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Indígenas Guarani e Kaiowá denunciam novo ataque à retomada Yvy Ajere, na TI Panambi – Lagoa Rica

Foto: Renato Santana/Cimi

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05 Setembro 2025

Dois tratores avançaram sobre a retomada e destruíram uma roça e dezenas de mudas de árvores nativas. Relator da CIDH esteve na aldeia em agosto.

A reportagem é de Renato Santana, publicada por CIMI - Conselho Indigenista Missionário, 03-09-2025.

Os Guarani e Kaiowá da Terra Indígena (TI) Panambi – Lagoa Rica denunciam que na tarde desta terça-feira (2) dois tratores avançaram sobre a aldeia retomada Yvy Ajere em ataque à comunidade. Com niveladoras conectadas às máquinas, os veículos agrícolas, conduzidos por homens identificados pelos indígenas como funcionários da propriedade sobreposta à TI, destruíram roças e plantações de mudas nativas.

Conforme os indígenas ouvidos, há indícios e o temor de que uma nova onda de ataque à retomada aconteça. Durante a noite de ontem e a madrugada desta quarta-feira (3), houve movimentação de capangas nas proximidades das casas dos Guarani e Kaiowá. Ato contínuo, um refletor foi acesso e voltado à retomada ofuscando a visão dos indígenas.

Durante a investida com os tratores, a Força Nacional de Segurança Pública, que mantém uma base na TI desde os ataques sofridos pelos Guarani e Kaiowá há um ano, não intimidou os condutores, que avançaram as máquinas mesmo com os agentes federais pedindo que parassem os veículos e saíssem da área retomada.

“A Corte Interamericana considera a destruição dos meios de subsistência dos povos indígenas um grave ataque aos direitos humanos”, diz relator da CIDH

“Os tratores vieram direto da sede da fazenda. Tinha muita criança, mulheres, idosos. Gerou um medo muito grande na gente”, conta uma Guarani e Kaiowá. Como a perseguição e as agressões persistem na região, a identidade da indígena será preservada. “Nós sabemos quem são os homens que estavam pilotando os tratores. Trabalham para o fazendeiro”, diz.

Conforme os Guarani e Kaiowá que foram ao encontro dos tratores ao lado dos agentes da Força Nacional, os condutores dos tratores disseram que os indígenas “atrapalham a

plantação deles e sujam tudo. Disseram que a gente tinha passado do limite. Não é verdade. Uma desculpa porque disseram que iam plantar ao redor das casas, mas na verdade a intenção deles era passar por cima das casas”, explica.

A indígena afirma que os tratores destruíram com a niveladora a roça de macaxeira e abóbora, além de dezenas de mudas de árvores nativas da espécie aroeira – início do projeto de recuperação ambiental da área devastada pelo monocultivo e pasto.

“Eles iniciaram de um lado (mais próximo à estrada de terra), dizendo que iam terminar o serviço deles (preparar o solo para a soja). Então foram para o outro lado, perto da mata, onde as nossas casas ficam. Fomos atrás. Como reagimos, e a Força Nacional apareceu, eles voltaram para a sede”, explica.

Esta nova investida ocorre um ano depois das retomadas da TI Panambi – Lagoa Rica, conhecidas como as “retomadas de Douradina”, em alusão ao município do cone sul do Mato Grosso do Sul, a poucos quilômetros de Dourados, sofrerem – durante cerca de 40 dias – ataques sistemáticos, que deixaram ao menos 20 Guarani e Kaiowá feridos, sendo cinco deles baleados com armas de fogo.

“A gente vai continuar sofrendo esse tipo de ataque se não demarcar a nossa TI. Não vai parar. Infelizmente, o nosso apelo não tem sido escutado pelas autoridades. Como mãe, a gente sofre muito. Se as mulheres enfraquecerem aqui, não sei o que será da gente. Tem um jovem com bala alojada na cabeça atingido nos ataques que sofremos no ano passado”, detalha a Guarani e Kaiowá.

Visita do relator da CIDH à TI Panambi – Lagoa Rica

Comissionário Arif Bulkan, relator para os Povos Indígenas da CIDH, na aldeia retomada Yvy Areje em 21 de agosto de 2025. Créditos: Renato Santana/CIMI

O comissário Arif Bulkan, relator para os Povos Indígenas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), esteve em Mato Grosso do Sul entre os dias 20 e 22 de agosto deste ano. Bulkan visitou a aldeia retomada Yvy Ajere e, acompanhado de lideranças Guarani e Kaiowá da Aty Guasu, caminhou pelo local em que nesta terça os tratores passaram e, há um ano, os indígenas foram amplamente atacados.

Durante evento com os Guarani e Kaiowá de todo o Cone Sul, na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Bulkan destacou: “a Corte Interamericana considera a destruição dos meios de subsistência dos povos indígenas um grave ataque aos direitos humanos. Pelo o que posso constatar os ouvindo e pelos documentos que me entregaram, é o que vem ocorrendo com vocês (Guarani e Kaiowá) em suas terras”.

