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COP 29, um espaço necessário, mas ineficaz. As boas intenções não são suficientes contra o clima doente. Artigo de Carlo Petrini

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28 Novembro 2024

"Depois do acordo de Paris, de fato, o andamento das COPs parece seguir exatamente o mesmo roteiro: milhares de pessoas (ativistas, jornalistas, políticos, lobistas) se encontram para discutir em diferentes mesas, realizando mediações laboriosas, apenas para chegar no último momento com decisões que são sempre inferiores em relação aos objetivos estabelecidos. Um ritual que desvaloriza o encontro político mais importante do período histórico em que vivemos", escreve Carlo Petrini, fundador do Slow Food, ativista e gastrônomo, sociólogo e autor do livro Terrafutura (editora Giunti e Slow Food), no qual relata suas conversas com o Papa Francisco sobre ecologia integral e o destino do planeta, em artigo publicado por La Stampa, 26-11-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Há poucos dias terminou a COP 29 em Baku. Antes de qualquer análise crítica do desenvolvimento e dos resultados, é bom dizer que esse encontro anual é o único em condições de reunir 197 países com o objetivo de discutir e aprofundar as questões climáticas. Um espaço necessário, que deve ser mantido, se não até ampliado. No entanto, também a COP deste ano provou ser ineficaz, especialmente quando comparada à emergência climática e seus efeitos cada vez mais violentos.

“O gás e o petróleo são um dom de Deus”. Com essas palavras, o autocrata azerbaijano Ilham Aliyev abriu a 29ª Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas. Pelo segundo ano consecutivo, de fato, a COP – ou seja, um sistema baseado no multilateralismo - foi realizada em um país com forte presença na indústria da extração. A propósito, 40% do PIB do Azerbaijão é baseado no setor dos hidrocarbonetos. O gás e o petróleo também respondem por cerca de 90% das exportações dessa ex-república soviética. Assim, imediatamente ficou claro que as expectativas daquela parte do país mais sensível às instâncias ambientais corriam o risco de serem seriamente desatendidas. Apesar disso, foi mais uma vez o encerramento dos trabalhos que prejudicou seriamente a credibilidade desse encontro.

Depois do acordo de Paris, de fato, o andamento das COPs parece seguir exatamente o mesmo roteiro: milhares de pessoas (ativistas, jornalistas, políticos, lobistas) se encontram para discutir em diferentes mesas, realizando mediações laboriosas, apenas para chegar no último momento com decisões que são sempre inferiores em relação aos objetivos estabelecidos. Um ritual que desvaloriza o encontro político mais importante do período histórico em que vivemos.

Basta ressaltar que, em apoio a essa tese, no documento final de Baku nem sequer é mencionado aquele dado que - a partir de Paris – tinha se tornado o objetivo simbólico desses encontros, ou seja, a contenção das temperaturas em +1,5°C em relação aos níveis pré-industriais.

Neste ano de 2024, de fato, chegou-se bem perto desse limite e alguns cientistas afirmam que até já foi ultrapassado. Em vista disso, a questão da mitigação representou o verdadeiro fracasso desse último encontro. Já nas semanas que antecederam Baku, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) havia alertado que, com os atuais NDCs (planos nacionais não vinculantes que evidenciam as ações para a mudança climática de cada um dos países), o aquecimento global, na melhor das hipóteses, excederá o valor de +2,6°C até o final do século, com efeitos realmente apocalípticos. Pois bem, justamente a mesa da mitigação foi a mais incandescente, até mesmo do ponto de vista do confronto, já que alguns países, entre os quais se destaca a China, declararam que não querem se submeter a nenhuma restrição às emissões de CO2.

E se à posição da República Popular da China acrescentarmos aquela preocupante do novo presidente dos Estados Unidos, Trump, o que resulta é que as duas primeiras nações em termos de emissões (sozinhas, respondem por mais de 40% do total global) permanecem indiferentes à questão climática.

Isso é o que é mais impacta e prejudica até mesmo os pequenos passos que foram dados na mesa do financiamento climático, ou seja, a mobilização de fundos para os países em desenvolvimento que estão mais ameaçados pelos efeitos da crise ambiental.

Se, mesmo nessa frente, a contribuição de Pequim parece realmente ridícula (poucos milhões de dólares, uma ninharia oferecida para reivindicar um domínio político sobre determinadas zonas do mundo), o risco é que, com a mudança iminente na Casa Branca, as promessas, embora feitas, dos Estados Unidos não sejam mantidas. Portanto, parece evidente o fato de que o não envolvimento nesse processo de restituição dos primeiríssimos responsáveis faz com que os resultados dessa COP sejam mais uma vez decepcionantes. Falando em resultados, por várias fontes o copo é visto como meio cheio. A mediação de 300 bilhões de dólares de forma direta pelos Estados industrializados e os 1.000 bilhões de outra natureza (essencialmente privada) que terão de ser destinados a cada ano - e até 2035 - para a contenção e o ressarcimento dos danos ambientais que afligem os países emergentes é, de fato, um pequeno passo à frente. Entretanto, o que torna esse resultado opaco é o feedback operacional dessa mobilização maciça de dinheiro. Infelizmente, a meu ver, desde já devemos temer numerosas e maciças operações de greenwashing, que encobrirão os desempenhos negativos (públicos e privados) com hipotéticas ajudas aos estados do Sul do mundo. De que forma essas ajudas ocorrerão? Com quais controles? Que nível de segurança será garantido para essas operações?

O todo parece ser confiado às boas intenções individuais. Mas, infelizmente, no estado atual das coisas, são necessárias ações concretas. E nosso governo também deveria começar a entender isso, sem se esconder atrás daquela retórica que quer reduzir a sensibilidade ambiental a uma mera abordagem ideológica. A intensidade dos desastres climáticos tornou-se impressionante, e minimizar esse fato para manter o status quo desse tipo de economia é uma atitude realmente de baixo perfil.

Essa não é a maneira de governar os destinos do planeta, nem mesmo aqueles das nações individuais.

As conferências das Nações Unidas não devem se tornar ocasiões para legitimar os maus comportamentos e a impotência para mudar. O que se constata, no entanto, é que não existe uma governança internacional e que, em nível planetário, não há um sujeito da política capaz de enfrentar a situação. O último canto do cisne ocorrerá no próximo ano em Belém, no meio da Amazônia. Será interessante ver se o presidente Lula conseguirá conciliar uma população que, por um lado, sofre com o desmatamento e os efeitos climáticos e, por outro, é pressionada por interesses ligados à economia do petróleo e do agronegócio. Em um cenário como esse, Luiz Inácio Lula da Silva já perdeu o poder uma vez, será que vai querer repetir esse erro? Espero que não.

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