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“Nas relações com o México, Donald Trump saberá ser pragmático”. Entrevista com Olivier Dabène

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22 Novembro 2024

Com os seus comentários racistas e anti-imigrantes, as suas ameaças de aumentar as tarifas alfandegárias, o candidato republicano despejou a sua bílis durante a campanha sobre o seu vizinho do sul, liderado por uma mulher de esquerda. O cientista político Olivier Dabène relembra a tumultuada relação entre estes dois países.

A entrevista é de Corine Chabaud, publicada por La Vie, 18-11-2024. A tradução é do Cepat.

“Somos um país livre, independente e soberano e estou convencida de que teremos boas relações com os Estados Unidos”, declarou Claudia Sheinbaum, a nova presidente do México, em 6 de novembro de 2024. A agressividade de Donald Trump em relação a este país e aos migrantes que chegam pela fronteira sul, com 3.145 km de extensão, pressagia relações tensas com o seu vizinho estadunidense?

Olivier Dabène é pesquisador do Centre de Recherches Internationales.

Eis a entrevista.

Durante a campanha, Donald Trump tratou os imigrantes, na sua maioria mexicanos, como criminosos, violadores e culpados de “envenenar o sangue dos americanos”. Por que essa agressividade?

O México é uma espécie de concentração de todos os problemas que Trump apontou durante a sua campanha: o problema da migração, do tráfico de drogas, da violência, do comércio. Criticou muito este país, como fez também durante a sua primeira campanha. Ele se concentrou neste país. Isto não é surpreendente. Mas devemos distinguir entre campanha eleitoral e presidência. No entanto, durante o seu primeiro mandato, Trump não fez metade do que havia anunciado. Ele queria fazer os mexicanos pagarem pela construção de um muro na fronteira: não apenas não pagaram um centavo, como o muro foi apenas parcialmente erguido.

Sob Joe Biden, Kamala Harris era responsável pela fronteira mexicana. Ela foi criticada por não ter sido eficaz. Andrés Manuel López Obrador, conhecido como Amlo, o presidente anterior do México, de esquerda (do partido Morena), enviou soldados para lá. Certamente houve consequências, mas Trump nunca falou sobre isso.

No início do seu mandato, teremos rapidamente de esquecer que ele insultou copiosamente os mexicanos. Quando a equipe estiver formada, as relações de trabalho serão mais pragmáticas. A presidente Claudia Sheinbaum (também do Morena), no poder desde outubro, não é populista, ela é uma técnica, uma cientista. Por trás do populista Trump, os Estados Unidos vão querer resultados.

O presidente republicano diz que quer deportar milhões de migrantes ilegais. Devemos acreditar nisso?

Podemos duvidar da viabilidade desta medida eleitoral. Uma grande parte dos imigrantes ilegais nos Estados Unidos impulsiona a economia. Os Estados com produção agrícola lembrarão rapidamente a Trump que essas deportações seriam perigosas, devido à falta de mão-de-obra. Este é o tipo de assunto sobre os quais se pode fazer demagogia durante uma campanha, mas, depois, é preciso voltar a ser realista. Trump é um pragmático, ele provou isso. Haverá talvez deportações restritas para fins mediáticos – nada mais.

Os Estados Unidos têm 11 milhões de imigrantes indocumentados, a maioria deles mexicanos. Os chicanos da Califórnia estão aí desde sempre. Em meados do século XIX, o México perdeu um terço do seu território na guerra entre os dois países, e os mexicanos permaneceram nesta região. Em 2024, muitos estadunidenses de origem mexicana votaram em Trump, mais do que em 2016. Eles não querem ser ameaçados pelos recém-chegados. Os Democratas perderam este eleitorado porque não o trataram bem.

Trump ameaça fechar a fronteira. Isso é verossímil?

Dificilmente. Existem trechos sem muro. Ele certamente tomará medidas simbólicas espetaculares. Mas estamos longe de uma fronteira completamente fechada. Amlo aceitou o paradigma repressivo. Sheinbaum acredita mais na prevenção: atacar os problemas migratórios na sua origem socioeconômica, para evitar que as populações tenham outra opção que não seja migrar.

Pode haver mal-entendidos entre Trump e Sheinbaum: eles não partilham a mesma visão. Mas quando foi prefeita da Cidade do México, conseguiu reduzir pela metade o nível de homicídios. Ela quer conseguir isso em escala nacional. Ela quer entender por que as pessoas vão embora e tentar dar-lhes mais oportunidades para ficar.

Amlo e Trump, dois populistas, conseguiram se dar bem. A relação será mais difícil com Claudia Sheinbaum, uma mulher?

Sem dúvida, mas ela e Trump são bastante pragmáticos. Saberão colaborar. Claudia Sheinbaum terá que ser eficiente. Especialmente para renegociar, em 2026, conforme previsto no tratado, o acordo de livre comércio que em 2020 substituiu o Nafta. Trump quererá revisá-lo num sentido protecionista. Discutirão para ver quais são os interesses destes três países (com o Canadá) em renovar este tratado sem modificá-lo muito.

