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Fé e dúvida. Artigo de Gilberto Borghi

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21 Mai 2022

 

Que efeito o testemunho de uma fé sem dúvidas produz em nível comunicativo?

 

A reflexão é de Gilberto Borghi, teólogo leigo, filósofo e psicopedagogo clínico italiano, formador na cooperativa educativa Kaleidos. O artigo foi publicado por Vino Nuovo, 18-05-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Eis o artigo.

 

“O não crente que está dentro de mim.” Há alguns dias, sentado em um belo almoço de casamento, um padre que eu estimo, falando da condição de fé dos seus paroquianos, citava essa expressão a seu respeito, o que provocou um certo desconforto no interlocutor do seu relato.

 

Ela veio à minha mente ao reler, por razões de trabalho, um texto do cardeal J. H. Newman: “Considere-se que a lei que segue parece supervisionar a obtenção do conhecimento de nossa parte: quanto mais for desejável, por excelência, âmbito ou complexidade, maior é a sutileza das provas com base nas quais é aceita. Somos constituídos de tal forma que, se insistirmos em estarmos o mais certos possível em todos os estágios da nossa jornada, deveremos nos contentar em rastejar no chão, sem nunca poder alçar voo. Se estamos destinados a grandes fins, somos chamados a grandes riscos; e, como não nos é dada nenhuma certeza absoluta em nada, devemos em todas as coisas escolher entre a dúvida e a inação” (Sermão XI).

 

A dúvida, portanto, faz parte da fé, algo que Newman expressa de forma icástica em uma de suas celebérrimas frases: “Mil dúvidas não constroem uma descrença”. Mas hoje parece que tal consciência, em muitos fiéis católicos, foi esquecida.

 

Falando com várias pessoas do âmbito eclesial, até mesmo pessoas que eu estimo e por cuja fé eu realmente colocaria a mão no fogo, percebo muitas vezes uma espécie de intenção de fundo, nunca explícita, mas muito presente, que tenta mostrar que ter fé é uma condição interior em que a dúvida é eliminada, como se existisse uma lei segundo a qual quanto mais a fé cresce, menos dúvidas estão presentes na pessoa que crê.

 

Desejo refletir sobre esta percepção que eu sinto amplamente: na fé cristã, funciona realmente assim? Pessoalmente, eu discordo. Se creio que Deus me ama, dentro de mim isso se apoia na percepção, atual ou passada, de que o seu amor me alcança, me toca e eu tenho consciência dele. Mas essa percepção nunca é capaz de preencher totalmente o meu espaço interior de busca da verdade, tanto que eu posso continuar sempre a dizer a mim mesmo – estou dizendo a mim mesmo – que talvez essa percepção de me sentir amado seja apenas fruto da minha mente.

 

Para mim, portanto, crer significa que eu decido continuar pensando que tal percepção é fruto da obra de Deus dentro de mim, e os dados perceptivos que possuo nunca são tais a ponto de “constranger” a minha consciência a concordar com tal verdade por causa da luminosidade interna que ela produz dentro de mim.

 

Se assim fosse, na realidade isso significaria que a minha fé é “obrigada” pelo dado perceptivo, e eu não estaria mais livre para aceitar ou não a presença de Deus dentro de mim. O que dizemos, portanto, quando afirmamos que a fé é dom de Deus? Dizemos que Ele coloca o seu amor dentro de mim, em uma condição que pode ser perceptível, mas que não pode ser constringente e sustenta misteriosamente a minha vontade de continuar decidindo que tal percepção é fruto da sua presença, e não da minha alucinação.

 

Não se trata, portanto, de uma telha que cai sobre a nossa cabeça independentemente da nossa vontade, mas de uma sinergia entre a minha vontade e a dele, que, em todo o caso, sempre deixa a minha mente livre para assentir ou não com isso.

 

Se é assim, então é inevitável que restem dúvidas na minha mente de fiel e no meu coração de amante, que nunca podem ser removidas e que marcam o fato de que os meus limites como ser humano nunca são removidos, enquanto estivermos nesta terra.

 

A fé, se for autêntica, se for um ato livre de resposta ao amor de Deus, alimenta-se das dúvidas e permanece sempre no equilíbrio entre estar e cair. Muitos santos, especialmente os místicos, falam da “noite do espírito”, aquela condição em que o crescimento na fé, ao invés de dar cada vez mais luz à mente e calor ao seu coração, pelo contrário, aumenta as dúvidas e a percepção da distância entre eles e Deus.

 

Consequência: podemos nos apresentar com honestidade espiritual a quem não tem fé, mostrando todas as nossas certezas e obscurecendo as nossas dúvidas? Que efeito o testemunho de uma fé sem dúvidas produz no nível comunicativo? Atrai ou repele?

 

Talvez atraia quem deseja não ter dúvidas, mas o risco é empurrá-los a crer em um Deus que está dentro da sua medida humana e que quase se torna controlável. Por outro lado, quem quer permanecer humano e manter aberta a tendência à verdade muitas vezes sente desconforto e repulsa diante de uma fé sem dúvidas.

 

Prestamos um bom serviço à fé, então, quando, armados de certezas inabaláveis, promovemos cruzadas éticas ou espirituais? No ano passado, durante o testemunho na escola de uma freira que lida com violência contra a mulher, um menino lhe perguntou como ela se comportava diante de mulheres que querem abortar: “Você certamente não me encontrará nas barricadas antiabortistas. Eu as acompanho com o amor que posso, mesmo durante e depois do aborto. Elas sabem bem o que eu penso, mas nenhuma jamais recusou a minha presença”.

 

Um colega meu, ateu declarado, exclamou: “Será que logo de uma freira é que eu deveria ouvir aquilo que eu acho que é certo?”.

 

Leia mais

 

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