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Canadá. “Se a Igreja não confrontar os abusos contra os indígenas, não recuperaremos nossa credibilidade”, afirma arcebispo emérito de Ottawa

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22 Dezembro 2021

 

O encontro do Papa Francisco com representantes das comunidades indígenas canadenses, tornado urgente depois das covas coletivas descobertas nas escolas residenciais, foi adiado. A revista America, dos jesuítas estadunidenses, conversou por e-mail com o arcebispo jesuíta Terrence Prendergast, emérito de Ottawa-Cornwall e atual administrador apostólico da Diocese de Hearst-Moosonee – a qual inclui um grande número de pessoas pertencentes às Primeiras Nações – sobre a situação no Canadá.

 

A entrevista é de Bill McCormick, publicada por America, 20-12-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

 

Eis a entrevista.

 

Na missa de ordenação em agosto de 2021, você falou da resposta da Igreja às revelações das direções das escolas residenciais. Você compartilharia conosco o que disse na ocasião?

Alguns dos excertos da homilia:

Nós, jesuítas do mundo todo, estamos celebrando um ano especial de jubileu em 2021, o 500º aniversário de um soldado espanhol chamado Inácio de Loyola ser gravemente ferido por uma bala de canhão no cerco de Pamplona – não tanto por aquela batalha, mas por uma luta interna que se seguiu. ...

Gostaria de sugerir a vocês que a descoberta de sepulturas não marcadas em escolas residenciais em todo o Canadá se tornou uma experiência de “bala de canhão” para a Igreja no Canadá e a todos os seus membros, incluindo nós, jesuítas. Este momento inigualável está convocando todos em nosso país a uma profunda conversão em nossa relação com os povos indígenas desta terra.

Como a conversão de Loyola, o processo levará muito tempo e provavelmente incluirá passos em falso, contratempos, novos aprendizados – e uma conversão interior profunda – isto é, se quisermos embarcar no chamado de Deus que está sendo dirigido a nós neste momento. Como nós, jesuítas do Canadá e do Haiti, pertencemos à Conferência dos Jesuítas do Canadá e dos Estados Unidos, isso terá repercussões também para os nossos irmãos estadunidenses, cujo legado está nas “Indian Boarding Schools”.

 

Para os católicos norte-americanos que ainda estão tentando entender essas notícias, como você descreveria a magnitude dessas descobertas?

Está a par da natureza chocante da revelação do abuso sexual por parte do clero e da má-gestão dos perpetradores pelo episcopado. A experiência do Canadá começou com a revelação do abuso em Mount Cashel em Newfoundland no final dos anos 1980. Lembro-me do calafrio que isso causou ao clero quando começamos a nos perguntar como interagiríamos com as crianças e seus pais, bem como com pessoas vulneráveis. É um momento que muda o mundo. Pensamos que havíamos começado a estabelecer padrões de colaboração com os povos indígenas – incluindo os católicos – mas tudo isso agora está sendo reavaliado.

 

O arcebispo Michael Miller, de Vancouver, escreveu recentemente que “a Igreja estava inquestionavelmente errada ao implementar uma política colonialista do governo que resultou em devastação para crianças, famílias e comunidades”. Você concorda?

Sim, eu concordo, mas de uma forma matizada. A Igreja achou que estava fazendo bem em ajudar os indígenas a interagir com as formas europeias de olhar para a sociedade e desejar a integração de colonos e canadenses nativos. Mas integração e assimilação não estão distantes e nos tornamos parte de uma visão que não estava enraizada nos valores evangélicos e no respeito a cada ser humano.

Mas dirigir uma escola residencial com questões disciplinares dia após dia nos levou a ser cooptados para um processo que era contrário aos valores do Evangelho. De acordo com documentos em nossos arquivos, os religiosos e religiosas estavam constantemente implorando aos funcionários do governo por alimentos melhores e mais nutritivos, roupas adequadas, aquecimento, etc. Uma questão importante ocorreu nos primeiros anos, quando um consultor médico do governo federal implorou por medidas de saúde para tratar os muitos casos de tuberculose, mas suas alegações perderam para o que se tornou um regime mais brutal, que levou à morte de muitas crianças.

 

O relatório de 2015 da Comissão de Verdade e Reconciliação do Canadá apelou ao Papa Francisco para se desculpar. O papa deve se desculpar? Ele vai?

A Comissão pediu que o Papa fosse ao Canadá e se desculpasse dentro de um ano. Os bispos sentiram, uma vez que houve um atraso na implementação desta resolução, que uma abordagem melhor seria as dioceses se empenharem em acompanhar os povos indígenas em seus territórios e se preparar para uma recepção ao Santo Padre que não seria simplesmente um caso isolado, mas o culminar de um processo.

