• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

“Se a Europa não abandonar sua religião do livre comércio, corre o risco de um desastre social e industrial”. Artigo de Thomas Piketty

Fonte: Unsplash

Mais Lidos

  • “Dilexi te”: o prólogo do Papa Leão. Artigo de Lorenzo Prezzi

    LER MAIS
  • De Trump à "reconstrução" de Gaza, do urbicídio à necrocidade. Artigo de Marco Cremaschi

    LER MAIS
  • A célebre obra de Antoni Negri e Michael Hardt continua atual e nos coloca diante do desafio de aprofundarmos as instâncias democráticas e impulsionadoras de vida no mundo em que vivemos

    Império 25 anos: o desafio de lutar contra as forças monárquicas e aristocráticas e a favor das democráticas. Entrevista especial com Adriano Pilatti

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    26º domingo do tempo comum – Ano C – Um convite: superar a indiferença com a solidariedade concreta

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

09 Outubro 2025

“A principal dificuldade é que a Europa permanece profundamente comprometida com o mais absoluto livre comércio. A União Europeia certamente reconhece a importância de trabalhar por um desenvolvimento sustentável e equitativo, mesmo nos artigos fundadores de seus tratados. Mas, quando se trata de ação, reluta em se afastar muito claramente do livre comércio absoluto, por medo de cair em uma escalada interminável de protecionismo”. A reflexão é de Thomas Piketty, em artigo publicado por Le Monde e reproduzido por Sin Permiso, 05-10-2025. A tradução é do Cepat.

Thomas Piketty é diretor de Estudos da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais da Escola de Economia de Paris e autor de O capital no século XXI (2014) e Capital e ideologia (2020), ambos publicados pela Editora Intrínseca.

Eis o artigo.

Diante da onda trumpista, a Europa, assim como outras partes do mundo, não tem escolha senão repensar fundamentalmente sua doutrina comercial. Sejamos claros: se a Europa não abandonar urgentemente sua religião do livre comércio, corre o risco de um desastre social e industrial sem precedentes. E sem nenhum benefício para o planeta – muito pelo contrário.

Para definir suas tarifas, Donald Trump seguiu uma lógica estritamente nacionalista (o superávit bilateral com os Estados Unidos) e de forma bastante caótica, conforme seu humor mudava. O oposto deve ser feito: as tarifas alfandegárias devem ser fixadas com base em princípios universalistas e previsíveis.

A primeira justificativa para os direitos aduaneiros é que o transporte internacional de mercadorias causa uma poluição específica (7% das emissões globais). Os economistas, durante muito tempo, minimizaram esse custo ambiental ao manter um pequeno valor por tonelada de carbono (entre 100 e 200 euros). Mas o agravamento do aquecimento global levou a uma revisão desses números: os custos decorrentes das emissões – desastres naturais, redução da atividade econômica, etc. – são agora estimados em cerca de mil euros por tonelada, ou até mais, sem sequer levar em conta a perda de bem-estar e os custos não econômicos. Mantendo esse valor, tarifas médias de cerca de 15% deveriam ser aplicadas aos fluxos comerciais globais para compensar o aquecimento associado ao transporte de mercadorias, com variações significativas dependendo das mercadorias.

A segunda justificativa para os direitos aduaneiros é o dumping social, fiscal e ambiental. Alguns países aplicam padrões menos rigorosos do que outros, permitindo que os produtores sediados nesses territórios expulsem seus concorrentes.

Especificamente, a China agora é responsável por 30% das emissões globais, das quais cerca de 20% são emissões exportadas (ou seja, 6% do total global). A mil euros por tonelada, taxas alfandegárias médias de cerca de 80% teriam que ser aplicadas às exportações chinesas para compensar esse custo ambiental. Se nos limitarmos às emissões exportadas líquidas das emissões importadas, ou seja, cerca de 10% das emissões chinesas (3% do total global), terminamos com taxas alfandegárias de cerca de 40%.

Não é um fim em si mesmo

Vejamos o dumping social. Os salários representam 49% do Produto Interno Bruto na China, em comparação com 64% na Europa. Isso distorce a concorrência e exigiria taxas compensatórias de cerca de 15%.

Um cálculo semelhante pode ser feito para o dumping fiscal, especialmente no que diz respeito ao imposto sobre as empresas e aos subsídios estatais.

Assim como no caso do carbono, o objetivo não é penalizar a China como tal, mas forçá-la a pagar salários mais altos, caso em que o imposto compensatório cessaria. A China não precisa acumular superávits comerciais intermináveis: deve primeiro continuar sua descarbonização (mais avançada que os Estados Unidos, por exemplo) e aumentar seus salários e a demanda interna. A longo prazo, se os Estados Unidos não influenciarem em sua trajetória, a Europa e a China terão que impor sanções significativas.

