humanidade comum. A segurança, de fato, não é garantida apenas por uma boa legislação, que deve ser aplicada, mas também pela capacidade de viver como irmãos e irmãs no local de trabalho.

O apóstolo Paulo, refletindo sobre o valor da corporeidade, faz uma pergunta extremamente atual: "Não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que está em vós? Vocês receberam isso de Deus e não pertencem a si mesmos”. E conclui: "Glorifica a Deus no teu corpo!" (1Cor 6,19-20). São Paulo refere-se à afetividade, mas também podemos ampliar o olhar para o mundo do trabalho. Se o corpo é templo do Espírito Santo, significa que cuidando das suas fragilidades damos louvor a Deus. A humanidade é, portanto, um “lugar de culto” e o cuidado é a atitude com a qual colaboramos no próprio trabalho de o criador. A fé cristã vai até aqui: a centralidade da pessoa, como templo do Espírito Santo, não conhece desperdício, não conhece compra, venda ou troca da vida humana.

Não se pode, em nome de um lucro maior, pedir muitas horas de trabalho, diminuindo a concentração, ou pensar em contabilizar formulários de seguros ou pedidos de segurança como despesas inúteis e perdas de rendimentos.

A segurança no trabalho é parte integrante dos cuidados pessoais. Com efeito, para um empregador, é o primeiro dever e a primeira forma de bem. No entanto, são difundidas formas que vão na direção oposta e que, em uma palavra, podem ser chamadas de 'carewahing'. Acontece quando empresários ou legisladores, em vez de investirem em segurança, preferem limpar a consciência com alguma ação beneficente. É feio. Por isso colocam a sua imagem pública acima de tudo, tornando-se benfeitores na cultura ou nos esportes, nas boas obras, tornando acessíveis obras de arte ou edifícios de culto, mas não prestando atenção ao fato de que, como grande pai e doutor da Igreja, "a glória de Deus é o homem vivo” (Santo Irineu de Lyon, Contra as Heresias, IV,20,7). Este é o primeiro trabalho: cuidar dos irmãos, do corpo dos irmãos. A responsabilidade para com os trabalhadores é uma prioridade: a vida não pode ser vendida por qualquer motivo, especialmente se for pobre, precária e frágil. Somos seres humanos e não máquinas, pessoas únicas e não peças sobressalentes. E muitas vezes alguns operadores são tratados como peças sobressalentes.

Por isso, renovo a minha gratidão pelo vosso compromisso e encorajo-vos a seguir em frente, a ajudar a sociedade a progredir do ponto de vista cultural, a compreender que o ser humano vem antes do interesse económico, que cada pessoa é um dom para a comunidade e que mutilar ou incapacitar pelo menos um deles prejudica todo o tecido social. Confio-vos à proteção de São José, padroeiro de todos os trabalhadores.

Que o Senhor te abençoe e que Nossa Senhora te guarde. E você, por favor, ore por mim, eu preciso disso. Obrigado!

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