Parlamento israelense pede a anexação da Cisjordânia

Foto: Anadolu Ajansi

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29 Julho 2025

O Knesset, o Parlamento de Israel, aprovou, na quarta-feira, 23, moção simbólica que anexa a Judeia e a Samaria – área denominada de Cisjordânia – como parte inseparável do Estado de Israel. “O Knesset determina que o Estado de Israel tem o direito natural histórico e legal a todas as áreas da Terra de Israel, a pátria histórica do povo judeu”, reza a moção.

A reportagem é de Edelberto behs.

A informação é de “O All Israel News”, de Jerusalém. A moção, que não terá efeito imediato na política, foi aprovada com o apoio do partido ortodoxo, que deixou o governo, e pelo oposicionista Yisrael Beitenu. Ela foi contestada, porém, pelo Partido Democrata, de esquerda, e os três partidos árabes.

“Esta moção fortalecerá o Estado de Israel e sua segurança evitará qualquer desafio ao direito básico do povo judeu à paz e à segurança em sua terra natal”, diz o texto, que também se opõe a um Estado palestino no mesmo território. Após a votação, o presidente do Knesset, Amir Ohana, do Likud, disse que os “os judeus não podem ser os ‘ocupantes’ de uma terra que há 3 mil anos se chama Judeia”.

O Parlamento apela ao governo para que aja prontamente “para aplicar a soberania – lei, jurisdição e administração israelitas – a todas as áreas de colonização judaica nas suas várias formas na Judeia, Samaria e no Vale do Jordão”.

A votação do Knesset, aprovada por 71 a 3, não terá implicações práticas para o status do território da Judeia e Samaria, que tem sido governado por Israel e pela Autoridade Palestina, como definido nos Acordos de Oslo, de 1993. Atualmente, vivem na área, que inclui partes de Jerusalém Oriental, milhões de palestinos e cerca de 500 mil judeus.

O deputado democrata Gilad Kariv publicou no X que “a anexação da Judeia e Samaria é um perigo claro para o futuro do Estado de Israel e para o empreendimento sionista”. O recém-eleito vice-presidente da Autoridade Palestina, Hussein al-Sheik, definiu a votação do Knesset como uma “escalada perigosa que mina as perspectivas de paz, estabilidade e a solução de dois Estados”.

O Ministério das Relações Exteriores e Expatriados da Palestina rejeitou a moção, sustentando que tais “medidas coloniais” reforçam um sistema de “apartheid” e refletem um “flagrante desrespeito” a resoluções das Nações Unidas.

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