21 Novembro 2025
"Toda a pregação de Jesus visava fazer as pessoas compreenderem essa verdade da fé cristã: um encontro vital não com uma doutrina, não com uma lei, não com uma moral, mas com Jesus Cristo, o Vivente que é Vida para nós", escreve Enzo Bianchi, monge italiano e fundador da Comunidade de Bose, em artigo publicado por Famiglia Cristiana, 16-11-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.
Eis o artigo.
Caro cristão, cara cristã certamente você sabe que Jesus inaugurou uma nova forma de se relacionar com Deus e exigiu que nossa relação com nossos irmãos e irmãs seja à imagem daquela que ele tem conosco: uma relação precedida pelo amor gratuito, vivificada por um amor que não precisamos merecer, cujo cumprimento é a salvação que o amor de Deus traz às nossas pobres vidas, marcadas pelo mal e pela morte. Toda a pregação de Jesus visava fazer as pessoas compreenderem essa verdade da fé cristã: um encontro vital não com uma doutrina, não com uma lei, não com uma moral, mas com Jesus Cristo, o Vivente que é Vida para nós. Jesus quis erradicar a atitude daqueles que fazem o bem para ter um mérito, um ganho, daqueles que praticam boas obras para dar exemplo e serem vistos pelos outros. Não! Jesus quer que vivamos com sinceridade e que nos apresentemos diante dele com franqueza, sem medo, conscientes de sermos envolvidos pelo seu amor. A religiosidade das religiões facilmente se transforma em hipocrisia, tradição cultural, folclore, festa popular, enquanto se distancia da fé que é adesão, que é confiar em Cristo, nosso único Senhor. Jesus conhecia bem o ditado dos rabinos: "Há dez tipos de hipocrisia no mundo, mas nove se encontram entre aqueles que frequentam santuários, festas sagradas, procissões, para serem vistos pelos outros". A hipocrisia é um mal sutil: basta pensar que é preciso dar o bom exemplo para não enxergar mais os próprios pecados e se tornar hipócritas.
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