Coca-Cola adia metas de reciclagem e redução de plásticos de uso único

Foto: Flickr / World Resources Institute

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06 Dezembro 2024

A gigante norte-americana recuou de sua promessa de atingir 25% de embalagens reutilizáveis até 2030, o que ampliará a produção de plástico de uso único.

A informação é publicada por ClimaInfo, 05-12-2024.

Na surdina, enquanto as atenções estavam voltadas para a última rodada de negociações sobre o tratado global contra a poluição plástica, um dos principais consumidores mundiais de plástico abandonou suas metas para reduzir a produção desse resíduo até o final desta década. A Coca-Cola recuou de seu compromisso de atingir 25% de embalagens reutilizáveis e de utilizar 50% de materiais recicláveis em suas embalagens até 2030.

Os novos objetivos corporativos da Coca-Cola para o uso de plástico são bem menos ambiciosos que os antigos. Sobre o uso de embalagens reutilizáveis, a empresa simplesmente abandonou metas quantitativas e agora afirma que “pretende continuar” investindo nesse tipo de prática onde “a infraestrutura já existe”.

Já sobre o uso de material reciclado em suas embalagens, a nova meta foi alterada para 35%-40%, a ser alcançada cinco anos depois do prazo original, em 2035. Outra meta alterada foi aquela que definia que a Coca-Cola coletaria e reciclaria uma lata ou garrafa para cada unidade vendida até o final da década. Agora, o objetivo é atingir entre 70% e 75%.

As metas originais foram apresentadas em 2018 e constavam no site corporativo da empresa. Na semana passada, essas informações foram retiradas da página sem nenhum alarde e substituídas pelos novos compromissos. A mudança irritou organizações ambientalistas, que acusaram a gigante norte-americana de enfraquecer os esforços internacionais para reduzir a poluição plástica em um momento crítico, enquanto os países discutem um novo acordo global.

“A decisão da Coca-Cola de dobrar a aposta no plástico de uso único, acabando com suas metas de reduzir o plástico virgem e aumentar as embalagens reutilizáveis, é míope, irresponsável e digna de ampla condenação”, afirmou Matt Littlejohn, da organização Oceana. “A nova política torna provável que muitos bilhões de garrafas e copos plásticos de uso único continuem a inundar nossos cursos d’água e mares”.

Em nota publicada na última 2ª feira (2/12), a Coca-Cola justificou a mudança em seus objetivos para o plástico, argumentando se tratar de “[uma] evolução informada por aprendizados reunidos por meio de décadas de trabalho em sustentabilidade, avaliação de progresso e desafios identificados”. De acordo com o texto, a empresa está priorizando “metas e ações que buscam melhorar a segurança hídrica em locais de alto risco, reduzir o desperdício de embalagens e diminuir as emissões [de gases de efeito estufa]”, com prazo estendido até 2035.

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