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Médico católico assombrado pelo trabalho em Gaza: "Todos os dias revivo o que vi"

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15 Abril 2025

O doutor Greg Shay sabia que poderia não voltar vivo de Gaza. Sua esposa, Linda, implorou para que ele não fosse. Seus filhos fizeram uma intervenção por telefone, suas vozes carregadas de desespero.

A reportagem é de Camillo Barone, publicada por National Catholic Reporter, 14-04-2025. 

O pneumologista pediátrico aposentado de 70 anos de San Francisco decidiu que não tinha escolha. A guerra Israel-Hamas cortou o fornecimento de medicamentos essenciais para pacientes jovens com fibrose cística em Gaza. Os médicos que ele havia treinado lá alguns anos antes se sentiram abandonados.

Ele precisava voltar.

Antes de partir no início de outubro, ele se sentou no silêncio da Basílica de São José em San Francisco, frente a seu padre. "Quero os últimos ritos", disse ao pastor, Padre Mario Rizzo.

O padre hesitou. "Não acho que você entenda o que são os últimos ritos".

Shay sussurrou: "Eu posso morrer lá", as lágrimas atravessando a determinação de um homem que, segundo sua própria admissão, geralmente era um "durão".

Rizzo deu a Shay uma bênção especial, ungiu-o com óleo de crisma e o incentivou a levar um rosário. Shay optou por confiar em seus 10 dedos para orar, deixando para trás seus preciosos rosários de Fátima e de contas de prata, levando para Gaza apenas sua fé e uma medalha de Maximiliano Kolbe no bolso.

Enquanto Israel expande sua operação militar em Gaza, tomando grandes áreas de terra e ordenando evacuações em massa, a crise humanitária no enclave se aprofunda. A ofensiva, descrita por autoridades israelenses como um esforço para "destruir e limpar" o Hamas, já causou centenas de mortes palestinas desde o colapso de um cessar-fogo em 18 de março. Enquanto isso, Israel continua bloqueando a ajuda humanitária, e as Nações Unidas alertam que Gaza está à beira da fome. Todas as 25 padarias do Programa Mundial de Alimentos foram fechadas devido à falta de farinha e combustível.

A presidente da Cruz Vermelha, Mirjana Spoljaric, em 11 de abril, descreveu a crise humanitária em Gaza como "o inferno na Terra", alertando que as pessoas estão sem acesso a água, eletricidade e comida, e que o hospital de campanha da organização ficará sem suprimentos em duas semanas.

Em 13 de abril, Domingo de Ramos, Israel atacou o Hospital Al-Ahli, na Cidade de Gaza, informou a Associated Press. Uma criança morreu durante a evacuação porque a equipe médica não conseguiu prestar os cuidados urgentes necessários, segundo o ministério da saúde de Gaza.

A Diocese Episcopal de Jerusalém, que administra o hospital, afirmou que os ataques destruíram um laboratório e danificaram a farmácia e os edifícios do departamento de emergência do hospital. A diocese disse que esse foi o quinto ataque ao hospital desde o início da guerra.

Israel has bombed al-Ahli Hospital, putting north Gaza’s last functioning medical facility out of service. Critically ill Palestinian patients were forced to flee the Christian hospital before dawn on Palm Sunday with only a moment’s notice. pic.twitter.com/gYiP893Kzh

— Al Jazeera English (@AJEnglish) April 13, 2025

Shay passou sua vida cuidando dos pulmões frágeis de crianças, mas na última década, sua missão se expandiu para zonas de guerra, campos de refugiados e áreas devastadas por desastres ao redor do mundo. "Sou de uma família católica irlandesa muito forte de Boston", disse Shay. "Sou católico desde o berço e provavelmente me tornei mais religioso na faculdade".

Ele trabalhou por três décadas em um centro de saúde da Kaiser Permanente, especializado em doenças pulmonares pediátricas e no tratamento de crianças com fibrose cística. Aposentou-se em 2014 com um sonho que muitos médicos compartilham: fornecer cuidados aos mais vulneráveis do mundo.

"Eu não faço essas viagens só porque sou católico", disse. "Faço isso [como] um humanitário. Sou um ser humano". Fez sua primeira missão no Oriente Médio em 2016. "Acabei me apaixonando pelo povo sírio", disse. Ele trabalhou em quatro campos de refugiados sírios.

De Jordânia a Grécia, do Líbano à Síria, seu trabalho com as organizações humanitárias internacionais MedGlobal e a Syrian American Medical Association o levou ao coração do conflito, onde famílias deslocadas lutam pela sobrevivência.

