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O Paradoxo de Frankenstein: o derretimento das geleiras e a segurança hídrica global

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18 Março 2025

“A analogia com Frankenstein mostra que, no contexto atual, a humanidade enfrenta uma encruzilhada semelhante à narrada nesta obra. Podemos optar por reconhecer e corrigir nossos erros passados, adotando enfoques integrais e orientados à gestão da complexidade e a incerteza no gerenciamento da água, ou continuar por um caminho de exploração insustentável que leva à degradação ambiental, à escassez crônica de água e, por fim, a níveis mais baixos de desenvolvimento social e econômico”, escreve Gonzalo Delacámara, especialista mundial em economia dos recursos naturais, em artigo publicado por Ethic, 17-03-2025. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Mary W. Shelley (1797-1851) cresceu exposta a conversas entre poetas e cientistas e, assim, inspirou-se em uma série de teorias científicas, filosóficas e tecnológicas emergentes de sua época. Sua obra Frankenstein ou o Prometeu moderno (1818), concebida em Genebra, reflete o medo dos limites éticos da ciência e do poder do conhecimento sem controle.

Em seu romance, o Dr. Victor Frankenstein desafia os limites da natureza ao criar vida, enfrentando consequências imprevistas e devastadoras. Esta narrativa clássica ressoa profundamente no contexto contemporâneo da gestão da água e a adaptação às mudanças climáticas, também ao considerar a perda de geleiras e suas implicações para a segurança hídrica global, um tema que orienta a ação do sistema da ONU em relação à água, em 2025, e em torno do qual se comemora, nesta semana (22 de março), o Dia Mundial da Água.

Segundo dados de um estudo publicado pela equipe científica do Glacier Mass Balance Intercomparison Exercise (GlaMBIE), em fevereiro de 2025, na revista Nature, entre 2000 e 2023, as geleiras da Terra perderam aproximadamente 6,542 bilhões de toneladas de gelo, volume equivalente ao consumo mundial de água potável durante três décadas. Esta perda de massa de gelo é 18% maior do que a perda da camada de gelo da Groenlândia, onde acontecem coisas mais relevantes do que as eleições de 11 de março ou a interferência do novo governo dos Estados Unidos, e mais que o dobro da perda da camada de gelo da Antártida.

As geleiras são indicadores da mudança climática antropogênica em curso. Seu derretimento provoca um aumento dos riscos geológicos locais (como deslizamentos de terra) e afeta tanto os ecossistemas marinhos quanto os terrestres, os recursos de água doce disponíveis nessas áreas e os ciclos globais de água e energia. Junto com as camadas de gelo nos polos, as geleiras concentram 69% dos recursos de água doce do planeta e também são as principais impulsionadoras do aumento do nível do mar.

Assim como em Frankenstein, o desejo humano de dominar e explorar os recursos naturais levou à construção de infraestruturas hídricas em massa. A ideia subjacente era clara: acumular água quando se tinha, para usar quando necessário, e transportar água de um lugar para outro em função de sua disponibilidade relativa. Seria absurdo e irresponsável negar o papel dessas obras, em muitos momentos, no desenvolvimento agrícola e industrial, mas, em certas ocasiões, em diferentes lugares do mundo, essas soluções foram desenvolvidas sem uma compreensão completa de alguns de seus impactos a longo prazo.

Desse modo, a superexploração de aquíferos e a alteração de cursos fluviais, por exemplo, resultam na degradação de ecossistemas e na diminuição da disponibilidade de água doce. Atualmente, mais da metade da população mundial, cerca de 4,4 bilhões de pessoas, não tem acesso à água potável segura. Por exemplo, 1,2 bilhão no Sul da Ásia, 950 milhões na África subsaariana, 850 milhões no Leste da Ásia, 500 milhões no Sudeste Asiático e 400 milhões na América Latina e no Caribe.

Assim como Victor Frankenstein se esquivou da responsabilidade por sua criação, a sociedade mundial demonstra uma tendência a priorizar soluções técnicas imediatas em detrimento a enfoques sustentáveis de longo prazo. Alguns projetos de grande escala ainda são executados hoje sem considerar plenamente o seu impacto ambiental e social. Em determinadas regiões do mundo, essas falhas de planejamento levam à perda de biodiversidade (como no Rio Xingu, Pará, Brasil), ao deslocamento forçado de comunidades (quase 1,5 milhão de pessoas na Bacia do Indo, no Paquistão) e a alterações nos ciclos hidrológicos.

A natureza, assim como a criatura de Frankenstein, possui dinâmicas e equilíbrios intrínsecos que desafiam o controle absoluto. Estratégias de adaptação às mudanças climáticas que buscam trabalhar em harmonia com os processos ecológicos, como a agricultura regenerativa (um passo a mais nos enfoques da economia circular) e as soluções baseadas na natureza, reconhecem a importância de respeitar esses limites. No entanto, a diminuição das geleiras representa uma ameaça significativa à segurança hídrica. A perda em massa das geleiras não só reduz as reservas essenciais de água doce, como também contribui para o aumento do nível do mar, que afeta 3,3 bilhões de pessoas (40% da população mundial), segundo o Sexto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

A analogia com Frankenstein mostra que, no contexto atual, a humanidade enfrenta uma encruzilhada semelhante à narrada nesta obra. Podemos optar por reconhecer e corrigir nossos erros passados, adotando enfoques integrais e orientados à gestão da complexidade e a incerteza no gerenciamento da água, ou continuar por um caminho de exploração insustentável que leva à degradação ambiental, à escassez crônica de água e, por fim, a níveis mais baixos de desenvolvimento social e econômico. O alerta recente da NASA sobre a diminuição dos níveis de água doce na Terra, com uma redução média de 1.200 quilômetros cúbicos, entre 2015 e 2023, em comparação ao período de 2002 a 2014, manifesta a urgência de se adotar enfoques proativos orientados à gestão de oportunidades e riscos, não apenas de crises.

No romance, o monstro de Frankenstein e seu criador, o doutor, têm um encontro crucial nas geleiras do Mont Blanc, especificamente no Mar de Gelo (Mer de Glace), nos Alpes franceses. Esta cena é fundamental na história, pois o monstro, isolado e ferido pela rejeição da humanidade, confronta seu criador em meio à paisagem congelada, exigindo respostas. Assim como na crise de segurança hídrica em nível mundial, o mais impressionante em Frankenstein é que a tragédia não depende do mal, não precisa nem sequer de vilões.

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