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21 Novembro 2022

Ativistas de direitos humanos apontam que 15 mil trabalhadores teriam morrido durante os preparativos para o Mundial de 2022. A DW checou os dados.

A reportagem é de Jan D. Walter e Matt Ford, publicada por Deutsche Welle, 20-11-2022.

Esta checagem analisa números publicados pela Fifa, por autoridades do Catar, grupos de direitos humanos e pela mídia, citados repetidamente e que foram tratados como verdadeiros ou até mesmo questionados. Os autores deste texto estão cientes de que esses números só transmitem uma ideia superficial do suposto sofrimento de trabalhadores migrantes no Catar.

Alegação: 15 mil trabalhadores morreram por causa da Copa de Futebol no Catar

O número 15.021 veio à luz através de um relatório de 2021 da organização de direitos humanos Anistia Internacional. O número 6.500 de um artigo no jornal britânico The Guardian, do início de 2021, também é citado com frequência.

Verificação pela DW: Falso.

Embora muitas vezes interpretadas desta forma, nenhuma das fontes afirmou que todas essas pessoas morreram em locais de construção de estádios ou no contexto direto da Copa do Mundo. Ambos os números citados incluem estrangeiros em geral que morreram no Catar.

Banner by Bayern fans in Berlin against Qatar World Cup: '15,000 dead for 5760 minutes of football. Shame on you' pic.twitter.com/gG3Qq3yGjX

— Bayern & Germany (@iMiaSanMia) November 5, 2022

 

O número 15.021 do relatório da Anistia Internacional vem das estatísticas oficiais das autoridades do Catar de 2010 a 2019, segundo as quais 15.799 não catarianos morreram no país entre 2011 e 2020.

Portanto, isto inclui não apenas trabalhadores da construção civil pouco qualificados, seguranças e jardineiros, mas também professores, médicos, engenheiros e empresários. Alguns deles vieram de países em desenvolvimento, outros de países emergentes e industrializados. As estatísticas do Catar não permitem uma classificação precisa.

O Guardian chegou a 6.500 porque limitou suas pesquisas a pessoas de Bangladesh, Índia, Nepal, Paquistão e Sri Lanka e solicitaram os números às autoridades dos países de origem. Essas cinco nações representam uma proporção significativa da força de trabalho estrangeira no Catar, especialmente não qualificada ou pouco qualificada.

Alegação: As taxas de mortalidade estão dentro de uma "faixa esperada"

As autoridades do Catar não contradizem os números acima. Entretanto, em resposta à reportagem do Guardian, o Ministério da Informação do Catar disse que o número estava "dentro de uma faixa de expectativa para uma população deste tamanho e demografia".

Verificação pela DW: Impreciso.

É certo que, de acordo com as estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), as taxas de mortalidade são consideravelmente mais elevadas nos países de origem do que entre os trabalhadores migrantes no Catar. E, de acordo com as estatísticas do emirado, morrem mais catarianos num grupo de 100 mil pessoas em um ano do que entre 100 mil trabalhadores estrangeiros. Mas essa comparação tem pouca relevância do ponto de vista epidemiológico, já que a comunidade estrangeira no Catar não é comparável a toda a população do país.

Por exemplo, a percentagem de crianças pequenas e idosos − os grupos populacionais com maior mortalidade − é desproporcionalmente menor do que no total da população dos países. Além disso, trata-se de pessoas saudáveis, pois, para obter um visto de trabalho para o Catar, é necessária uma série de certificados sanitários. Entre outras coisas, os candidatos devem apresentar testes negativos para doenças infecciosas como aids, hepatite B e C, sífilis e tuberculose − doenças que são causas de morte estatisticamente relevantes em alguns países de origem.

Ao mesmo tempo, os jornalistas franceses Sébastian Castelier e Quentin Muller ressaltam em seu livro Les Esclaves de l'Homme Pétrole (Os escravos do homem do petróleo, em tradução literal) que nenhum dos números mencionados inclui trabalhadores migrantes que morreram logo após o retorno do Catar para casa.

