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O relato de um trabalhador da escala 6×1 da rede hoteleira em Canela e Gramado (RS)

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18 Novembro 2024

"Ou tu não tem família, ou tu é solteiro e dedica teu tempo, 24 horas, e só assim tu leva na “boa”… Mas, não é legal, é triste porque tu não convive com a família e não tem final de semana", afirma um trabalhador da rede hoteleira em Canela e Gramado (RS) que falou sobre como é sobreviver na escala 6×1.

A entrevista é publicada por Repórter Popular, 16-11-2024.

Eis a entrevista.

Como é a sua rotina de trabalho e como funciona esse setor?

Chegando agora neste fim de ano, quando os hotéis ficam cheios e a cidade está cheia, praticamente não é nem escala 6×1, é 7×0 e tu não tem escolha. Ou tu faz ou tu não faz e fica sem emprego. Com relação ao tempo de folga, tu tem que ver as possibilidades porque é um dia que tu tem pra ficar com a família, descansar, descansar a cabeça, relaxar, só que tu ainda tens as obrigações em casa, pois esse é o único tempo que tu tem para cortar uma grama, limpar a casa ou curtir com a família.

Quem tem filho pequeno vai buscar na creche. Por exemplo, eu tenho um horário e a minha esposa tem outro. Então, a gente mal se vê… E é essa rotina maçante, a gente faz o que pode e acha “normal”, acha que isso é o “certo” porque tu convive numa cidade, por exemplo aqui da Serra, que tem um conceito feudal, fascista, de que o patrão é um semideus. Então, tu tem a obrigação e não tem o direito de fazer o seu melhor, dar o seu melhor… Fica bem complicado aqui, ainda mais nessa época [de festas de fim de ano].

Por exemplo, eu estou num hotel em que estou trabalhando praticamente há 2 semanas e já estão me cobrando que eu tenho que fazer de um tudo. Eu tenho que saber todo o cardápio, me perguntam se não estudei em casa o cardápio… Então, eu em casa tenho que estudar o cardápio? Não existe por lá nenhuma logística de dar um treinamento, de fazer prato a prato, e ainda te dão trabalho para levar pra casa.

Eu estou nesse ramo há quase 20 anos, eu até consigo levar… Mas, eu imagino o cara no meu ramo que está começando agora e tem que fazer tudo isso aí. Ou tu não tem família, ou tu é solteiro e dedica teu tempo, 24 horas, e só assim tu leva na “boa”… Mas, não é legal, é triste porque tu não convive com a família e não tem final de semana. Esse é o meu dia a dia, e não é só o meu. É o meu e todos os meus colegas dessa área hoteleira.

Tomara que a gente consiga acabar com essa escala 6×1 e dependemos muito da força da militância e da força que vocês [do Repórter Popular] estão dando porque, na verdade, é uma luta de classe. É todo mundo por todo mundo. Todos por todos. Então é isso, esse é o meu dia a dia: é trabalhar e ainda levar trabalho pra casa. É saber que no Natal e Ano Novo não teremos folga, e não falar nada por medo de ainda perder o emprego. Muitos têm medo de perder o emprego porque dependemos dele. É bem complicado, mas vamos à luta, não vamos perder a esperança.

Como os colegas que trabalham na rede hoteleira receberam as notícias sobre a luta pelo fim da escala 6×1?

Olha, entre a maioria dos meus colegas, a maioria desconhece a importância dessa luta. Acham que 6×1 é normal e acham que todo mundo trabalha nessa escala. É uma coisa bem surreal… A maioria não tem conhecimento, não está interessada ou preocupada. Se vir, se acontecer essa conquista, vão achar bom. Se não acontecer, segue do mesmo jeito. É desanimadora a expectativa do pessoal que está fazendo a 6×1, não há muito interesse em lutar por isso por aqui.

Eu participei de um programa na rádio dias atrás e teve uma participação do nosso sindicato. Uma coisa que o dirigente falou foi sobre a fragilidade que tem, que o sindicato não tem o apoio dos trabalhadores. Tem hotéis aí que fazem campanha de assinatura pra deixar de dar contribuição sindical… É uma coisa muito absurda, é muito diferente de um sindicato dos metalúrgicos, no qual os trabalhadores estão lá no chão da fábrica, são eles por eles… Aqui tu tá trabalhando num hotel ou num restaurante em que o patrão tá passando a mão na tua cabeça, te chamando de “filho”, te tratando com um cachorro e tu tá se achando o máximo. É muito diferente, a realidade é diferente.

A expectativa que tem dos colegas é desanimadora. Uma cidade que é voltada ao turismo te dá uma falsa segurança. “Ah, é uma cidade segura”… O que é mentira, pois tu vai numa vila daqui da Serra e tem muita violência, que nem lá embaixo. Só que é aquilo, é pra turista ver. No centro, tá tudo lá bonitinho para o turista andar, com segurança e tal, só que é para inglês ver. E vai ser difícil isso mudar por aqui porque é uma questão cultural. O pessoal é acomodado, tanto que a gente já entrou nessa questão de morador: o que tem para o morador daqui? Não tem nada, o transporte público é fodid*, está sempre lotado… Agora, nessa época, é tenso porque os ônibus nem param nas paradas e tocam direto… O trabalhador fica ali parado esperando outro e aceita isso. É bem revoltante.

E o pessoal daqui acha normal… “esse ônibus não parou, mas vai vir outro”. Se fosse um ônibus pra turista, já dariam um jeito de resolver. Então é isso aí, se depender daqui eu acho que não vai rolar nada. Mas, vamos esperar a mobilização geral de todos os trabalhadores, ajudar na luta por essa causa [fim da escala 6×1] e vamos ver no que vai dar isso. Vamos fazer o que tiver que fazer, mobilização, se der vamos parar tudo. Porque quando o trabalhador daqui souber que o patrão precisa mais deles do que o contrário, e parar essa cidade, com os turistas todos na mão, aí eu acho que vai dar certo.

Quando tiver a consciência de luta de classe, aí vai dar certo. Só que aí vai ter que pegar pesado e fazer como era antigamente, com greve geral, parar as ruas, trancar tudo. Eu acho que tem que ir por esse caminho, minha ideia é por aí… É conscientizar o povo, pois é o povo que manda!”

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