De qualquer forma, os direitos alfandegários não são um fim em si mesmos: podemos dispensá-los se forem estabelecidos acordos vinculativos para atingir os mesmos objetivos. Eles também podem ser substituídos por sanções financeiras específicas, se parecerem mais eficazes. Os valores exatos devem ser definidos após deliberação democrática aprofundada, com total transparência, idealmente no âmbito de assembleias transnacionais.

A verdade é que os valores em jogo são potencialmente muito significativos: entre 50% e 100% dos direitos aduaneiros para compensar as externalidades negativas relacionadas ao frete e ao dumping. Em comparação, o pequeno mecanismo europeu de ajuste de carbono nas fronteiras deverá arrecadar apenas 14 bilhões de euros anualmente até 2030, ou seja, 2% das importações chinesas e 0,5% do total das importações não europeias. Sejamos honestos: isso não terá efeito palpável nos fluxos comerciais. Afirmar o contrário levará a decepções frustrantes.

Necessidade de receita tributária

Dois fatores poderosos podem levar a Europa a mudar de rumo. Por um lado, as pressões sociais e políticas relacionadas à iminente nova onda de perdas de empregos industriais. Por outro lado, a necessidade urgente de receita tributária para pagar o empréstimo europeu de 2020 e financiar novos gastos. Os direitos aduaneiros podem contribuir para isso.

A principal dificuldade é que a Europa permanece profundamente comprometida com o mais absoluto livre comércio. A União Europeia certamente reconhece a importância de trabalhar por um desenvolvimento sustentável e equitativo, mesmo nos artigos fundadores de seus tratados. Mas, quando se trata de ação, reluta em se afastar muito claramente do livre comércio absoluto, por medo de cair em uma escalada interminável de protecionismo.

Este argumento da caixa de Pandora pode ser compreensível, mas não é isento de hipocrisia (foi usado há um século contra qualquer forma de tributação progressiva e, felizmente, foi superado) e, acima de tudo, não está mais de forma alguma adaptado aos desafios atuais.

Para romper o impasse, uma ação unilateral pode ser necessária, visto que alguns países estão adotando medidas nacionais para se protegerem contra o dumping social e ambiental. A julgar pelo caso dos EUA, tal iniciativa poderia partir da direita e dos nacionalistas, o que seria lamentável, pois a lógica de exclusão adotada por esse setor político não resolverá os desafios sociais nem aliviará os sentimentos de abandono que explora para tomar o poder. É hora de a esquerda, na Europa e em todo o mundo, abordar a questão do comércio sustentável e justo e lançar um ambicioso programa de ação.

Leia mais

  • 315º - Capital e ideologia de Thomas Piketty: um breve guia de leitura. Por Alexandre Alves
  • EUA em fragilidade histórica. Artigo de Thomas Piketty
  • Trump fala alto, mas está em apuros. Artigo de Thomas Piketty
  • A crise climática, segundo Thomas Piketty
  • EUA ameaçam impor tarifas se países aprovarem taxação de carbono para o transporte marítimo
  • A fúria cega de Trump sobre tarifas deixa economistas preocupados: "Isso está minando a confiança do mercado"
  • Trump ameaça a UE com tarifas de 35% se não cumprir o investimento de US$ 600 bilhões
  • A economia global entra na era das tarifas de Trump
  • Setor de navegação deixa meta de 1,5ºC a ver navios
  • EUA: Trump nega recursos aos estados para preparação a desastres climáticos
  • Trump corta recursos para renováveis, clima e meio ambiente
  • Trump 2.0 – Mais uma semana de ataques ao clima e meio ambiente dos EUA. Artigo de Cristiane Prizibisczki
  • Transporte marítimo insustentável acelera os danos ao ambiente ártico

Notícias relacionadas

  • Depoimento: Enquanto Ocidente discute burquíni, praias egípcias demonstram tolerância

    “Parei por um momento enquanto fazia as malas para uma viagem de última hora para o litoral norte do Egito, conhecido como Sahe[...]

    LER MAIS
  • Em ruínas, Vila Olímpica dos Jogos de Atenas vira abrigo para refugiados

    A Grécia está abrigando cerca de 2.000 afegãos e outros imigrantes nos estádios degradados dos Jogos de 2004. A maior queixa: [...]

    LER MAIS
  • A difícil relação entre Igreja e Europa. Artigo de Alberto Melloni

    "A Europa continua em perigo, e também está em perigo a consciência da democracia que tornou a Europa necessária aos olhos dos[...]

    LER MAIS
  • A decomposição da Europa já é uma realidade

    Em junho deste ano, Alberto de Nicola foi entrevistado por Bruno Cava sobre o que restou dos movimentos do 15 de Maio na crise “[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados