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“Com a mudança climática, estamos esquentando e revirando a sopa global de vírus”. Entrevista com David Nogués-Bravo

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01 Dezembro 2022

David Nogués-Bravo estuda a natureza, hoje e no passado, para prever como será daqui a 50 ou 100 anos. Como especialista em macroecologia que pesquisa a distribuição das espécies em larga escala, avalia que, conhecendo como eram as plantas e os animais e onde se localizavam, é possível prever sua resposta à atual crise ambiental.

No IV Seminário de Filosofia e Ciência, do Centro Nacional de Investigaciones Oncológicas - CNIO, organizado com a colaboração da Fundação Banco Sabadell e dedicado a analisar as grandes ameaças à sociedade a longo prazo, Nogués-Bravo destacou a perda da biodiversidade, que está crescendo em um ritmo desenfreado, informa o referido centro de pesquisa, em um comunicado.

“Perdemos espécies de mil a dez mil vezes mais rápido do que o ritmo natural de extinção”, afirma. Apresenta um slide com quatro ondas seguidas, cada uma devorando a anterior: a covid-19, a onda menor, é seguida pela recessão econômica e a mudança climática; como última, o tsunami, apresenta o “colapso da biodiversidade”.

A entrevista é publicada por ABC, 30-11-2022. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Você pesquisa o passado da natureza para prever seu futuro. Como faz isto?

Nossa pesquisa tenta prever como será a natureza no futuro, valendo-se de dados genéticos a imagens de satélite e modelos matemáticos. Queremos entender onde, como e quando podemos esperar impactos negativos para a natureza e para nós mesmos. Por exemplo, quais espécies perderemos, quando e em que partes do planeta, e o que isso acarretará para a nossa sociedade. Temos que pensar que o ar limpo, a água e o solo são proporcionados pelo mundo natural, são serviços que não teremos, caso os ecossistemas parem de funcionar.

Como a crise ambiental afeta a saúde humana?

Afeta de muitas formas, desde o retorno de doenças que não tínhamos mais na Europa à contaminação dos alimentos que comemos. Na Dinamarca, faz mais de 150 anos que a malária começou a desaparecer. Contudo, agora, com as temperaturas mais quentes na Europa, vemos que os mosquitos que transmitem esta doença e outras, como a dengue, começam a ter populações estáveis. Então, novamente, pode haver malária na Europa. Há alguns anos, houve o primeiro caso de dengue autóctone na Europa, em Barcelona. O mosquito transmissor agora sobrevive ao inverno europeu.

Como podemos nos preparar para essas novas situações?

Graças aos dados e modelos disponíveis, podemos prever que novas ameaças à saúde humana e à segurança alimentar são potencialmente possíveis. Para começar, podemos alertar os dirigentes que na Europa, dentro de 50 anos, é muito provável que cheguem doenças tropicais.

Desde já, seria possível implementar políticas preventivas?

Se você sabe o que pode acontecer, como e onde, pode se preparar. Contudo, precisamos estar conscientes de que a mudança climática envolve riscos para a saúde humana. Se previrmos, por exemplo, que no Delta do Ebro [Catalunha, Espanha] é provável que em 30 anos haverá mosquitos com malária, nosso sistema de saúde deve monitorar e deixar preparada alguma forma de ação. Atualmente, os modelos matemáticos nos dão a capacidade de prever impactos, tanto na saúde quanto na segurança alimentar, e isto ajuda os governantes e as empresas a ficarem preparados.

Você está participando de um encontro no CNIO sobre visão de longo prazo. Os dirigentes aproveitam o conhecimento sobre o futuro oferecido pela ciência?

A União Europeia financia projetos deste tipo porque é estrategicamente importante saber o que vai acontecer. Por exemplo, se vai haver uma infestação de insetos que acabará com as plantações. Nós fazemos previsões para 20 ou 50 anos, e há momentos em que nem todo o conhecimento que geramos acaba sendo usado. Contudo, nos últimos 15 anos de ecologia, aprendemos a falar a língua dos políticos e das empresas, algo muito importante. Repassamos a eles que a crise ambiental supõe um custo, econômico, em vidas, em possibilidades estratégicas para um país.

Os ecólogos aprenderam a transmitir sua mensagem de modo que governos e empresas se envolvam?

Exato. Não se trata apenas de proteger a borboleta ou o lince, pois sabemos que a perda da diversidade biológica custará trilhões de euros. E isso os políticos entendem. Trata-se de atribuir valor econômico e estratégico aos recursos ecológicos. Pode haver muitos medicamentos a serem descobertos em plantas e fungos, que podem gerar riqueza para um país e curar doenças no futuro. Contudo, talvez essas plantas desapareçam antes que sejam encontrados e estudados.

Qual é o maior risco à saúde acerca dessa crise ambiental que avança?

Um deles é a mudança no uso da terra. O desmatamento e a troca de pradarias por cultivos. Toda vez que alteramos o meio ambiente, os animais e as plantas que nele existem se deslocam, se adaptam ou morrem. As espécies deslocam seu habitat em função do nosso, de modo que algumas que nunca tiveram contato entre si passam a ter. Isto facilita novos saltos de vírus entre espécies. Com a mudança climática, estamos esquentando e revirando a sopa global de vírus.

A covid-19 é um exemplo?

Sim. Não foi fabricada em um laboratório, pode ter vindo de um pangolim, de um morcego... Não sabemos, mas sabemos que os animais portam muitos vírus. E estamos invadindo seus espaços, seus habitats. Ao fazer isso, ficamos sujeitos a que esses vírus passem para a nossa espécie. Esta é possivelmente uma das principais consequências de nosso impacto sobre a natureza.

A mensagem é que não devemos alterar a natureza?

Não podemos modificar ou destruir a natureza até o ponto de nos expormos a efeitos muito negativos. Somos uma espécie a mais no sistema. A natureza funciona como um sistema de computadores em que há um servidor principal que faz as outras máquinas funcionarem. Há espécies que são como esses servidores. Quando o servidor de uma empresa cai, todos os outros computadores param de funcionar. O mesmo pode acontecer com a natureza. Há espécies que, caso desapareçam, podem fazer o sistema entrar em colapso.

Qual seria um exemplo de espécie ‘servidor’?

Algumas aves e insetos polinizam uma grande variedade de plantas. O desaparecimento dessas aves não significa a mesma coisa que o de outras que polinizam uma única espécie. É o que estamos começando a entender: a natureza é como uma rede e há espécies que são decisivas. Ainda não sabemos quais, mas sabemos que o declínio não é linear. Pode ser que o sistema seja rompido pelo desaparecimento de espécies que servem como servidor.

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