Trump ameaçou taxar pesadamente os carros fabricados no México que entram nos Estados Unidos sem impostos. Na campanha, ele apresentou alguns números malucos. Pode não aumentar as tarifas em 100%, mas irá aumentá-las. O protecionismo é muito malvisto pela comunidade empresarial estadunidense. É paradoxal: estas pessoas votaram em Trump, mas algumas das suas medidas são muito ruins para a sua economia. Com as taxas sobre importação, o nível de preços aumentará, haverá inflação... graças a Trump.

O México está preocupado com a sua economia?

Donald Trump anunciou que quer tributar as remessas, dinheiro enviado pelos mexicanos que vivem nos Estados Unidos às suas famílias. Em 2023, essas remessas chegaram a 53 bilhões de dólares, a terceira fonte de divisas para o México, depois do petróleo e dos investimentos estrangeiros. Isso prejudicaria suas carteiras! Principalmente porque esses mexicanos são pobres. Os trabalhadores agrícolas, por exemplo, enviam penosamente US$ 50 por mês.

Existem regiões no México que dependem das remessas. Gerações de migrantes enviaram dinheiro para casa. Alguns compraram um belo carro e construíram uma casa: os vizinhos viram e quiseram migrar também. A ideia de que é uma importante fonte de renda criou raízes na população. Para Trump, é uma forma de dizer: não venham para cá. Mas será preciso muito mais para convencê-los.

A sua eleição em 5 de novembro de 2024 terá um efeito dissuasor sobre os migrantes?

Talvez. Mas no curto prazo. Recentemente, uma coluna de 2.000 a 3.000 pessoas deixou novamente a Guatemala. Os mexicanos também devem monitorar a sua fronteira sul e comportar-se com os guatemaltecos da mesma maneira que os Estados Unidos fazem com eles. Devem tentar impedir as caravanas de migrantes, que mais tarde se aglomeram na fronteira.

Mas se as caravanas já se formaram é tarde demais. Os mexicanos trabalharão, portanto, a montante com os centro-americanos, que vêm especialmente de Honduras, da Guatemala e de El Salvador, para que não mais se ponham a caminho. Este é um problema global. É muito difícil convencer as pessoas a não partirem.

Donald Trump ameaçou usar a força militar para enfrentar os cartéis de drogas e destruir os laboratórios. Haverá, então, interferência na soberania mexicana?

Este já é o caso! Neste verão, os Estados Unidos capturaram líderes de cartéis em território mexicano. Amlo reclamou que não foi avisado. Os acordos permitem que a agência federal que combate o tráfico de drogas (DEA) entre no México e trabalhe com as forças mexicanas para desmantelar os cartéis. É provável que estas operações aumentem. Haverá um diálogo produtivo.

Mas os mexicanos sempre enfatizam que é preciso falar também do tráfico de armas, importadas por cartéis que fazem negócios com traficantes de armas... Porém, para os Estados Unidos, tudo o que se relaciona com armas de fogo é sagrado. No pacote de drogas a ser discutido está o problema do fentanil, uma droga sintética na maioria das vezes fabricada na China, que entra nos Estados Unidos através do México. Milhares de jovens estadunidenses morrem todos os anos de overdose, em proporções gigantescas. É um flagelo grave.

Mas Trump não está preocupado com o consumo ou overdose. Procura simplesmente eliminar a oferta atacando os cartéis. Há um ataque à soberania mexicana, é verdade. Mas os mexicanos acham isso interessante. Eles têm poucos recursos. Sua polícia é corrupta. Às vezes ela colabora com os traficantes de drogas. Ela é incapaz de desmantelar sozinha cartéis muito poderosos. O custo humano é muito alto.

Em 2006, o presidente Felipe Calderón declarou guerra ao tráfico de drogas. De lá para cá, ocorreram 50 mil mortes por ano, com armas vindas dos Estados Unidos. Se confiarmos apenas na repressão, será um fracasso. Os paradigmas precisam evoluir. Se, sob Donald Trump, avançarmos nesta questão, será um milagre. Porém, o homem é imprevisível e pode surpreender. Ele não é um ideólogo. Em nome dos resultados, pode adotar mudanças de 180°.

“Pobre México, tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos”, disse certa vez o presidente mexicano, Porfirio Díaz. E hoje?

Esta frase não perdeu sua atualidade. Esta vizinhança é um fardo, mas o México também encontra benefícios. Tornou-se uma potência econômica graças a este acordo de livre comércio com os Estados Unidos, o seu maior parceiro comercial. Principalmente o norte do país, onde estão localizadas as “maquiladoras”, as fábricas de montagem de componentes que chegam de outros países. Os produtos ali montados, carros por exemplo, são exportados para os Estados Unidos.

As condições de trabalho são deploráveis, os sindicatos são reprimidos ou proibidos, mas há uma certa prosperidade. O México pode não estar tirando o máximo de proveito desta relação com os Estados Unidos. Sua economia é baseada nas receitas do petróleo. Há muito investimento estadunidense em solo mexicano, mas o crescimento econômico é bastante baixo. O modelo social, graças aos planos, permitiu combater a pobreza. O México continua a ser um país muito desigual e pobre, sobretudo no campo. Quando ouvimos Trump e a classe política republicana, há de fato muito desprezo pelo México.

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