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“O ciclo da água se tornou imprevisível”. Entrevista com Jeremy Rifkin

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07 Novembro 2024

O sociólogo estadunidense Jeremy Rifkin fala sobre como pecamos ao acreditar que podíamos dominar a hidrosfera, que agora se contorce em forma de inundações. Em seu livro Planet Aqua, convida-nos a repensar a sociedade em torno de uma economia azul.

“As inundações, as secas, as ondas de calor, os incêndios florestais... toda a infraestrutura desabou. E toda a cosmovisão que temos entrou em colapso com ela”, afirma.

Durante séculos, acreditamos que vivíamos em um planeta terrestre, quando, na realidade, vivemos em um planeta de água. “Cabe reconstruir a sociedade, a forma como nos organizamos economicamente, quais são os nossos valores e como deve ser a nossa cultura”, manifesta.

Rifkin sugere que o próximo passo na história da humanidade é renomear o nosso planeta como Planeta Água e promover uma Economia Azul que complemente a Economia Verde.

A entrevista é de Laura C. Liébana, publicada por La Razón, 31-10-2024. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Qual é a visão central de ‘Planet Aqua’?

Esquecemos, mas em 1972 a famosa foto da “Terra” tirada pela missão Apollo 17 mostrou um planeta azul, não verde. Esta mudança de perspectiva é fundamental para entender a crise ambiental que vivemos. Com toda probabilidade, perderemos cerca de 50% de todas as espécies que habitam a Terra nas próximas oito décadas. A última vez que tivemos uma extinção dessa dimensão foi há 65 milhões de anos. Temos cerca de 11 anos para transformar completamente a civilização e aprender a viver de outra forma neste planeta.

Como chegamos a esta crise?

Tudo remonta há 6.000 anos, na Mesopotâmia, quando as civilizações começaram a tratar a água como um recurso utilitário em vez de uma fonte de vida. Seguiu com a criação de canais. Iniciou o que eu chamo de “civilização hidráulica urbana”, que atingiu o seu ápice no século XX, com megaprojetos como a Barragem Hoover e a das Três Gargantas. Hoje, estas infraestruturas estão à beira do colapso e o ciclo da água, alterado pelas mudanças climáticas, tornou-se imprevisível.

Como a mudança climática afeta a hidrosfera?

A hidrosfera terrestre está nos levando a uma extinção em massa, enquanto busca um novo equilíbrio. Daí os invernos com nevascas históricas, os furacões no outono com inundações extremas e as secas devastadoras no verão, que provocam estragos nos ecossistemas, nas infraestruturas e na sociedade. Conforme as temperaturas aumentam devido às emissões de gases do efeito estufa, para cada grau adicional, a atmosfera absorve 7% a mais de água dos rios, mares e solos. Isto cria eventos extremos: chuvas torrenciais, dilúvios e ondas de calor que devastam ecossistemas e causam enormes perdas humanas e econômicas.

Como podemos reconfigurar a nossa relação com a água?

Devemos ver a água como uma força vital, não como um recurso. Durante milênios, alteramos rios e bacias para expandir as nossas cidades e populações, mas agora estamos pagando o preço. A hidrosfera está se tornando selvagem e foge do nosso controle, o que exige uma visão completamente nova da infraestrutura e gestão da água. Isto significa que as infraestruturas criadas para manipular a água devem ser repensadas. A Europa, particularmente, é o continente que mais rápido está aquecendo e está em alto risco climático.

Qual o papel que a Europa e a Espanha têm nesta situação?

A Europa e a Espanha, em particular, enfrentam um aquecimento acelerado e fenômenos climáticos extremos, como secas, incêndios florestais, cheias e inundações. A Agência Europeia do Ambiente alerta para uma crise climática sem precedentes nos próximos 20 anos. A Espanha pode se tornar um clima desértico até 2050, mas também tem a oportunidade de liderar uma “economia azul”, que complemente o Acordo Verde Europeu.

O que você propõe?

Precisamos de uma revolução conceitual. Em vez de vermos a água como um recurso, devemos considerá-la uma fonte de vida. Isto implica transformar as nossas infraestruturas em sistemas descentralizados, como a coleta de água dos telhados, a despavimentação, a infraestrutura verde para permitir a infiltração de água nos aquíferos e redes de água distribuídas que suportem secas e ondas de calor. Além disso, devemos adotar uma governança biorregional como uma alternativa aos Estados-nação para gerir ecossistemas.

Já existem exemplos. Oito estados dos Estados Unidos e duas províncias canadenses compartilham os Grandes Lagos na governança biorregional. E você sabe quanta água existe lá? São 20% de toda a água doce superficial do planeta. A China tem oito biorregiões. A Europa uma: França e Espanha têm a única biorregião, com Occitânia, Pireneus e as Ilhas Baleares... Vocês são os únicos.

Como isso se relaciona com a terceira revolução industrial?

Esta terceira revolução industrial é digital, descentralizada e sustentável. Hoje, milhões de pessoas geram a sua própria energia solar e eólica. Da mesma forma, logo veremos microrredes de água que permitam às comunidades coletar, armazenar e gerir a água sem depender de sistemas hidroelétricos gigantes. A descentralização é fundamental para reduzir a nossa dependência de infraestruturas centralizadas, pertencentes a empresas que não têm o seu lugar garantido no futuro, daqui a 40 anos (por isso, a Meta e o Google não estão mais apenas no Vale do Silício, estão em todo o mundo porque os recursos são globais).

Como será a relação entre a humanidade e a água no futuro?

Precisamos de uma mudança de paradigma. Se reconhecermos que vivemos em um planeta aquático e tratarmos a água como uma fonte de vida, podemos reduzir os efeitos desta crise e desenvolver um “Acordo Azul” que complemente o Acordo Verde. A Espanha e a Europa, que já enfrentam os efeitos da crise hídrica, têm a oportunidade de liderar esta mudança. Enquanto escrevia o livro, a União Europeia começou a considerar um acordo azul. Estão começando a dizer: “ei, precisamos de um acordo azul porque a água não está aí quando precisamos dela”.

Devemos repensar a forma como usamos e compartilhamos a água; desenvolver infraestruturas que se adaptem à mudança climática, em vez de tentar dominá-la. Somos parte de um todo. Tudo está conectado. É nesta direção que devemos ir, caso desejemos manter a nossa pequena experiência no universo. Por mais que procuremos água em outros lugares, por enquanto, só a temos aqui, em nosso planeta e em nosso corpo.

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