17 Janeiro 2025
O anúncio do multimilionário Mark Zuckerberg, dono da Meta, de que está encerrando seu programa de verificação de fatos no Instagram, Facebook e WhatsApp, gerou fortes reações à esquerda e à direita do espectro religioso, estas, menos divulgadas por aqui.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
O diretor de Criação e cofundador da The Radiance Foundation, Ryan Bomberger, titulou sua coluna no portal The Christian Post, que se alinha com os evangélicos conservadores nos Estados Unidos, “Desculpe, Mark Zuckerberg, não confiamos em você em relação à liberdade de expressão”.
“O Facebook implementou um dos esforços de censura mais escandaloso da história americana. E agora nós devemos acreditar – depois de anos de interferência eleitoral e demonização imerecida – que eles querem abraçar a liberdade de expressão?” – fuzila Bomberger no primeiro parágrafo da sua coluna.
Ele referiu-se às proibições da plataforma de impulsionar quaisquer postagens que tratassem do aborto, no caso da Radiance, em defesa da vida. Muitos americanos de direita, prosseguiu Bomberger, “foram silenciados pela Meta, apesar de suas repetidas alegações de neutralidade. ... É difícil para mim entender o fato de que uma empresa americana pisoteou o próprio direito que deu voz à sua plataforma: a Primeira Emenda (da Constituição estadunidense)”.
Já Robert Netzly, CEO da Inspire Investing, que se entende biblicamente responsável quanto a investimentos no mercado de ações, se vangloriou, também em coluna no The Christian Post, do papel que a empresa desempenhou “na recente decisão surpreendente da Meta de encerrar seu controverso programa de verificação de fatos e suas políticas de censura”, conduzindo a Meta “em direção a uma sociedade mais inclusiva, livre e que glorifica a Deus”.
A nova postura da Meta, na avaliação de Netzly, promoverá “um ambiente de diálogo aberto e debate respeitoso que não apenas restauraria a confiança, mas também aumentaria o engajamento do usuário e o valor do acionista. Exigimos um assento à mesa enquanto a Meta trabalha nos detalhes de suas novas políticas de moderação de conteúdo para garantir que as vozes dos cristãos e de outros que compartilham nossos valores conservadores e bíblicos sejam ouvidos”.
A Inspire Investing tem a firme convicção de que as empresas “devem alinhar suas práticas com princípios morais e éticos enraizados nas Escrituras”, define Netzly. Para os investidores, afirmou o colunista, “essa mudança ressalta a importância do investimento baseado em valores”. As mudanças da Meta, prosseguiu, “servem como um testamento do poder da ação baseada em princípios e orações no mercado”.
Como líder de uma “corretora” cristã, Netzly concluiu: “Juntos podemos continuar a influenciar o mercado para a glória de Deus, garantindo que os recursos a nós confiados sejam usados para promover o bem, o verdadeiro e o belo. Permanecemos firmes em nossa missão de inspirar a transformação para a glória de Deus e estamos ansiosos para continuar esse importante trabalho nos próximos dias”.
Valha-nos Deus!