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"Quem vier não será rejeitado. É a utopia da acolhida universal". Artigo de Antonio Spadaro

Foto: Jonathan DICK, OSFS/Unplash

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04 Novembro 2025

Jesus responde que existe um olhar que não deixa escapar nada nem ninguém. Quem vier não será rejeitado. É a utopia da acolhida universal. É a poesia do pertencimento que nada tem a ver com mérito.

O artigo é de Antonio Spadaro, jesuíta e ex-diretor da revista La Civiltà Cattolica, publicado por Religión Digital, 02-11-2025.

Eis o artigo.

Jesus fala à multidão: uma pessoa diante de uma multidão. Para falar assim, é preciso dar um show, capturar a atenção. Ou, no caso de Jesus, um milagre bastaria: a multiplicação dos pães e peixes, a ressurreição de um morto, a cura de um cego. Em vez disso, há apenas a sua palavra sobre o desejo humano mais radical: o desejo de não se perder. Não nos sentimos perdidos às vezes? No âmago de toda história de amor que termina, de toda guerra, de toda despedida, reside uma pergunta: Será que tudo está perdido?

No Evangelho de João, Jesus responde categoricamente que existe uma maneira de ver que não deixa escapar nada nem ninguém. Não por habilidade ou força, mas porque reúne no tempo aquilo que o próprio tempo parece desmoronar. É uma promessa que não precisa de dogma, mas sim de escuta atenta e confiança plena.

Tudo começa com uma declaração clara: “Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei”. Há um senso de irrevogabilidade nessas palavras, uma promessa que evoca acolhimento absoluto, que arde em hospitalidade incondicional. É a certeza de “não ser rejeitado” que mais nos toca, porque é o nosso medo ancestral: ser excluído, abandonado, rejeitado.

É o arquétipo do excluído, da voz que clama e não encontra resposta. Quantos vivem nesse limiar? O "homem adormecido" de Georges Perec dissolve-se lentamente nas dobras do seu quarto, para não ter mais que encarar o mundo exterior. Gregor Samsa, de Kafka, vive sua Metamorfose como um inseto, excluído da vida doméstica justamente por não ser mais reconhecível.

Nos escritos de João, ao contrário, a figura que fala — Jesus, é claro, mas também, aparentemente, uma voz narrativa mais profunda — garante que não há desumanidade, transformação ou abismo que possa justificar a expulsão final. Quem vier não será rejeitado. É a utopia da acolhida universal. É a poesia do pertencimento que nada tem a ver com mérito.

As palavras de Jesus, poucas e profundas, elevam ainda mais o patamar: "Desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou". Surge uma sensação de vertigem: o movimento não é apenas horizontal, mas vertical. "Desci" implica uma descida, um movimento contrário à lógica do poder. Mas essa descida não é trágica, como as quedas do herói nas tragédias gregas. É voluntária e parece orientada para o outro, quase como em certas telas de Marc Chagall, onde as figuras flutuam levemente, em contraste com a gravidade.

E qual é a vontade do "Pai", dessa figura que é a "origem", a "fonte" de tudo? Que nada, ninguém, se perca. Que o que foi dado seja preservado e, no fim, ressuscitado. "E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas que eu os ressuscite no último dia".

João escreve aqui como um poeta metafísico: é preciso seguir seu ritmo, deixando-se levar pelas imagens. Ele não oferece explicações, mas sim experiências vertiginosas. O significado, porém, é simples: nada se perderá. Contudo, essa simplicidade é uma das mais difíceis de acreditar, especialmente em uma época como a nossa, que aprendeu a conviver com a ideia de que tudo está fadado a desmoronar.

Parece que a vida escorrega por entre nossos dedos, dia após dia, e por isso a perseguimos, esquecendo até mesmo que a estamos vivendo. Se soubéssemos que nada se perderá da beleza da vida e da experiência contraditória e complexa que dela construímos, talvez pudéssemos finalmente encontrar a paz.

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