Esse ideal tornou-se uma posição insustentável agora, e a questão é o que o encontro adiado com líderes indígenas – acompanhados por vários bispos – com o Papa vai alcançar. Será que suas palavras e gestos irão satisfazer o desejo de um “pedido de desculpas”? Sentiriam que podem determinar uma modificação da resolução da Comissão de forma a que ele não tenha de vir ao Canadá? Eu não posso dizer. Minha sensação é que nada menos do que uma visita bastará agora.

Mas precisamos perguntar: a saúde do Papa é suficientemente vigorosa para sustentar uma longa viagem com uma agenda limitada? Uma visita a Saskatchewan, digamos, que é uma província que não se beneficiou de uma visita papal no passado, tem uma grande população indígena e um corpo de bispos ansiosos para organizar e cobrir os custos de uma visita. Isso é o que eu proporia, e acho que um número significativo (senão a maioria) dos membros da Conferência Canadense de Bispos Católicos seria a favor disso agora.

 

A conferência dos bispos canadenses anunciou em junho que o Papa Francisco sediaria uma série de encontros com representantes das Primeiras Nações, e povos Métis e Inuit. O que você espera dessas reuniões? O que você acha que eles precisam ouvir do Papa?

Acredito que o evento vai atender às expectativas limitadas e vai além delas. Ele fará o que todos nós somos desafiados a fazer: ouvir, com uma abertura para a experiência de dor e sofrimento, as consequências negativas intergeracionais do projeto falho de assimilação do país. Essa escuta necessariamente levará a algumas palavras e gestos.

Os representantes precisarão ouvir o lamento da Igreja, expressado por seu líder mundial, e que terá que incluir a palavra “desculpa”. O Papa Bento XVI se aproximou a isso sem usar essa palavra específica em 2009, mas agora são novos tempos.

 

Você pensa que a Igreja Católica no Canadá está sendo perseguida ou tratada injustamente por figuras públicas canadenses ou da imprensa?

Eu acredito que muitos na imprensa e em cargos de liderança em nosso país encontram a Igreja como um alvo fácil. São poucas as posições de editoriais de jornais que procuram sobre, ou demonstram, como a Igreja está vivenciando a culpa e a vergonha. Talvez isso virá com o tempo. Agora, estamos todos sofrendo. É um tempo difícil para ser bispo.

 

O primeiro-ministro Justin Trudeau tem sido um crítico vigoroso da Igreja Católica canadense e do Papa Francisco. Por que você pensa que é assim?

É sempre difícil saber o que motiva nosso primeiro-ministro. De uma forma, ele está articulando as primeiras e viscerais impressões do grande mal feito aos povos indígenas pela Igreja Católica. Eu seria mais simpático a essa posição se ele próprio assumisse que o governo teve um papel maior na criação das condições de desrespeito contra os cidadãos indígenas.

 

Você é bispo desde 1995. Como você viu a resposta da Igreja canadense a essas questões desenvolver-se ao longo do tempo?

Desde o início, acho que não entendi a extensão do sofrimento de nossos irmãos e irmãs indígenas nas escolas residenciais. Ao apoiar as irmãs religiosas e padres que serviam com grande devoção e sacrifício, provavelmente superestimei o bem que foi alcançado e subestimei o mal que foi feito a eles. Eu não estava a par, como deveria, do lado sombrio dessa realidade que outros viveram.

Sempre achei que nossos bispos se preocupavam com os indígenas, mas era um interesse entre muitos outros. O que estamos começando a ver agora é que, a menos que abordemos esta necessidade de escuta atenta e novo aprendizado, não recuperaremos nossa credibilidade na sociedade ou com os muitos católicos que estão se afastando da Igreja.

 

Como você acha que este escândalo afetará e moldará a Igreja canadense no futuro?

Você está certo em chamar isso de “escândalo”, já que muitas pessoas estão caindo ou tropeçando nessa questão. As pessoas estão se afastando da igreja, os líderes estão abandonando o serviço nas comunidades paroquiais e muitos estão achando o duplo impacto das escolas residenciais e da covid-19 demais para lidar.

Espero que sejamos inspirados, como os líderes da igreja foram em crises anteriores, para encontrar a abordagem que reconquiste as pessoas após nossa conversão. Penso na oração de Jesus por Simão Pedro na Última Ceia (Lc 22, 31-32) para que depois de nosso “retorno” – ou conversão – nós, com o sucessor de Pedro, possamos fortalecer os irmãos.

O Senhor deseja a renovação de sua igreja. Acredito que a espiritualidade de nossos católicos indígenas nos ajudará e conto com eles para nos ajudar a encontrar o caminho certo.

 

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