O Papa à Comissão Teológica Internacional: "A Revelação não pode ser reduzida a um comentário sobre fórmulas de fé"

Foto: Vatican Media

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27 Novembro 2025

"Caros irmãos, assim como não há faculdade que a fé não ilumine, também não há ciência que a teologia possa ignorar. Por meio de um estudo abrangente, vocês são chamados a oferecer sua valiosa contribuição para discernir e resolver os desafios que a Igreja e toda a humanidade enfrentam".

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 26-11-2025.

"Amanhã iniciarei minha primeira viagem apostólica à Turquia e ao Líbano, durante a qual farei uma peregrinação a İznik, a antiga Niceia, para comemorar esse evento histórico e pedir ao Senhor o dom da unidade e da paz para a sua Igreja." Na preparação para sua primeira viagem apostólica, o Papa Leão XIV recebeu os membros da Comissão Teológica Internacional, lembrando-lhes que "somente numa vida vivida segundo o Evangelho é alcançada a adesão à verdade divina que professamos, tornando credível o nosso testemunho e a missão da Igreja."

Em seu discurso, Prevost encorajou os teólogos a "continuarem a missão", especialmente na busca dos "novos aspectos" da vida da Igreja, particularmente na doutrina. "Dessa perspectiva, a Comissão Teológica Internacional tem a tarefa de oferecer análises, interpretações e orientações aprofundadas ao Dicastério para a Doutrina da Fé e ao Colégio dos Bispos, que presido", contribuições às quais, "além do rigor indispensável do método teológico", o Papa quis acrescentar "três recursos específicos".

Em primeiro lugar, ele enfatizou "a catolicidade da nossa fé", a sua universalidade, que exige que as reflexões teológicas "sejam enriquecidas pelas diversas experiências das Igrejas locais". Em segundo lugar, Leão XIV sublinhou a importância do "diálogo inter e transdisciplinar com diferentes campos do conhecimento e da especialização". Por fim, o Papa convidou os teólogos a "imitarem a sabedoria apaixonada de Doutores da Igreja como Santo Agostinho, São Boaventura, São Tomás de Aquino, Santa Teresa de Lisieux e São João Henrique Newman", ligando o estudo teológico "à oração e à experiência espiritual, condições indispensáveis ​​para cultivar uma compreensão da Revelação, que não pode ser reduzida a um mero comentário sobre fórmulas de fé".

"Somente numa vida vivida segundo o Evangelho podemos aderir verdadeiramente à verdade divina que professamos, tornando o nosso testemunho e a missão da Igreja credíveis", sublinhou, invocando o Papa Francisco e o Concílio Vaticano II no seu discurso sobre o trabalho da teologia para fazer resplandecer a luz de Cristo e do Evangelho.

"Caros irmãos, assim como não há faculdade que a fé não ilumine, também não há ciência que a teologia possa ignorar. Através de um estudo abrangente, vocês são chamados a oferecer sua valiosa contribuição para discernir e resolver os desafios que se apresentam tanto à Igreja quanto a toda a humanidade", concluiu o papa.

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