“Hoje vivemos como um povo refugiado em nosso próprio território. Não temos para onde ir. Hoje estamos na nossa retomada”, diz Germano Guarani e Kaiowá

Há duas petições e duas medidas cautelares impetradas na CIDH pela Aty Guasu, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), FIAN Brasil e Justiça Global. A visita do relator serviu para que os indígenas demonstrassem a ele que as denúncias presentes nas peças jurídicas não tiveram solução por parte do Estado brasileiro.

Na aldeia retomada Yvy Ajere, Bulkan ouviu o relato completo dos ataques sofridos no ano passado pelos Guarani e Kaiowá. O jovem Germano Guarani e Kaiowá, representando a Retomada Aty Jovem (RAJ), leu uma carta ao relator. Lembrou que a TI Panambi – Lagoa Rica foi delimitada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2011. Ou seja, há 16 anos o povo aguarda a conclusão do procedimento.

“Nós não somos invasores ou bandidos. Somos os originários dessa terra. Hoje vivemos como um povo refugiado em nosso próprio território. Não temos para onde ir. Hoje estamos na nossa retomada, na autodemarcação da nossa terra. Envenenaram os nossos rios, destruíram nossas matas e nos atacam, nos matam”, disse Germano.

Pressão política contra as demarcações

“A grande questão da regularização dos territórios é que há uma grande pressão política para que não aconteça”, aponta o procurador da República Marco Antônio Delfino de Almeida. O Ministério Público Federal (MPF) acompanha a situação das retomadas de Douradina e no ano passado, no auge do conflito, buscou um acordo, respaldado pelo governo federal, para o pagamento aos fazendeiros das propriedades sobrepostas à TI com o intuito de destravar a conclusão da demarcação.

“O que estamos buscando com setores do governo são soluções intermediárias que permitam que uma parte desses territórios seja obtida. Uma regularização maior, passados três anos deste governo, eu acho muito difícil”, analisa o procurador. Para ele, a COP 30 pode ser a última possibilidade do atual governo demonstrar seu comprometimento com as demarcações.

Almeida explica, contudo, que “a realidade hoje é muito complicada. A gente não viu os procedimentos demarcatórios caminharem. Algo que é complicado também, o principal ponto, infelizmente um legado deste governo, que a partir do momento que você não tem a demarcação dos territórios, a partir do momento que você tem uma legislação ambiental menos protetiva, está aí o PL da Devastação, vai haver um novo impacto, não apenas nos territórios não regularizados, mas como nos demais”.

“Não se trata de um problema financeiro. É uma questão racista. Não há outra explicação. ‘Eu entendo que essas pessoas não são dignas disso aqui’. Vemos isso no próprio Poder Judiciário”, diz procurador

Sobre o caso de Douradina, a TI Panambi – Lagoa Rica, o procurador do MPF aponta como “um caso simples”, mas que esbarra na falta de reconhecimento do Estado de que “fez uma besteira” há cerca de 80 anos quando concedeu títulos sobre uma Terra Indígena – praticamente todos os territórios indígenas do Mato Grosso do Sul sofreram com esse tipo de erro e além do desterro contemporâneo, motivador das retomadas, as reservas superlotadas são outras consequências desse erro.

“É interessante que esse tipo de erro já foi reconhecido mesmo em países anti-indígenas. Nos Estados Unidos, logo após a Segunda Guerra Mundial, foi criada uma comissão que visava reexaminar a relação do governo com os povos indígenas. O objetivo era verificar se os tratados celebrados foram feitos de má-fé ou boa-fé, se houve erros. Durante 30 anos aconteceu essa revisão, o reconhecimento dos erros e a indenização. Revisaram tratados do século XIX”, ilustra o procurador.

Para Almeida, sequer essa decisão simples o governo federal é capaz de tomar. “Não se trata de um problema financeiro. É uma questão racista. Não há outra explicação. ‘Eu entendo que essas pessoas não são dignas disso aqui’. Vemos isso no próprio Poder Judiciário. Você tem provas de que a comunidade foi deslocada de maneira forçada, caso do Guyraroká. Deslocamento forçado é um crime contra a humanidade. A partir do momento que eu não reconheço isso, estou negando a humanidade dessas pessoas. Essa é a base do racismo”, conclui.

 Leia mais

  • Retomadas Guarani: “Essa terra pertence a nós”
  • Novas retomadas Mbya Guarani, Kaingang e Xokleng no Rio Grande do Sul: retornos às memórias, aos territórios e à vida. Artigo de Roberto Liebgott
  • Milícias voltam a atacar povo Guarani e Kaiowá, desta vez no tekoha Pakurity; é urgente presença do Estado
  • Após casas de reza incendiadas, Guarani-Kaiowá resistem a avanço evangélico e pedem ajuda
  • “Sem demarcação, Kaiowá e Guarani vão continuar morrendo”. Ato Guarani e Kaiowá em Brasília
  • Massacre Guarani Kaiowá e o direito de (r)existir. Violência e omissão do Estado. Artigo de Gabriel Vilardi
  • Rio Grande do Sul e a marginalização Guarani. Artigo de Gabriel Vilardi
  • Revisitando a “Carta Guarani Kaiowá”: repercussões, retomadas

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