Seu trabalho humanitário logo se expandiu para outros continentes. Trabalhou duas vezes nos campos de refugiados rohingya em Bangladesh, passou por seis missões no país no total e viajou para a Ucrânia no auge da guerra para administrar um orfanato para crianças evacuadas das zonas de combate. Ele realizou 35 missões médicas desde 2016.

A esposa de Shay, Linda, uma dermatologista pediátrica, se juntou a ele em algumas viagens desde que se aposentou em 2020. "Minha esposa é cinco anos mais jovem que eu, então ela diz: 'Ok, você tem cinco anos para fazer o que quer fazer'", disse Shay. "Não há lugar em que eu preferiria estar do que ajudando as pessoas ao redor do mundo".

Suas viagens o levaram a Gaza duas vezes antes da guerra, em novembro de 2022 e março de 2023. Seu trabalho médico lá assumiu uma nova urgência depois que o Hamas atacou Israel em 07-10-2023, matando cerca de 1.200 civis israelenses e fazendo mais de 250 reféns. O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que pelo menos 50.000 palestinos morreram em Gaza desde o ataque do Hamas a Israel.

Shay foi a Gaza através da MedGlobal em 2022 e 2023 para ajudar a criar um programa de fibrose cística.

A doença causa infecções pulmonares crônicas e impede que os pacientes absorvam alimentos sem medicamentos especiais. Nos EUA, os avanços no tratamento aumentaram a expectativa de vida de 10 anos na década de 1960 para mais de 40 anos hoje. Mas em Gaza, onde o acesso a medicamentos essenciais já era restrito antes da guerra, as crianças raramente viviam além dos 15 anos, disse Shay.

Shay trabalhou com médicos locais, especialmente no Hospital Infantil Al-Rantisi, na Cidade de Gaza, para implementar um modelo de tratamento semelhante ao dos Centros da Cystic Fibrosis Foundation dos EUA.

Sua missão também incluiu a realização de uma conferência de dois dias para treinar enfermeiros e pediatras sobre o manejo da doença. O objetivo era claro: estender a vida dos pacientes até os 20 ou 30 anos usando os melhores medicamentos disponíveis.

Mas desde o início da guerra, o governo israelense bloqueou os medicamentos mais eficazes, disse Shay.

Um mês após o início da guerra, as Forças de Defesa de Israel atacaram o Hospital Infantil Al-Rantisi, destruindo todo o equipamento que Shay havia comprado durante missões anteriores à guerra. O IDF alegou que o Hamas havia localizado suas bases operacionais em túneis sob o hospital; os funcionários do hospital disseram que o subsolo do Al-Rantisi havia sido usado como abrigo para mulheres e crianças.

O impacto da guerra no frágil sistema médico de Gaza foi catastrófico. A destruição do Al-Rantisi forçou os médicos a se relocarem para o Hospital Nasser, em Khan Younis, onde lutaram para cuidar de cerca de 150 pacientes com fibrose cística de todo o território. Enquanto isso, as restrições israelenses às entregas de ajuda cortaram o acesso a enzimas pancreáticas — essenciais para os pacientes digerirem alimentos — levando à desnutrição e morte.

"Algumas das crianças morreram nos bombardeios, mas muitas morreram de desnutrição porque não conseguiram obter todos os seus medicamentos, ou morreram de sua fibrose cística porque não conseguiram receber nenhum de seus tratamentos respiratórios ou antibióticos", disse Shay.

"Acreditamos que restam apenas cerca de 70 dos 120 pacientes com fibrose cística ainda vivos em Gaza", afirmou.

Desde dezembro, nenhum médico estrangeiro tem sido autorizado a entrar em Gaza. Quando Shay finalmente retornou ao Hospital Nasser em outubro, quase um ano após o início da guerra, o sistema de saúde que ele havia ajudado a construir já havia desaparecido. Sua missão de dar aos pacientes com fibrose cística de Gaza uma chance de lutar estava enterrada sob os escombros.

Shay disse que o hospital estava além de sua capacidade de 440 leitos, com 660 pacientes. A ala pediátrica, projetada para 40 leitos, abrigava 140 crianças doentes. Em muitos casos, dois ou três pacientes compartilhavam uma única cama. Outros estavam lado a lado em tapetes finos nos corredores superlotados, onde a equipe do hospital lutava para cuidar deles com recursos cada vez mais escassos.

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