18 Fevereiro 2020
Em 28 de fevereiro será publicada a "Rome Call for AI Ethics", promovida pela Pontifícia Academia para a Vida, em favor de uma visão ética da Inteligência Artificial. O documento depois será enviado ao Papa Francisco.
A reportagem é publicada por Rai News, 11-02-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.
"Termos como Trasparency, Inclusion, Accountability, Responsability, Impartiality, Reliability, Security, Privacy, devem se tornar patrimônio de todos e não apenas dos especialistas da ética da inteligência artificial". Foi o que disse D. Vincenzo Paglia, presidente da Pontifícia Academia para a Vida, promotor da “Rome Call for AI Etichs”, documento sobre os temas da ética no desenvolvimento da inteligência artificial que será apresentado em 28 de fevereiro próximo.
A conferência pública contará com a presença do presidente da Microsoft, Brad Smith, do vice-presidente executivo da IBM, John Kelly III, do presidente do Parlamento Europeu David Sassoli e do diretor geral da FAO Dongyu Qu. "É necessária uma ampla conscientização do uso, significado e impacto das tecnologias, porque o desenvolvimento tecnológico envolve toda a família humana. Por esse motivo, a Pontifícia Academia para a Vida trabalha para melhorar o empenho ético sobre os temas da Inteligência Artificial e é importante ter a Microsoft e a IBM como dois primeiros signatários do documento que apresentamos ao Papa Francisco", ressalta D. Paglia.
“A inteligência artificial está em seus estágios iniciais e agora é o momento de afirmar nossa responsabilidade compartilhada e nosso objetivo comum como seres humanos, sociedade e governos, para garantir que essas tecnologias emergentes sejam desenvolvidas e usadas de forma ética e para o bem da humanidade e do meio ambiente. A convocação é um passo importante na definição de procedimentos éticos compartilhados", afirma John Kelly III, vice-presidente executivo da IBM, primeiro signatário do documento junto com a Microsoft. Para a assinatura, o presidente da Microsoft, Brad Smith, retorna a Roma exatamente um ano após sua visita ao papa Francisco, e enfatiza que a Rome Call for AI Ethics "representa um importante passo à frente na promoção de um debate ponderado, respeitoso e inclusivo sobre a relação entre inteligência artificial e ética". Como afirmado já um ano atrás, Smith defende que "a tecnologia tem o poder de solucionar alguns dos maiores desafios do mundo, mas, para que seja benéfica para todos, deve ser guiada por fortes princípios éticos baseados nos direitos humanos. O empenho e o valor trazidos por Sua Santidade a esse diálogo são uma fonte de inspiração para mim".
Sobre as implicações do uso dessas tecnologias, o diretor geral da FAO, Dongyu Qu, observa que "a inteligência artificial tem a possibilidade de intervir, tornando os sistemas alimentares mais eficientes, sustentáveis e inclusivos. A tarefa que está à nossa frente é minimizar os riscos, explorando os potenciais benefícios dessa inovação".
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