Leão XIV sai em defesa do trabalho dos professores e professoras: “Cuidado para não prejudicar seu papel social e cultural”

Foto: Vatican Media

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01 Novembro 2025

Interioridade, unidade, amor e alegria. Esses foram os pontos cardeais da missão que o Papa indicou aos professores em relação a seus alunos, durante o encontro que manteve com todos eles na Praça São Pedro, dentro do Jubileu do Mundo Educativo.

A informação é de José Lorenzo, publicada por Religión Digital, 31-10-2025. 

“Eu também fui docente em instituições educativas da Ordem de Santo Agostinho. Por isso eu gostaria de compartilhar com vocês minha experiência”, disse o Papa no início de seu discurso, no qual foi detalhando um a um esses quatro pontos, “princípios que gostaria que se tornassem os pilares de um caminho a percorrer juntos”. Ele também agradeceu “a luminosa constelação de carismas, metodologias, pedagogias e experiências que vocês representam” e com as quais “garantem a milhões de jovens uma formação adequada”.

“É um erro pensar que para ensinar bastam palavras bonitas ou salas de aula bem equipadas, laboratórios ou bibliotecas”, ressaltou o Papa agostiniano, advertindo que vivemos em um mundo dominado por telas e filtros tecnológicos, “muitas vezes superficiais, em que os estudantes, para entrar em contato com sua própria interioridade, precisam de ajuda. E não apenas eles. Também os educadores”.

“Compartilhar o conhecimento não basta para ensinar; é preciso amor. Só assim o conhecimento será proveitoso para quem o recebe, em si mesmo e, sobretudo, pela caridade que transmite”, afirmou Leão XIV, lamentando que “uma das dificuldades atuais de nossas sociedades é não saber valorizar suficientemente a grande contribuição que os mestres e educadores oferecem à comunidade nesse sentido”.

“Tenhamos cuidado”, acrescentou o Papa. “Prejudicar o papel social e cultural dos formadores é hipotecar o próprio futuro, e uma crise na transmissão do saber acarreta uma crise de esperança.” Ele expressou também preocupação com “o crescimento dos sintomas de uma fragilidade interior generalizada, em todas as idades”, nos contextos educativos em que a Igreja está inserida.

“Não podemos fechar os olhos diante desses clamores silenciosos de socorro; ao contrário, devemos nos esforçar por identificar suas causas profundas. A inteligência artificial, em particular, com seu conhecimento técnico, frio e padronizado, pode isolar ainda mais estudantes já isolados, dando-lhes a ilusão de não precisar dos outros ou, pior ainda, a sensação de não serem dignos deles.”

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