Capa do livro "Les Esclaves de l'Homme Pétrole", Os escravos do homem do petróleo, em tradução literal. (Foto: divulgação)

No Nepal, por exemplo, houve um aumento significativo de mortes por insuficiência renal entre homens de 20 e 50 anos de idade na última década. Um número impressionante deles havia retornado recentemente do trabalho no Oriente Médio. A atividade árdua no deserto, juntamente com a falta de água potável relatada pelos afetados, pode ser uma explicação para isso.

Alegação: Só três morreram trabalhando num canteiro de obras

A Fifa e o Comitê da Copa do Mundo do Catar sustentam que apenas três pessoas morreram em conexão direta com seus trabalhos nas obras dos estádios. Eles também admitem que 37 outros trabalhadores do Mundial morreram − mas que as mortes não têm nenhuma relação direta com seu trabalho.

Verificação pela DW: Impreciso.

Essa contagem pode estar correta. Estão documentados dois acidentes em que trabalhadores caíram de grandes alturas, e outro morreu atropelado por um caminhão-tanque. No entanto, os números são enganosos por duas razões.

Em primeiro lugar, os organizadores da Copa do Mundo ignoram todos os que morreram em outras obras, o que provavelmente não teria acontecido não fosse a Copa. Afinal, o Mundial desencadeou um boom de obras no Catar, no decorrer do qual foram construídos uma nova rede de metrô, autoestradas, hotéis, uma expansão aeroportuária, a cidade planejada de Lusail, entre outros projetos. De acordo com a Fifa, em momentos de pico chegaram a ser empregados pouco mais de 30 mil trabalhadores nas obras para a competição.

Em segundo lugar, quem está familiarizado com as condições locais duvida que as 37 mortes não acidentais de trabalhadores da Copa do Mundo não tenham algo a ver com seu trabalho.

De acordo com o relatório anual do Comitê da Copa do Mundo do Catar Progress of Workers' Welfare 2019 (Progresso do Bem-Estar dos Trabalhadores em 2019), dos nove trabalhadores mortos em estádios naquele ano, três foram alegadamente vítimas de insuficiência cardíaca ou parada respiratória por "causas naturais". Para os epidemiologistas, porém, essas não são causas naturais de morte, certamente não entre pessoas de 18 a 60 anos.

Milhares de mortes por causas inexplicadas

Essas três mortes não são exceção. Apurações do Guardian descobriram que os médicos catarianos citaram uma parada cardíaca ou respiratória súbita por "causas naturais" em cerca de 70% dos casos. De acordo com a Anistia Internacional, os registros do governo de Bangladesh corroboram esse número.

Segundo a série de documentários da emissora alemã ARD World Cup of Shame, médicos do Catar disseram que haviam sido pressionados a preencher certidões de óbito desaa forma. No final de 2021, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) criticou a documentação dos acidentes e das causas de morte. Já em 2014, o escritório internacional de advocacia DLA Piper havia criticado autópsias inadequadas em um relatório independente encomendado pelo governo do Catar.

A incapacidade de determinar a causa da morte acontece em cerca de um em cada 100 óbitos em "sistemas de saúde administrados adequadamente", dizem especialistas entrevistados pela Anistia Internacional. Uma autópsia invasiva quase nunca é necessária. Em cerca de 85% das mortes, uma "autópsia verbal" é suficiente, ou seja, o interrogatório de testemunhas oculares ou pessoas que conheciam a vítima, suas doenças anteriores ou suas circunstâncias de vida.

Muitas dessas testemunhas foram ouvidas por organizações de direitos humanos, como Human Rights Watch, Anistia Internacional e Fairsquare. E seus relatos sugerem que insolação e exaustão, ou seja, doenças leves, mas não tratadas, são as causas de muitas das mortes súbitas e inexplicáveis. A imprecisão dos registros disponíveis torna impossível uma avaliação conclusiva. O que resta é a questão de por que as autoridades do Catar não publicam uma documentação mais expressiva sobre as mortes.

Agradecemos a Nicholas McGeehan, da Human Rights Watch e Fairsquare, Ellen Wesemüller, da Anistia Internacional, e Pete Pattisson, do The Guardian, que nos deram informações sobre suas pesquisas para explicar o que descobriram. Infelizmente, as perguntas da DW a diversas autoridades de Catar, Bangladesh, Índia, Nepal, Paquistão e Sri Lanka permaneceram sem resposta até a publicação deste texto.

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