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“Desequilíbrios crescentes também nos países ricos. A democracia cada vez mais em risco"

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08 Novembro 2025

No continente africano, onde um terço dos jovens de todo o mundo nascerá até 2050, quatro em cada cinco crianças não sabem ler nem escrever, enquanto em vilarejos e cidades as escolas estão reduzindo horários e programas porque muitos governos locais não têm verba suficiente para pagar professores e eletricidade. A milhares de quilômetros de distância, os rendimentos dos fundos de ações estão atingindo novos recordes nas principais bolsas de valores, impulsionados pela corrida à inteligência artificial. Dois lados da mesma economia global, dois lados de mundos cada vez mais distantes, fotografados ontem pelo novo relatório sobre desigualdade encomendado pela presidência sul-africana do G20: um mapa do planeta onde a riqueza se concentra como nunca antes, enquanto o elevador social para no meio do caminho.

A reportagem é de Paolo M. Alfieri, publicada por Avvenire, 05-11-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

O documento, elaborado pelo Comitê de especialistas independentes liderado pelo ganhador do Prêmio Nobel Joseph Stiglitz, não fala mais de um simples desequilíbrio, mas de uma "emergência global da desigualdade". E não é exagero: entre 2000 e 2024, o 1% mais rico do mundo abocanhou 41% da nova riqueza criada, enquanto a metade mais pobre da população dividiu apenas o 1%. Por trás dessas porcentagens, se esconde um abismo que divide não só o Norte e o Sul do planeta, mas também as próprias sociedades "ricas", cavando rachaduras entre gerações, territórios e classes dentro de um mesmo país. Uma crise que não é apenas moral, mas estrutural, capaz de desestabilizar economias, alimentar desconfiança nas instituições e minar a estabilidade democrática. Os especialistas pintam um quadro alarmante: 83% dos países do mundo, representando 90% da população global, apresentam níveis de desigualdade tão elevados que se enquadram na categoria "crítica" do Banco Mundial.

Nessas sociedades, alerta o relatório, as probabilidades de declínio democrático são sete vezes maiores do que em sociedades mais igualitárias. A vertiginosa concentração de riqueza é acompanhada por um enfraquecimento progressivo do pacto social. Mas hoje, a desigualdade não se mede apenas em termos de renda ou patrimônio. Tornou-se uma crise múltipla, afetando orçamentos das famílias e dos Estados. Muitas economias frágeis do Sul global correm o risco de falência, depois de ter sido empurradas a se endividar e, em seguida, atingidas por uma série de choques: a pandemia, a queda das receitas cambiais, a disparada dos preços dos alimentos e combustíveis em 2022 e a alta das taxas de juros. Isso resultou em fuga de capitais, desvalorizações, aumento dos custos de financiamento e cortes drásticos nos gastos públicos. A redução da ajuda pública ao desenvolvimento por parte dos países ricos e os cortes na cooperação internacional estão agravando a situação.

É nesse cenário de fragilidade generalizada que Stiglitz defende o reconhecimento de um novo tipo de emergência global. "Aprendemos a falar de crise climática, mas ainda não tivemos a coragem de falar de crise da desigualdade", explica. Daí nasce uma proposta (considerada "excelente" pela Oxfam): a criação de um Painel Internacional sobre a Desigualdade, nos moldes do IPCC, que trata das mudanças climáticas, com a tarefa de monitorar as tendências, identificar as causas e avaliar as políticas nacionais e globais. Um organismo técnico, independente, poderia fornecer aos governos ferramentas para análises conjuntas e dados atualizados para coordenar a ação internacional contra as desigualdades.

O relatório alerta que a concentração de riqueza corre o risco de se agravar ainda mais nos próximos anos: 70 trilhões de dólares de patrimônio serão transferidos por herança até 2035, com efeitos devastadores na mobilidade social. Nesse interim, uma em cada quatro seres humanos no mundo salta regularmente uma refeição, enquanto o número de bilionários atinge níveis recordes. O documento também alerta para o impacto político dessas distorções: onde os desequilíbrios aumentam, o poder das elites econômicas cresce e o espaço democrático diminui. "A riqueza extrema tende a se transformar em influência política, acesso privilegiado à justiça e controle das mídias", observa o Comitê. Hoje, essa dinâmica é agravada pela concentração do poder digital: "O controle da esfera pública do século XXI — a das mídias sociais e plataformas tecnológicas — acabou nas mãos de poucos".

As recomendações são claras. Em nível global, o relatório pede uma reforma das regras econômicas internacionais: revisão das normas sobre a propriedade intelectual para garantir o acesso equitativo a medicamentos e tecnologias verdes; reformulação das regras fiscais para garantir uma tributação efetiva das multinacionais e dos super-ricos; e uma coordenação mais estreita em matéria de dívida e finanças públicas para evitar que a austeridade se torne a única opção para os países em dificuldades.

No plano interno, o relatório convida a um novo pacto social: salários mais justos, tributação progressiva, investimentos nos serviços públicos, apoio aos trabalhadores informais e combate à concentração econômica. "As desigualdades", enfatiza a especialista Jayati Ghosh, "não são um destino, mas uma escolha política e, como tais, podem ser invertidas".

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, classificou o relatório como "um roteiro para a dignidade e a democracia". Alertou: "Combater a desigualdade é o nosso desafio geracional incontornável". As suas palavras ecoam a lição que emerge do documento: não se trata apenas de uma questão de justiça, mas da sobrevivência do sistema. Porque um mundo em que metade da população luta pela subsistência enquanto uma minoria acumula riquezas sem precedentes não é apenas injusto: é instável, vulnerável e, em última análise, insustentável.

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